BlogSports = Um Jeito Diferente de Focalizar e Falar de
S P O R T S
O
GLOBOESPORTE.COM acompanha toda a movimentação dos Jogos em Tempo Real a
partir das 12h, além de coberturas especiais para o futebol masculino e
para a semi do vôlei.Clique aqui para ver o quadro de medalhas do Pan – o Brasil continua em segundo lugar, atrás dos americanos. Veja também o calendário completo da competição e confira abaixo os destaques brasileiros desta quarta-feira no México.
Quadro de Medalhas
PAÍSES | ||||||
1 | Estados Unidos | 92 | 79 | 65 | 236 | |
2 | Cuba | 58 | 35 | 43 | 136 | |
3 | Brasil | 48 | 35 | 58 | 141 | |
4 | México | 42 | 41 | 50 | 133 | |
5 | Canadá | 30 | 40 | 49 | 119 | |
6 | Colômbia | 24 | 25 | 35 | 84 | |
7 | Argentina | 21 | 19 | 35 | 75 | |
8 | Venezuela | 12 | 27 | 33 | 72 | |
9 | República Dominicana | 7 | 9 | 17 | 33 | |
10 | Equador | 7 | 8 | 9 | 24 | |
11 | Guatemala | 7 | 3 | 5 | 15 | |
12 | Porto Rico | 6 | 8 | 8 | 22 | |
13 | Chile | 2 | 17 | 24 | 43 | |
14 | Jamaica | 1 | 5 | 1 | 7 | |
15 | Bahamas | 1 | 1 | 1 | 3 | |
16 | Ilhas Cayman | 1 | 1 | 1 | 3 | |
17 | Antilhas Holandesas | 1 | 0 | 1 | 2 | |
18 | Costa Rica | 1 | 0 | 0 | 1 | |
19 | Uruguai | 0 | 3 | 2 | 5 | |
20 | Peru | 0 | 2 | 5 | 7 | |
21 | Trinidad e Tobago | 0 | 2 | 2 | 4 | |
22 | São Cristóvão e Neves | 0 | 2 | 0 | 2 | |
23 | El Salvador | 0 | 1 | 0 | 1 | |
24 | Barbados | 0 | 0 | 2 | 2 | |
25 | Bolívia | 0 | 0 | 2 | 2 | |
26 | Paraguai | 0 | 0 | 2 | 2 | |
27 | Dominica | 0 | 0 | 1 | 1 | |
28 | Guiana | 0 | 0 | 1 | 1 | |
29 | Panamá | 0 | 0 | 1 | 1 | |
30 | Antígua e Barbuda | 0 | 0 | 0 | 0 | |
31 | Aruba | 0 | 0 | 0 | 0 | |
32 | Belize | 0 | 0 | 0 | 0 | |
33 | Bermudas | 0 | 0 | 0 | 0 | |
34 | Granada | 0 | 0 | 0 | 0 | |
35 | Haiti | 0 | 0 | 0 | 0 | |
36 | Honduras | 0 | 0 | 0 | 0 | |
37 | Ilhas Virgens Americanas | 0 | 0 | 0 | 0 | |
38 | Ilhas Virgens Britânicas | 0 | 0 | 0 | 0 | |
39 | Nicarágua | 0 | 0 | 0 | 0 | |
40 | Santa Lúcia | 0 | 0 | 0 | 0 | |
41 | Suriname | 0 | 0 | 0 | 0 | |
42 | São Vicente e Granadinas | 0 | 0 | 0 | 0 |
Ex-catador de lixo, Solonei Rocha vence
a maratona na despedida do Pan
Brasileiro faz bonito nos Jogos Pan-Americanos e conquista a medalha
de ouro. Brasil também foi campeão no feminino com Adriana Silva
As ruas de Guadalajara foram pintadas de verde-amarelo durante os Jogos Pan-Americanos do México. Depois de Adriana da Silva vencer a maratona feminina, neste domingo, foi a vez de Solonei Rocha colocar o país no topo do pódio. A 4km do fim, sem ninguém por perto para ameaçá-lo, o ex-catador de lixo já corria com a bandeira do Brasil nas mãos. Faltava pouco para cruzar a linha de chegada em primeiro. Uma última olhadinha para trás só para garantir, e lá estava ele, sorridente, comemorando o ouro, sambando, depois de completar os 42km em 2h16m37s.
- Hoje o Brasil está ganhando uma medalha que há muito tempo não se via. Uma pessoa que veio lá de baixo e está onde está hoje. Se você tem potencial e acredita nesse pontencial, tem que correr atrás de seu objetivo. Há dois anos sou profissional. Há dois anos tive a minha glória. E, se Deus quiser, vou estar em Londres - disse Solonei.
Um primeiro pelotão seguiu junto durante quase 20km. A partir desta marca, Solonei começou a apontar na frente. O atleta de Penápolis (SP) aumentou o ritmo da prova e abriu distância para os adversários. Nos 30km, já passou com mais de um minuto de diferença para o segundo colocado, o colombiano Diego Colorado. Ninguém mais era capaz de alcançá-lo. Soberano, chegou ao Arco de Vallarta, um dos principais pontos turísticos da cidade, em primeiro lugar com tranquilidade.
O colombiano Diego Colorado cruzou a linha de chegada em segundo, com o tempo de 2h17m13s, e ficou com a prata. Seu compatriota, Juan Cardona completou o pódio, em 2h18s20. Jean da Silva, o outro brasileiro na disputa, chegou em nono lugar, com 2h22s41.
A prova feminina, realizada no dia 23 deste mês, também foi dominada por uma brasileira. Com uma arrancada espetacular nos últimos quatro quilômetros, Adriana da Silva conquistou o ouro na maratona, com a marca de 2h36m37s. De quebra, ainda bateu o recorde Pan-Americano, que pertencia a chilena Erika Oliveira (2h37m41s) desde o Pan de Winnipeg (Canadá), em 1999.
Brasil pede vaga nos saltos e dá adeus
com 26% das que estavam em jogo
COB recorre à Fina para que Cesar Castro, terceiro, se classifique. Mais da metade dos brasileiros deixa o Pan de Guadalajara com medalhas
Dos 515 atletas brasileiros que foram ao Pan de Guadalajara, 277 vão retornar com medalhas (incluindo os integrantes de esportes coletivos). O aproveitamento de mais de 53%, porém, não se repetiu em relação às vagas para os Jogos Olímpicos de Londres-2012. Eram 93 em jogo, e o Brasil conquistou 24 delas: 26%.
Uma das vagas ainda precisa de confirmação. César Castro, dos saltos ornamentais, terminou em terceiro no trampolim de 3m. Apenas o campeão se classificava, mas os dois vencedores, mexicanos, já tinham se garantido pelo Mundial de Xangai. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) fez um pedido à Federação Internacional de Natação (Fina).
Uma das vagas ainda precisa de confirmação. César Castro, dos saltos ornamentais, terminou em terceiro no trampolim de 3m. Apenas o campeão se classificava, mas os dois vencedores, mexicanos, já tinham se garantido pelo Mundial de Xangai. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) fez um pedido à Federação Internacional de Natação (Fina).
- A Fina não prevê esses casos, mas existe uma vaga para a região. Fizemos um pedido e já estamos computando essa vaga - explica Marcus Vinícius Freire, superintendente executivo do COB.
O Brasil tem, até o momento, 104 atletas classificados para os Jogos Olímpicos de Londres-2012. Nesta semana, a União Ciclística Internacional (UCI) confirmou duas.
Atletas que garantiram, em Guadalajara, vaga para Londres:
pentatlo moderno - Yane Marques
hipismo CCE - equipe de cinco pessoas
handebol feminino – equipe de 14 jogadoras
triatlo - Reinaldo Collucci
canoagem - Erlon Souza e Ronílson Oliveira no C2 1000m
saltos ornamentais – César Castro – trampolim de 3m
pentatlo moderno - Yane Marques
hipismo CCE - equipe de cinco pessoas
handebol feminino – equipe de 14 jogadoras
triatlo - Reinaldo Collucci
canoagem - Erlon Souza e Ronílson Oliveira no C2 1000m
saltos ornamentais – César Castro – trampolim de 3m
Brasil entra em campo com clássico e
encara decisões na quadra e na água
Futebol masculino pega a Argentina na estreia; Beltrame e Thiago Pereira
lutam por medalhas de ouro, e vôlei disputa com Dominicana a vaga na final
No campo,
na quadra e na água, será uma quarta-feira de decisões para o Brasil
nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Tudo bem que, no futebol
masculino, ainda é apenas uma estreia, mas a pedreira inicial é logo o
clássico contra a Argentina. No remo, a campeã mundial Fabiana Beltrame
tenta o ouro, assim como Thiago Pereira na natação, atrás do recorde do
mesa-tenista Hugo Hoyama. Na quadra, o vôlei encara um jogo decisivo
contra a República Dominicana, valendo vaga na final – e justamente
contra as rivais da estreia, quando Jaqueline saiu machucada, com uma
fratura cervical. No quinto dia do Pan, a expectativa é de mais uma
jornada cheia de medalhas.
O GLOBOESPORTE.COM acompanha toda a movimentação dos Jogos em Tempo Real a partir das 12h, além de coberturas especiais para o futebol masculino e para a semi do vôlei.Clique aqui para ver o quadro de medalhas do Pan – o Brasil continua em segundo lugar, atrás dos americanos. Veja também o calendário completo da competição e confira abaixo os destaques brasileiros desta quarta-feira no México.
Remo
Quarta-feira é dia de ver campeã mundial perseguindo medalha de ouro para o Brasil. Fabiana Beltrame, que chegou ao topo do mundo em setembro, tenta vencer a competição do Pan no skiff simples leve. No domingo, ela venceu sua bateria na eliminatória com o tempo de 8m20s18, o melhor entre todas as competidoras, mas ainda distante dos 7m44s58 que a fizeram campeã mundial na Eslovênia. Na decisão mexicana, sem se poupar, a brasileira entra com pinta de favorita. A competição começa por volta das 13h.
Quarta-feira é dia de ver campeã mundial perseguindo medalha de ouro para o Brasil. Fabiana Beltrame, que chegou ao topo do mundo em setembro, tenta vencer a competição do Pan no skiff simples leve. No domingo, ela venceu sua bateria na eliminatória com o tempo de 8m20s18, o melhor entre todas as competidoras, mas ainda distante dos 7m44s58 que a fizeram campeã mundial na Eslovênia. Na decisão mexicana, sem se poupar, a brasileira entra com pinta de favorita. A competição começa por volta das 13h.
Vôlei
Após três vitórias e um dia de folga, a seleção feminina de vôlei volta à quadra em Guadalajara, desta vez em jogo de vida ou morte contra a República Dominicana. A semi desta quarta, às 23h, vale o passaporte para a disputa do ouro que ainda falta às meninas. Sem Jaqueline, que teve uma fratura cervical na estreia e está fora do Pan, a seleção de Zé Roberto Guimarães enfrenta o mesmo rival da primeira partida, quando ganhou por 3 sets a 1. O GLOBOESPORTE.COM acompanha o jogão em Tempo Real.
Após três vitórias e um dia de folga, a seleção feminina de vôlei volta à quadra em Guadalajara, desta vez em jogo de vida ou morte contra a República Dominicana. A semi desta quarta, às 23h, vale o passaporte para a disputa do ouro que ainda falta às meninas. Sem Jaqueline, que teve uma fratura cervical na estreia e está fora do Pan, a seleção de Zé Roberto Guimarães enfrenta o mesmo rival da primeira partida, quando ganhou por 3 sets a 1. O GLOBOESPORTE.COM acompanha o jogão em Tempo Real.
Futebol masculino
Sob o comando do técnico Ney Franco, a seleção sub-20 do Brasil abre a caminhada no Pan de Guadalajara encarando logo de início o maior clássico do continente. A equipe enfrenta a Argentina. Na terça, as meninas tiveram o mesmo desafio e passarm no teste: venceram as hermanas por 2 a 0. Agora é a vez de os rapazes tentarem repetir o feito, e você segue tudo em Tempo Real a partir das 20h.
NataçãoSob o comando do técnico Ney Franco, a seleção sub-20 do Brasil abre a caminhada no Pan de Guadalajara encarando logo de início o maior clássico do continente. A equipe enfrenta a Argentina. Na terça, as meninas tiveram o mesmo desafio e passarm no teste: venceram as hermanas por 2 a 0. Agora é a vez de os rapazes tentarem repetir o feito, e você segue tudo em Tempo Real a partir das 20h.
Thiago Pereira chegou a Guadalajara disposto a superar o recorde de ouros em Pans de Hugo Hoyama. Com nove até agora, um a menos que o mesa-tenista, ele teve a chance de igualar na terça-feira, mas perdeu fôlego nos 200m peito e ficou apenas com o bronze. A melhor chance do empate será nesta quarta, com os 200m medley. Hoyama ainda disputa um ouro na quinta, mas Thiago tem mais quatro chances para engordar sua coleção.
NATAÇÃO
Cielo e Thiago estreitam laços, e
amizade tem até ‘puxão de orelha’
‘Foi um entrosamento que fez bem para mim e bem para ele’, diz campeão olímpico, que nós últimos dois meses treinou ao lado do recordista de ouro
Cesar
Cielo e Thiago Pereira tem várias coisas em comum. Os dois são da mesma
geração, se destacaram na mesma competição (Jogos Pan-Americanos de
2007), conquistaram marcas e recordes inéditos e, consequêntemente,
viraram ídolos brasileiros. Os dois nadadores, no entanto, nunca deram
braçadas na mesma direção. Depois de alguns anos trillando caminhos bem
distintos, a dupla, que junta somou dez ouros no Pan de Guadalajara,
hoje compartilha técnico, raia, informação, experiência, risadas e até
puxões de orelha.
Os
caminhos começaram a se cruzar para valer apenas há dois meses, quando
Thiago Pereira resolveu fazer parte do P.R.O 16, grupo de treinamento
liderado por Cielo. Assim como o campeão olímpico fez nos últimos anos, o
nadador de Volta Redonda optou em se dividir entre Estados Unidos e
Brasil.
-
Eu e o Cesão viemos da mesma geração, desde a época de base, quando
tínhamos uns 15 anos. Agora, estive com ele no P.R.O 16 e ficamos
bastante tempo juntos. É claro que quando você treina com a pessoa a
amizade aumenta. Apesar de ser um esporte individual, as amizades vem
daí. Isso é uma das melhores coisas que o esporte dá para a gente –
opinou Thiago Pereira, que conquistou seis ouros, uma prata e um bronze
nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara.
Perfeccionista,
Cielo já conseguiu notar e tentar corrigir alguns detalhes da técnica
de Thiago, apesar do pouco tempo de treino juntos.
-
O Thiago chegou para treinar com a gente com alguns detalhes que
estavam viciados, ou preguiçosos. Estava um pouquinho difícil vê-lo
fazer certos errinhos e deixar passar. O Nicholas (Santos) também é
assim. Quando a gente pega para fazer trabalho de técnica, de correção, o
Nicholas é um cara que confio bastante para me dar alguns toques. E a
gente deu bastantes toques no Thiago, acho que isso acabou melhorando a
nossa relação – contou Cielo, quatro vezes medalha de ouro no México.
No
P.R.O 16, Thiago não encontrou apenas um treinador. Além do "oficial"
Alberto Silva, Cielo se sentiu à vontade para dar dicas e até chamar a
atenção do novo companheiro de equipe. Na maioria das vezes, o
recordista em medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos escutou “de boa”,
como ele mesmo costuma falar. Outras, porém, não saiu da piscina tão
satisfeito assim.
-
Toda hora a gente tinha que falar no final da série: “Não esquece disso
agora”. Às vezes, ele fazia do jeito que estava acostumado, às vezes
fazia de outro jeito, às vezes ficava bravo com a gente porque não saía
da forma que a gente tinha falado. Mas o nosso intuito é sempre ajudar –
disse o nadador de Santa Bárbara d’Oeste, que também pretende ajudá-lo
no projeto de "ficar mais fortinho”.
O
auxílio luxuoso do campeão olímpico e mundial não acaba por aí. As
dicas ultrapassaram as raias da piscina. Cielo levou o amigo de Volta
Redonda para passear e jantar em São Paulo. A convivência fez com que a
amizade se tornasse mais sólida.
-
A gente está com um pouquinho mais de liberdade para falar um com o
outro. O cotidiano lá em São Paulo acabou ajudando um pouco. A gente
consegue falar na boa agora algumas coisas que talvez fosse ficar meio
chato, ou talvez eu não tivesse a liberdade de ficar comentando com ele.
Foi um entrosamento que fez bem para mim e bem para ele - finalizou
Cielo.
No fim da festa, voluntários cercam,
e Cielo brinca: ‘Vamos beber tequila’
Meninas fazem cartazes para julgar nadadores. Leo foi um dos favoritos
Eles
aguardaram a semana inteira e, pouco antes do apagar das luzes,
conseguiram o que tanto queriam. Depois de conquistar o ouro no
revezamento, seu quarto nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, Cesar
Cielo foi cercado pelos voluntários que trabalharam do parque aquático.
Eles
imploravam por fotos e autógrafos. O nadador se divertia e sugeriu que
todos eles tirassem, juntos, uma só foto. E depois brincou:
- Vamos beber tequila – gritou, rindo.
Pouco antes, uma turma de voluntárias preparou cartazes com notas. A ideia era julgar os nadadores. Cielo, claro, foi um dos preferidos. E o novato Leonardo de Deus também entrou no top dos musos das piscinas.
- Vamos beber tequila – gritou, rindo.
Pouco antes, uma turma de voluntárias preparou cartazes com notas. A ideia era julgar os nadadores. Cielo, claro, foi um dos preferidos. E o novato Leonardo de Deus também entrou no top dos musos das piscinas.
EL MUSO: Cesar Cielo conquista
medalhas e corações no Pan
Nadador confirma favoritismo dentro da piscina de Guadalajara
ganhando dois ouros. Além disso, também faz sucesso fora da água
Cesar
Cielo fez o que era esperado dele, dominou a piscina mexicana e
conquistou dois ouros logo no seu primeiro dia nos Jogos Pan-Americanos
de Guadalajara (um nos 100m livre e outro no revezamento 4x100 livre). E, mantendo também outra rotina, conquistou muitos corações e arrancou muitos suspiros da torcida feminina.
Cielo planeja férias e já projeta tempo
para garantir bi olímpico em Londres
Campeão em Pequim encerra nesta sexta cansativa maratona nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara em busca do quarto ouro nos 4x100m medley
Perto
de encerrar sua maratona nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, Cesar
Cielo não vê a hora de aproveitar as merecidas férias. O campeão
olímpico, que nesta quinta-feira faturou sua terceira medalha de ouro no México, terá
apenas treinos mais “descontraídos” e "técnicos" até o fim do ano. Mas,
quando começar 2012, todas as suas energias serão gastas pensando nas
Olimpíadas de Londres.
-
Faltam alguns detalhezinhos para acertar, que na verdade custam
bastante nos 50m livre. Agora é pensar em nadar nas Olimpíadas em 21s30.
Acho que seria o objetivo para conseguir o bi olímpico. Com certeza,
21s30 é medalha. Mas tem que fazer lá na hora – disse Cielo, que afirmou
em seguida que pretende repetir o tempo do seu recorde mundial (20s91)
nos Jogos de Londres-2012.
Em
seu segundo Jogos Pan-Americanos, Cielo já conquistou três medalhas de
ouro (50m e 100m livre e 4x100m livre) e ainda pode faturar o quarto no
4x100m medley, nesta sexta-feira. No Rio de Janeiro, em 2007, o campeão
olímpico garantiu três ouros (50m e 100m livre e 4x100m livre) e uma
prata (4x100m medley).
Depois
do último desafio, Cielo só quer saber de descanso. No fim do ano, o
nadador brasileiro pretende viajar de férias com a família.
-
Agora é ficar longe das piscinas um pouquinho, descansar e voltar a
tempo de não dar vexame no Open. Até o fim do ano, a gente vai tentar
fazer as coisas que não consegue na temporada grande: bastante técnica,
cuidar do meu joelho na fisioterapia e fazer um pouco mais do que a
gente gosta, fazer um treino mais descontraído, mais legal. A gente deve
voltar antes da virada do ano e aí começa a hora da verdade – disse
Cielo.
Cesar Cielo fecha a tampa, e Brasil
vence o revezamento 4x100m medley
Thiago Pereira descansa na última prova da natação, mas como disputou
as eliminatórias também ganha o ouro, o 12º da sua carreira em Pans
Cansado
após fechar sua maratona de provas, Thiago Pereira só torceu na última
disputa da natação em Guadalajara. E o Brasil nem precisou do Mr. Pan
para encerrar com ouro a jornada de sete dias no México. No 4x100m
medley, a equipe verde-amarela ganhou o reforço luxuoso do melhor
nadador brasileiro de todos os tempos. Cesar Cielo fechou o revezamento
com mais de dois corpos de vantagem em relação aos americanos, que
ficaram com a prata. O bronze, bem mais atrás, ficou nas mãos da
Argentina.
De
quebra, a vitória coloca a equipe brasileira nas Olimpíadas de Londres.
E vale um ouro também para Thiago, que nadou as eliminatórias e, por
isso, herda a conquista. É o seu 12º em Pans, isolado como o maior brasileiro da história da competição.
-
Para mim, foi um ouro um pouco mais tranquilo porque já peguei o
revezamento na frente. Acho que o França fez uma diferença grande na
parcial do peito. Foi importante classificar esse revezamento para as
Olimpíadas. A gente tinha que fazer abaixo de 3m36s. Agora é acertar
algumas falhas que a gente teve para o ano que vem, quem sabe, esse
revezamento fazer uma final olímpica – afirmou Cielo.
Desta
vez Cielo nem precisou carregar o time nas costas. Quando caiu na água,
já tinha o ouro praticamente garantido, com folga para os outros
rivais. Méritos para os outros três brasileiros da equipe. Guilherme
Guido, que substituiu Thiago no nado costas, entregou em segundo para
Felipe França, que tratou de colocar o Brasil em primeiro no peito.
Gabriel Mangabeira caiu para nadar borboleta e facilitou a vida de
Cielo, abrindo boa vantagem em relação aos Estados Unidos.
Antes
mesmo de Mangabeira completar sua perna da prova, Cesão já mostrava
confiança à beira da piscina. Mergulhou para fechar a tampa no nado
livre e garantiu seu quarto ouro em Guadalajara. Ao olhar para os
3m34s58 no placar, ainda com sua touca dourada, o nadador mais veloz do
planeta sentou-se na raia, levantou os braços e sorriu. Missão cumprida
no México.
-
Eu tentei impor um ritmo forte desde o começo, aproveitar a saída do
revezamento que foi muito boa. Consegui abrir bastante e mater a
diferença até o fim. É muito difícil sair de uma prova que não foi tão
boa (100m borboleta). Mas tem que ter consciência e espírito de equipe
para vir fazer uma boa prova no revezamento – explicou Mangabeira, que
tinha sido sexto colocado nos 100m borboleta na véspera.
Torcida pela TV
Thiago
viu tudo de longe. Quando entrou na sala de entrevista coletiva para
falar dos 200m costas, o revezamento começou. Por um monitor de TV,
torceu pelos companheiros, sabendo que o ouro também seria seu.
-
Essa vai ser fácil, vou ganhar sentado – afirmou, e então começou a
responder às perguntas dos jornalistas que estavam na sala.
Na
segunda resposta de Thiago, Cielo já tinha caído na água para fechar o
revezamento com tranquilidade. Quando o campeão olímpico bateu em
primeiro, o Mr. Pan já sabia que tinha uma medalha para buscar.
-
No 4x100m livre eu fui como reserva, para poupar os titulares. Agora
foi uma opção pensando no Brasil em primeiro lugar. Vou pegar a medalha
de ouro com o Ricardo de Moura – anunciou.
Nesta sexta, Thiago Pereira vai atrás de
recorde, e Juliana/Larissa, do ouro
Nadador compete em duas provas para tentar virar brasileiro com mais ouros pan-americanos. Brasileiras disputam a final do vôlei de praia feminino
Thiago
Pereira chegou a Guadalajara com três medalhas de ouro a menos do que
Hugo Hoyama em Jogos Pan-Americanos. Ganhou quatro, mas viu o
mesa-tenista também subir mais uma vez ao topo do pódio, com os dois
ficando empatados com dez. Nesta sexta-feira, no último dia da natação
na competição mexicana, o nadador tem mais duas oportunidades (200m
costas e 4x100m medley) de se tornar o brasileiro mais vezes campeão
pan-americano e assumir de vez o título de Mister Pan.
–
Isso motiva, não tem como não pensar. Mas prefiro pensar em cada prova,
um degrau de cada vez. Se quisesse abraçar todas as provas de uma vez,
isso não estaria acontecendo – afirmou o nadador.
Além
de bater um recorde nesta sexta, Thiago pode se aproximar de outro. Com
duas medalhas em Santo Domingo, oito no Rio e seis até agora em
Guadalajara, ele pode chegar a 18 no total dependendo dos resultados
desta sexta. No último Pan em que pretende uma maratona de provas,
ficaria a apenas uma medalha da marca de Gustavo Borges, que conquistou
19.
Quem
também vai em busca do ouro nesta sexta-feira é a dupla Juliana e
Larissa. Campeãs no Rio de Janeiro, elas lutam pelo bicampeonato no
vôlei de praia feminino contra as mexicanas Mayra García e Bibiana
Candela. Clique aqui para ver o calendário completo de provas e confira abaixo os destaques brasileiros no sétimo dia em Guadalajara.
Basquete
A seleção brasileira feminina abre o campeonato de basquete dos Jogos Pan-Americanos diante do Canadá nesta sexta-feira, às 13h30m (de Brasília). O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real.
A seleção brasileira feminina abre o campeonato de basquete dos Jogos Pan-Americanos diante do Canadá nesta sexta-feira, às 13h30m (de Brasília). O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real.
Futebol masculino
Depois de um empate por 1 a 1 na estreia contra a Argentina, a Seleção Brasileira vai em busca da primeira vitória diante de Cuba, às 20h (de Brasília). O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real.
Depois de um empate por 1 a 1 na estreia contra a Argentina, a Seleção Brasileira vai em busca da primeira vitória diante de Cuba, às 20h (de Brasília). O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real.
Handebol
Depois de grande desempenho na primeira fase, a seleção feminina de handebol luta por uma vaga nas finais diante do México.
Depois de grande desempenho na primeira fase, a seleção feminina de handebol luta por uma vaga nas finais diante do México.
Tênis
O Brasil disputa a medalha de bronze nas duplas femininas (Vivian Segnini e Teliana Pereira) e nas duplas mistas (Ana Clara Duarte e Rogério Dutra). Rogerinho joga também pela chave individual masculina, na qual encara o equatoriano Julio Cesar Campozano na semifinal.
O Brasil disputa a medalha de bronze nas duplas femininas (Vivian Segnini e Teliana Pereira) e nas duplas mistas (Ana Clara Duarte e Rogério Dutra). Rogerinho joga também pela chave individual masculina, na qual encara o equatoriano Julio Cesar Campozano na semifinal.
Natação
No último dia do esporte no Pan de Guadalajara, Thiago Pereira tem duas chances para chegar ao 11º ouro pan-americano de sua carreira. Ele disputa os 200m costas (Leonardo de Deus também está na prova) e o revezamento 4x100m medley. Flavia Delaroli nada os 50m livre.
No último dia do esporte no Pan de Guadalajara, Thiago Pereira tem duas chances para chegar ao 11º ouro pan-americano de sua carreira. Ele disputa os 200m costas (Leonardo de Deus também está na prova) e o revezamento 4x100m medley. Flavia Delaroli nada os 50m livre.
Vôlei de praia
Juliana e Larissa lutam pelo bicampeonato pan-americano contra as mexicanas Mayra García e Bibiana Candela. No masculino, Alison e Emanuel também encaram representantes locais (Aldo Miramontes e Juan Ramón Virgen) nas semifinais.
Juliana e Larissa lutam pelo bicampeonato pan-americano contra as mexicanas Mayra García e Bibiana Candela. No masculino, Alison e Emanuel também encaram representantes locais (Aldo Miramontes e Juan Ramón Virgen) nas semifinais.
Thiago Pereira vence os 200m costas e
se torna o maior brasileiro dos Pans
Nadador herda também a vitória no revezamento 4x100m medley e tem
agora 12 medalhas de ouro, duas a mais que o mesa-tenista Hugo Hoyama
Desde
o início, parecia questão de tempo. Thiago Pereira chegou a Guadalajara
com uma maratona de sete provas no calendário e o sonho de se tornar o
brasileiro mais vencedor na história dos Pans. No caminho dele estava
Hugo Hoyama, do tênis de mesa, que passou pela competição no México e
chegou a dez ouros na carreira. Thiago alcançou a marca na quarta-feira,
descansou na quinta e reinou na sexta. No último dia da natação, ele
ignorou a altitude e venceu os 200m costas com seu melhor tempo no ano,
1m57s19. Chegou a 11 ouros em Jogos Pan-Americanos e, poucos minutos
depois, herdou mais um, no revezamento 4x100m medley, por
ter nadado as eliminatórias. Tem agora 12 medalhas douradas de Pans na
coleção, e nenhum outro brasileiro pode dizer o mesmo.
Leonardo
de Deus, que já tinha vencido os 200m borboleta, não conseguiu voltar
ao pódio no nado costas e chegou em quinto lugar, com 2m03s28. A prata
ficou com o colombiano Omar Pinzon (1m58s31), e o bronze foi para o
americano Ryan Murphy (1m58s50).
-
Finalmente acabou a semana. Não via a hora de este dia chegar. Não
esperava nadar para 1m57s, é o meu melhor tempo. Fazia tempos que não
baixava da casa de 1m58s. Fechei com ouro e com recorde pan-americano,
não tem como não estar feliz. Não tinha como ter sido melhor - afirmou
Thiago, aliviado com o fim da sequência de provas no México.
Para
quem estava exausto com a maratona, Thiago aproveitou bem a
quinta-feira de folga. Logo na primeira parte da prova desta sexta, ele
já disparou na frente, deixando Pinzon para trás. Dali em diante não
tomou mais conhecimento dos adversários e cruzou a piscina quatro vezes
para fazer história. Apesar da altitude mexicana, o brasileiro fez seu
melhor tempo do ano na prova. Dos 16 ouros do país em Guadalajara até
agora, nove são da natação, e Thiago estava em seis deles.
Duas
provas depois dos 200m costas, o Brasil caiu na piscina para o
revezamento 4x100m medley. Thiago descansou e ficou na torcida, mas como
tinha nadado as eliminatórias, também tem direito ao ouro. Com
Guilherme Guido, Felipe França, Gabriel Mangabeira e Cesar Cielo, a
equipe verde-amarela venceu a prova com autoridade, deixando americanos e
argentinos para trás. Sem se molhar, Thiago pendurou o 12º ouro no
pescoço e fechou sua participação em Guadalajara com seis vitórias.
Thiago domina os 200m medley e iguala
Hoyama como maior dos Pans
Nadador chega a dez medalhas de ouro, mesma marca do mesa-tenista, mas
fica com a prata no revezamento 4x200m livre e não consegue ultrapassá-lo
Cinco
dias. Foi disso que Thiago Pereira precisou para grudar em Hugo Hoyama
como maior medalhista de ouro do Brasil na história dos Jogos
Pan-Americanos. Os 400m medley no sábado, o 4x100m livre no domingo, os
100m costas na segunda, e nesta quarta o ouro que faltava para chegar
aos dez em Pans, igualando a marca do mesa-tenista. Foi numa prova que
ele costuma dominar no continente, os 200m medley. Quatro estilos, duas
idas e duas voltas na piscina de Guadalajara, 1m58s07. Na última batida,
a confirmação: o Mr. Pan está no topo.
A
festa só não foi completa porque, uma hora depois, Thiago não conseguiu
repetir a dose no revezamento 4x200m livre. Ele fechou a prova em ritmo
forte, mas quando caiu na água já era impossível alcançar os Estados
Unidos, e o Brasil ficou com a prata.
Hoyama
foi eliminado no individual do tênis de mesa e não tem mais chances de
ouro em Guadalajara. Thiago folga na quinta-feira e dá um tempo em sua
maratona, mas ainda voltará à piscina para disputar mais dois ouros:
200m costas e revezamento 4x100m medley.
Nos
200m medley, Henrique Rodrigues ainda ficou com o bronze, com o tempo
de 2m03s41. O americano Connor Dwyer fez 1m58s64 e ficou com a prata.
Como se não bastasse a marca pessoal, Thiago ainda conquistou a medalha
de número 150 da natação brasileira em Jogos Pan-Americanos.
Quando
Thiago bateu na frente no medley, sequer comemorou, já pensando no
revezamento que viria pouco depois. Bateu em primeiro, manteve a
expressão séria e, no máximo esboçou um sorriso tímido. Saiu da piscina
apressado para se poupar.
-
O décimo ouro veio na minha prova preferida, em que eu conquistei meus
maiores títulos, os momentos mais importantes vieram dela. Mais uma vez
ela me trouxe um momento importante que é essa medalha de ouro – afirmou
Thiago.
Henrique
Barbosa deixou a piscina satisfeito, principalmente levando em conta a
recuperação de uma lesão no ombro e a infecção alimentar que o pegou no
início do Pan. No dia do desfile de abertura, ele comeu um sanduíche e
teve um problema estomacal. Desde então, vinha tentando se recuperar.
-
Estou vindo de um mês parado por causa de uma lesão no ombro. Aqui
serviu de treinamento para as Olimpíadas. Estou saindo com duas
medalhas, uma de ouro e uma de bronze no meu primeiro Pan. Mais feliz
que isso não tem como. Meu objetivo aqui era brigar com o Thiago, mas
essa infecção alimentar veio para me derrubar. Não deixei me abater de
todo jeito. Acho que valeu muito, estou muito contente – afirmou
Henrique.
No
revezamento, André Schultz começou mal, mas se recuperou na segunda
metade da sua perna e entregou em segundo lugar para Nicolas Oliveira,
que caiu para terceiro. Leonardo de Deus passou a brigar pela prata com a
Venezuela, mas só com Thiago o Brasil conseguiu garantir a segunda
posição. Os americanos, no entanto, tinham chegado bem antes, com o
tempo de 7m15s07.
-
Estou satisfeito. Estava com medo desse revezamento. Falei com o
Albertinho que eu saí dos 200m medley cansado. A gente estava numa
disputa com a Venezuela, até achei que eles estariam bem melhor dentro
da prova. E a gente já sabia que os Estados Unidos estariam bem na
frente. Acabou que a gente conseguiu essa medalha de prata – afirmou
Thiago.
Leonardo
de Deus, que entrou no revezamento para substituir Rodrigo Castro,
cortado na última hora por causa do limite de atletas na delegação
brasileira, também deixou a água satisfeito.
-
Eu nem nado essa prova, mas com a saída do Rodrigo Castro eu entrei
para ajudar o Brasil. Fiz o meu possível e acho que foi um bom resultado
para o Brasil. É o meu primeiro Pan-Americano, então eu acho que um
ouro e uma prata, além do 200m costas que eu ainda tenho chances de
ganhar medalha, foram ótimos resultados para mim - afirmou o nadador,
que já tinha vencido os 200m borboleta.
Organização se atrapalha, erra nome de
brasileira, mas Poliana Okimoto leva a prata
No fim, apresentador anunciou Ana Marcela Cunha, 5ª colocada, no pódio
Quando
o pelotão da frente cruzou a linha de chegada, o apresentador das
provas de maratona aquática em Puerto Vallarta cravou: a argentina Cecília Baglioli, com 2h04m11s, levou o ouro, enquanto
Ana Marcela Cunha havia ficado com a prata. O anúncio, no entanto,
tinha um único porém: a brasileira no pódio era outra. Uma das favoritas
da disputa dos 10 km, Poliana Okimoto ficou com o segundo lugar, com o tempo de 2h05m51,
mesmo resultado nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007.
Ana Marcela chegou em quinto (2h05m55), e Christine Jennings, dos EUA,
foi bronze (2h05m52).
Os
problemas na prova da maratona aquática começaram antes mesmo de os
nadadores entrarem na água. Um defeito nos chips de tempo de cada atleta
da disputa fez com que o resultado oficial não fosse divulgado de
imediato. A única certeza na prova feminina havia sido a vitória de
Cecília, que conseguiu abrir vantagem sobre as rivais logo no início. As
posições fora do pódio e os tempos dos nadadores demoraram cerca de uma
hora para serem confirmados.
Durante
toda a prova, o apresentador colocava Ana Marcela na briga pelo pódio,
sem citar Poliana. Na saída da água, mesmo os representantes do Comitê
Olímpico Brasileiro parabenizaram a nadadora pela prata. Ela, porém,
negou em seguida.
- Não, eu fiquei em quinto lugar. A prata foi da Poliana - afirmou Ana Marcela, com as mechas do cabelo pintadas de vermelho.
Com
os resultados confirmados, Poliana comemorou mais uma prata nos Jogos
Pan-Americanos. - Fiquei feliz pela prata, mas triste por não ter
conseguido nem acompanhar a argentina. Eu nem a vi se desgarrando do
grupo. Não tinha nem ideia de onde ela estava, ela é muito pequenininha
também. Fiquei chateada por não ter conseguido ver e buscar a diferença.
Mas termino o ano muito bem com a prata. A maior dificuldade foi mesmo a
água quente. Para a medalhista, isso a acabou prejudicando na prova. -
Foi a água mais quente que eu já nadei. Acabei até perdendo muito tempo
na hidratação por isso. Mas a prata é muito bem-vinda. Eu sabia que as
outras nadadoras vinham muito fortes. Estou feliz. - Classificada para
as Olimpíadas de Londres, Poliana disse que espera uma prova diferente
na maior competição de 2012. - Acho que vai ser bem diferente. O
circuito é menor, não vai permitir que alguém se desgarre tanto. E a
água é mais fria também. Sei que vou estar no bolo. Poderei ser ouro,
prata ou bronze. Ou qualquer outra posição também (risos). Vai ser muito
disputada. Mas não dá para pensar em Olimpíadas sem pensar em medalha. -
Quinta colocada, Ana Marcela, que pintou as mechas, antes douradas, de
vermelho, disse ter ficado satisfeita com o resultado. - A temperatura
da água em si dificultou muito a prova. O preparo de todas era muito
igual, tirando o da Cecília, que conseguiu abrir bem desde o início. Mas
fico satisfeita.
Nado sincronizado do Brasil mergulha
na ‘Era Robótica’ e fatura outro bronze
Brasileira ignoram torcida contra e sobem ao pódio. Canadá conquista o
ouro, e americanas levam a prata nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara
O gingado
das brasileiras no forró ficou para trás e os movimentos robotizados
entraram em cena na disputa da rotina livre por equipes do nado
sincronizado, em Guadalajara. Mais uma vez recheada de difíceis e
criativas alçadas, a coreografia do Brasil agradou e o país garantiu seu
segundo bronze nos Jogos Pan-Americanos do México. A decisão dos
juízes, porém, revoltou a torcida mexicana, que queria ver seu conjunto
no terceiro degrau do pódio. Em meio à festa das meninas brasileiras
foram ouvidas muitas vaias. Canadá e Estados Unidos ficaram com o ouro e
com a prata, respectivamente.
-
O pessoal gritando México foi bem assustador. Quando saiu o quarto
lugar no placar, a gente ficou pensando:“Será que deu? Será que não
deu?”. Mas, quando juntaram as notas e a gente apareceu em terceiro, foi
só alegria – disse Joseane Costa.
Última
a se apresentar, a equipe formada por Giovana Stephan, Jessica Noutel,
Maria Eduarda Pereira, Lorena Molinos, Joseane Martins Costa, Maria
Bruno, Lara Teixeira, Pamela Nogueira e Nayara Figueira ficou com
88.800 pontos na rotina livre, que tinha como tema "Era Robótica". Na
quarta-feira, na rotina técnica, elas tinham alcançado 87.625. O Brasil
levou o bronze ao somar 176.425 pontos.
-
Deu tudo certo, como a gente esperava. A gente entrou logo depois do
México, foi meio tenso porque o pessoal ainda estava gritando aplaudindo
muito o México. Mas nós estávamos muito focadas e nadamos muito bem –
afirmou Joseane.
Minutos
antes do Brasil, as mexicanas levantaram a torcida com uma criativa
coreografia inspirada na cultura japonesa. A apresentação marcada por
muitas alçadas recebeu 89.088 dos juízes. Com isso, as donas da casa
ficaram na frente das brasileiras na rotina livre. Mas, no somatório dos
dois dias de disputa (quarta e sexta), a equipe verde-amarela levou a
melhor.
-
Tem que focar muito e ficar muito confiante. Tem que pensar no seu,
deixar o resto de lado e fingir que a torcida é para a gente. Se não for
assim, o psicológico abala - afirmou Lorena.
Favoritas
ao ouro, as canadenses foram campeãs com 95.513 pontos (190.388 no
total). As americanas chegaram a 89.838 (179.788) e ficaram com a prata.
O pódio da disputa por equipes repetiu o do dueto.
Forró embala nado sincronizado do
Brasil em busca de um lugar no pódio
Coreografia recheada de criativas alçadas empolga público mexicano, e brasileiras terminam em terceiro lugar na rotina técnica de Guadalajara
Depois do dueto brasileiro empolgar a plateia com
a Bossa Nova, nesta quarta-feira foi a vez da equipe de nado
sincronizado do país fazer bonito ao som do Forró. A coreografia
recheada de criativas alçadas agradou os juízes, e o Brasil terminou a
rotina técnica em terceiro lugar. Na próxima sexta-feira, elas disputam a
rotina livre. O somatório das duas notas apontará a classificação
geral.
-
Eu acho que a gente nadou muito bem. A nossa energia estava contagiante
dentro da água. Isso é o mais importante para gente, passar energia
para o público – disse Lorena Molinos.
A
equipe formada por Giovana Stephan, Jessica Noutel, Maria Eduarda
Pereira, Lorena Molinos, Joseane Martins Costa, Maria Bruno, Lara
Teixeira, Pamela Nogueira e Nayara Figueira recebeu 43.750 pontos em
execução e 43.875 em impressão geral, somando 87.625.
- Foi maravilhoso. Uma energia muito boa. A gente vai trazer essa medalha para o Brasil com certeza – garantiu Maria Eduarda.
Impecáveis,
as canadenses tiveram o melhor somatório da rotina técnica: 94.785. A
equipe americana foi a segunda melhor, com 89.750. As mexicanas, que
mais uma vez fizeram o Centro Aquático Scotbiank tremer, ficaram em
quarto lugar 89.750. Os torcedores não gostaram nem um pouco do
julgamento e vaiaram muito quando foram anunciadas as notas (86.750) da
equipe da casa.
Atleta do nado sofre antes das notas: ‘Estava
tonta, era muito adrenalina’
Mais nova da equipe, Jessica Gonçalvez se sentiu mal quando esperava o
anúnicio da conquista do bronze nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara
A
longa espera pelas notas da rotina livre do nado sincronizado foi
sofrida para as brasileiras, em especial, para Jessica Gonçalvez, a mais
nova da equipe. A disputa com o México pela medalha de bronze estava
acirrada e até o anúncio da classificação geral da prova o nervosismo
tomou conta. A estreante de 18 anos chegou até a se sentir mal ao sair
da piscina e, depois, caiu no choro ao saber que subiria ao pódio.
-
Quando eu sai da água, estava tonta, era muito adrenalina. Eu não
estava sentindo as minhas pernas. Pedi para a Lara (Teixeira) me dar uma
segurada porque não estava me sentindo muito bem. Acabou que a gente
teve a nota menor, mas mesmo assim ficamos na frente delas. E chorar faz
parte - disse Jessica.
Primeiro
o placar anunciou que o México tinha ficado em terceiro lugar na rotina
livre. Jessica e outras companheiras de seleção chegaram a achar que
essa seria a classificação final. A torcida mexicana também ajudou a
“enganar” as brasileiras, já que boa parte da plateia também concluiu
que aquele já era o resultado final e comemorou.
O
sofrimento só acabou mesmo quando, enfim, apareceu no telão o Brasil em
terceiro lugar, atrás apenas do Canadá e dos Estados Unidos. Somando os
pontos da rotina livre com a rotina técnica, a seleção superou as
mexicanas. Após o anúncio, as brasileiras ignoraram as vaias e comemoram
muito a conquista.
-
Eu não senti muita tensão porque já vivi um pouco isso em 2007. Mas vi
que as meninas estavam muito nervosas. Aí, eu falei: “Elas estão
comemorando agora, mas a gente vai comemorar depois” – disse Lara
Teixeira, umas das mais experientes do grupo.
Vestidas com a camisa 10, argentinas
do nado fazem homenagem ao futebol
Equipe Argentina levanta a torcida, mas não convence juízes e termina
apenas em sexto lugar nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara
Do
campo para a piscina. A famosa camisa 10 da seleção argentina de
futebol foi representada pela equipe de nado sincronizado do país, nesta
sexta-feira, nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Ao som de Ricky
Martin, a coreografia inspirada no esporte do ídolo Maradona levantou a
torcida mexicana, mas não agradou os juízes. Elas saíram da piscina
desoladas com a sexta colocação, penúltimo lugar.
Embaladas
pela música “La Copa de La Vida” de Ricky Martin, as argentinas
apresentaram a coreografia inspirada no futebol. Vestidas com a camisa
10 de Maradona estilizada em um bonito maiô, as nadadoras representaram
na água várias jogadas do esporte, como chutes, cabeçadas e até a
comemoração do gol. Um dos detalhes que chamou a atenção foi o coque das
atletas, que representava a bola de futebol.
Os
juízes, no entanto, foram rígidos e a questão técnica acabou pesando no
resultado. As argentinas receberam 76.363 pontos na rotina livre
apresentada nesta sexta-feira. Com os 76.375 conquistados na rotina
técnica, na última quarta, o país somou 152.738 e ficou em sexto lugar,
vencendo apenas o time de Aruba.
Favoritas
ao ouro, as canadenses foram campeãs com 95.513 pontos (190.388 no
total). As americanas chegaram a 89.838 (179.788) e ficaram com a prata.
O Brasil fez 88.800 e ficou com o bronze (176.425).
Nado de peito decide, e brasileiras ficam
com bronze no 4x100 medley
Canadá leva a melhor na segunda passagem do revezamento, e ganha a
prata por apenas oito centésimos. Estados Unidos batem recorde do Pan
A
disputa pela medalha de prata nos 4x100m medley feminino foi braçada a
braçada. Mas o bom desempenho canadense no nado peito fez muita
diferença. Por causa de apenas oito centésimos, o revezamento brasileiro
acabou ficando com o bronze (4m07s12 contra 4m07s04 do Canadá). Batendo
outra vez o recorde pan-americano (4m01s00), os Estados Unidos ganharam
o ouro.
–
É duro chegar na batida de mão e bater atrás. A gente fica um pouquinho
chateada, mas faz parte do esporte. A natação é assim. Mas eu acho que a
gente nadou bem. Estávamos confiantes e com uma energia boa. Mas é
duro, ainda mais para mim que fechei a prova. Mas esse bronze é muito
bem vindo – afirmou Tatiana Lemos, que nadou o estilo livre.
Fabiola
Molina abriu bem o revezamento no nado de costas e entregou na segunda
posição, apenas 0s61 atrás das americanas e a 1s63 das canadenses, que
estavam na quarta posição. Tatiana Sakemi então caiu na água para o nado
de peito, mas acabou ultrapassada por Ashley McGregor, do Canadá, e
ainda viu o revezamento mexicano se aproximar. Os Estados Unidos já
abriam mais de três segundos na liderança.
Terceira
a nadar pelo Brasil, Daynara de Paula entrou com uma desvantagem de
quase um segundo. Mal nos primeiros 50m do borboleta, viu a diferença
aumentar para 1s35, mas apertou o ritmo e conseguiu entregar o
revezamento na segunda posição, três centésimos à frente das canadenses.
Praticamente
empatadas, Tatiana Lemos, pelo Brasil, e Jennifer Beckberger, pelo
Canadá, entraram para decidirem a prata no nado livre. A canadense foi
mais rápida nos 50m, mas cansou no fim e viu a brasileira se aproximar.
Não foi o bastante. O revezamento verde-amarelo teve que se contentar
com o bronze.
–
Eu saí mal, poderia ter arriscado mais, mas fiquei com medo. Eu estava
nervosa para nadar a prova. Aliás, eu sempre fico nervosa. Não aprendo.
Mas é um nervosismo bom. Queria ter arriscado mais, mas é melhor
garantir o bronze do que nada – destacou Daynara.
Graciele Herrmann começa mal, mas se
recupera e leva prata nos 50m livre
Gaúcha nada em 25s23 e fica com segundo lugar por apenas um centésimo,
mas índice para Londres-2012 escapa por três centésimos
O
diamante nos dentes de Graciele Herrmann voltou a brilhar muito na
noite desta sexta-feira no Centro Aquático de Guadalajara. Depois de se
classificar com o melhor tempo das eliminatórias dos 50m livre, a
brasileira não começou a final tão bem. Mas ela disparou para, na
batida, garantir a medalha de prata para o Brasil por apenas um
centésimo. O tempo de 25s23 deixou a americana Madison James Kennedy no
terceiro lugar. Lara Marie Jackson, também dos Estados Unidos,
conquistou o ouro com o novo recorde pan-americano: 25s09. Flavia
Delaroli terminou no sexto lugar (25s94).
Se
a prata veio por causa de um centésimo, a vaga para Londres-2012
escapou por apenas três. A gaúcha de 19 anos voltou a fazer a melhor
marca da carreira, sendo cinco centésimos mais rápida do que nas
eliminatórias, mas ainda não conseguiu o índice olímpico.
-
Fiquei a três centésimos do índice, mas tenho mais competições para
bater essa marca. Antes eu estava a 61 centésimos, então está muito bom.
Foi quase ouro, quase índice e quase recorde pan-americano. Não posso
reclamar. É meu primeiro Pan, e ainda tenho muitos pela frente. Em 2012
podem contar comigo, e em 2016 vou dar muito orgulho para o povo
brasileiro - afirmou a nadadora.
Pensando em parar no ano que vem, Flavia Delaroli exalta 'herdeira'
Em
meio à euforia pela promessa que surge, a natação do Brasil deve perder
em 2012 uma representante. Aos 27 anos, Flavia Delaroli já pensa na
aposentadoria para o próximo ano, mas comemora a qualidade da nova
safra.
-
É isso que a gente tem que ter no Brasil. Ano que vem eu paro de nadar,
precisamos de meninas novas, é muito importante. A gente torce pela
continuidade para, assim como na natação masculina, sermos uma potência.
Essa menina tem um grande tipo físico e tudo para se tornar uma atleta
melhor do que eu fui – afirmou Flavia Delaroli, melhor velocista do
país.
Por Orady Vieira
Curitiba/Pr
Porto Rico faz cesta a 1s5 do fim do
jogo, bate o México e leva o ouro
Barea faz os dois pontos que desempatam partida e levam equipe ao
alto do pódio no torneio masculino de basquete; EUA ficam com o bronze
Porto
Rico entrou em quadra não apenas para jogar contra o México. Se
quisesse levar para casa a medalha de ouro do Pan de Guadalajara, neste
domingo, teria que vencer também a pressão de um ginásio inteiro. E
mostrou frieza suficiente para isso. Barea encontrou o espaço que
precisava para fazer a cesta que desempataria o jogo a 1s5 do fim e
levaria sua equipe à vitória: 74 a 72 (35 a 35).
O
pódio contou ainda com a presença da seleção dos Estados Unidos, que
garantiu o bronze ao derrotar a República Dominicana por 94 a 92. O
Brasil terminou a competição na quinta colocação.
A menos de 24h da estreia, estádio do
atletismo corre para terminar obras
Ajustes finais ainda estão sendo feitos em um dos principais palcos do Pan de Guadalajara, mas pista está pronta e já recebe ateltas para treinamento
Desde
o início, as obras do Estádio Telmex eram as que mais preocupavam nos
Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. A menos de 24 horas do início das
disputas do atletismo, a instalação ainda não está completamente pronta.
Enquanto Fabiana Murer e outros atletas treinam, funcionários correm
para acertar os retoques finais.
Neste
domingo, alguns homens ainda trabalham instalando equipamentos, fazendo
os últimos ajustes na parte elétrica da instalação e até pitando.
Algumas áreas do estádio, como rampas de acesso ao primeiro andar, estão
interditadas.
Outro
detalhe que chama a atenção no bonito estádio é a sujeira. Por todos os
lados, existem restos de obra espalhados. Latas de tinta, ferramentas,
carrinhos e outros materiais são frequentes pelos corredores. Muitas
pessoas também trabalham na arrumação das lojas de conveniência.
A
pista, porém, parece estar pronta para receber os atletas. Alguns deles
já treinaram normalmente no estádio na tarde deste domingo. A campeã
mundial Fabiana Murer, que fez seu primeiro treino em Guadalajara,
achava que iria encontrar o local de competição ainda mais atrasado.
- Pelo
o que eu tinha ouvido falar, ia ficar pronto bem em cima da hora. Eu
sabia que a pista estaria pronta, mas as arquibancadas poderiam estar
incompletas. Até colocaram umas arquibancadas provisórias do outro lado.
Mas eu fiquei surpresa. Está mais pronto do que esperava. E as
condições para saltar estão excelentes. Um bom materiaL, um bom colchão.
Para o salto com vara, está bem legal - disse Fabiana Murer, que já
compete nesta segunda-feira.
Por Orady Vieira
Curitiba/Pr
Nenhum comentário:
Postar um comentário