BlogSports = Um Jeito Diferente de Focalizar e Falar de
S P O R T S
O
GLOBOESPORTE.COM acompanha toda a movimentação dos Jogos em Tempo Real a
partir das 12h, além de coberturas especiais para o futebol masculino e
para a semi do vôlei.Clique aqui para ver o quadro de medalhas do Pan – o Brasil continua em segundo lugar, atrás dos americanos. Veja também o calendário completo da competição e confira abaixo os destaques brasileiros desta quarta-feira no México.
Nivalter leva a prata na canoagem, mas
chora ao perder vaga olímpica
Apenas a vitória no C1 200m daria ao canoísta brasileiro o carimbo no
passaporte; irmãos Givago e Gilvan Ribeiro levam o bronze no K2 200m
A prata teve gosto amargo para Nilvalter Santos. Por muito pouco, ele ficou sem a vaga olímpica que tanto sonhava nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Já havia batido na trave no Mundial da Hungria, em agosto, quando ficou em oitavo lugar na competição que dava aos sete primeiros o carimbo no passaporte. Neste sábado, ele perdeu a última chance de se classificar ao completar a prova do C1 200m em 40s619, atrás do canadense Richard Dalton (40s333). O bronze ficou com o cubano Roleysi Baez (41s403). O brasileiro não conteve as lágrimas.
- Meu objetivo aqui era a classificação, uma medalha era consequência. Eu me senti bem o tempo todo e dei o meu melhor na prova, mas infelizmente não foi suficiente. Não sei dizer o que faltou, foi por muito pouco. Estou muito triste, mesmo sabendo que dei 100%. Aqui, só a vitória importava - lamentou Nivalter.
Já no K2 200m, o tempo de 32s902 e o bronze foram surpresas para os irmãos Gilvan e Givago Ribeiro, que treinaram apenas dois meses juntos antes da competição. Na primeira prova internacional lado a lado, chegaram atrás dos argentinos Miguel Correa e Ruben Voizard Resola (32s494) e dos canadenses Ryan Paul Cochrane e Hugues Fournel (32s375).
- Esse é o dia mais feliz da minha vida. Conquistar uma medalha dessa importância ao lado do meu irmão é uma sensação maravilhosa e tem um gosto de superação muito forte. Apesar do pouco tempo treinando juntos, nós nos superamos. Temos muita afinidade e confiança por sermos irmãos, uma coisa que normalmente leva muito tempo para construir. Nós nascemos com isso, e acaba fazendo a diferença na água - disse Gilvan, de 22 anos.
Ao todo, o Brasil conquistou quatro medalhas na modalidade em Guadalajara: duas de prata e duas de bronze. No sábado anterior, o quarteto formado por Celso de Oliveira Júnior, Gilvan Ribeiro, Givago Ribeiro e Roberto Maehler ficou em terceiro no K4 1.000m. No dia seguinte, foi a vez de Erlon Silva e Ronílson Oliveira faturarem a prata no C2 1.000m e a vaga olímpica. O melhor país na canoagem foi Cuba, com nove medalhas, sendo quatro de ouro.
Ouro fica 'engasgado', mas Beltrame é
primeira mulher medalhista no remo - É Prata
com muito orgulho.
Brasileira é superada pela americana Jennifer Goldsack e
leva a prata no skiff simples leve. Cubana Yaima Velazquez
completa o pódio em Ciudad Guzmán
Na
saída da raia, um abraço apertado das meninas do Four Skiff e o
parabéns de toda a comissão. A primeira medalha de uma brasileira no
remo em Jogos Pan-Americanos, no entanto, veio com uma ponta de
decepção. Após a conquista do título mundial, em setembro, na Eslovênia,
Fabiana Beltrame chegou ao México como maior favorita no skiff simples
leve. O ouro ficou a 6s65. Com a marca de 7m55s42, a brasileira foi
superada pela americana Jennifer Goldsack (7m48s77), em Ciudad Guzmán, a
pouco mais de 150km de Guadalajara. A cubana Yaima Velazquez (8m02s59)
levou o bronze.
A medalha
de prata de Fabiana foi a 42ª do remo brasileiro em Jogos
Pan-Americanos, a primeira de uma mulher. Mesmo sem o ouro, a remadora
comemorou.
-
Estou um pouco engasgada com esse ouro que não veio. Mas estou feliz
por ter levado a primeira medalha feminina para o Brasil. Preciso
treinar mais. Hoje, não fui a melhor, e o remo é muito objetivo. Chegou
na frente, levou.
Fabiana
reconhece que já não está com a mesma forma física da época da
conquista do Mundial. Ela, porém, pede que o remo brasileiro se inspire
na Argentina em busca de mais medalhas nas competições.
-
Falta um pouco mais de organização. A Argentina “varreu” isso aqui,
ganhou quase tudo. E é um país menor, com menos remadores. Mas se
organizou e o resultado veio. Falta organização dos próprios atletas.
Precisamos nos reunir para tentar algo.
No
domingo, Beltrame venceu sua bateria na eliminatória com o tempo de
8m20s18, o melhor entre todas as competidoras, mas ainda distante dos
7m44s58 que a fizeram campeã mundial na Eslovênia. Isso mostrou que ela
se poupou e fez o suficiente para avançar à final.
Brasileiras em último no four skiff
Bianca
Miarka, Camila Carvalho, Carolina Rocha e Kissya Costa ficaram em sexto
e último lugar na final do four skiff feminino, após completar o
percurso em 6m45s57, nesta quarta-feira. A Argentina conquistou o ouro
(6m34s46), o Canadá levou a prata (6m37s68) e os Estados Unidos
completaram o pódio (6m39s36) da competição.
Os
homens também deixaram a desejar na final do quatro sem. A equipe
brasileira, formada por José Sobral Júnior, Thiago "Capi" Almeida, Célio
Amorim e Ailson Silva, terminou em último, com o tempo de 6m15s61. Quem
levou a melhor foi Cuba, que ganhou o segundo ouro no remo, ao cravar
6m06s06. Os campeões passaram os primeiros 500m da regata na quarta
posição, mas aceleraram na reta final do circuito de 2.000m e superaram a
Argentina (6m06s21). Os hermanos faturaram a prata, e os chilenos
levaram o bronze (6m06s36).
Na disputa do quatro sem, o barco brasileiro terminou em sexto lugar e longe da vaga olímpica que estava em jogo.
-
Os caras foram melhores, essa é a verdade. Montamos uma estratégia que
não deu certo. Talvez estejamos fora de ritmo, não sei - disse Thiago
Almeida.
O GLOBOESPORTE.COM acompanha toda a movimentação dos Jogos em Tempo Real a partir das 12h, além de coberturas especiais para o futebol masculino e para a semi do vôlei.Clique aqui para ver o quadro de medalhas do Pan – o Brasil continua em segundo lugar, atrás dos americanos. Veja também o calendário completo da competição e confira abaixo os destaques brasileiros desta quarta-feira no México.
Thiago Pereira chegou a Guadalajara disposto a superar o recorde de ouros em Pans de Hugo Hoyama. Com nove até agora, um a menos que o mesa-tenista, ele teve a chance de igualar na terça-feira, mas perdeu fôlego nos 200m peito e ficou apenas com o bronze. A melhor chance do empate será nesta quarta, com os 200m medley. Hoyama ainda disputa um ouro na quinta, mas Thiago tem mais quatro chances para engordar sua coleção.
Brasil entra em campo com clássico e
encara decisões na quadra e na água
Futebol masculino pega a Argentina na estreia; Beltrame e Thiago Pereira lutam por medalhas de ouro, e vôlei disputa com Dominicana a vaga na final
No campo,
na quadra e na água, será uma quarta-feira de decisões para o Brasil
nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Tudo bem que, no futebol
masculino, ainda é apenas uma estreia, mas a pedreira inicial é logo o
clássico contra a Argentina. No remo, a campeã mundial Fabiana Beltrame
tenta o ouro, assim como Thiago Pereira na natação, atrás do recorde do
mesa-tenista Hugo Hoyama. Na quadra, o vôlei encara um jogo decisivo
contra a República Dominicana, valendo vaga na final – e justamente
contra as rivais da estreia, quando Jaqueline saiu machucada, com uma
fratura cervical. No quinto dia do Pan, a expectativa é de mais uma
jornada cheia de medalhas.
O GLOBOESPORTE.COM acompanha toda a movimentação dos Jogos em Tempo Real a partir das 12h, além de coberturas especiais para o futebol masculino e para a semi do vôlei.Clique aqui para ver o quadro de medalhas do Pan – o Brasil continua em segundo lugar, atrás dos americanos. Veja também o calendário completo da competição e confira abaixo os destaques brasileiros desta quarta-feira no México.
Remo
Quarta-feira é dia de ver campeã mundial perseguindo medalha de ouro para o Brasil. Fabiana Beltrame, que chegou ao topo do mundo em setembro, tenta vencer a competição do Pan no skiff simples leve. No domingo, ela venceu sua bateria na eliminatória com o tempo de 8m20s18, o melhor entre todas as competidoras, mas ainda distante dos 7m44s58 que a fizeram campeã mundial na Eslovênia. Na decisão mexicana, sem se poupar, a brasileira entra com pinta de favorita. A competição começa por volta das 13h.
Quarta-feira é dia de ver campeã mundial perseguindo medalha de ouro para o Brasil. Fabiana Beltrame, que chegou ao topo do mundo em setembro, tenta vencer a competição do Pan no skiff simples leve. No domingo, ela venceu sua bateria na eliminatória com o tempo de 8m20s18, o melhor entre todas as competidoras, mas ainda distante dos 7m44s58 que a fizeram campeã mundial na Eslovênia. Na decisão mexicana, sem se poupar, a brasileira entra com pinta de favorita. A competição começa por volta das 13h.
Vôlei
Após três vitórias e um dia de folga, a seleção feminina de vôlei volta à quadra em Guadalajara, desta vez em jogo de vida ou morte contra a República Dominicana. A semi desta quarta, às 23h, vale o passaporte para a disputa do ouro que ainda falta às meninas. Sem Jaqueline, que teve uma fratura cervical na estreia e está fora do Pan, a seleção de Zé Roberto Guimarães enfrenta o mesmo rival da primeira partida, quando ganhou por 3 sets a 1. O GLOBOESPORTE.COM acompanha o jogão em Tempo Real.
Após três vitórias e um dia de folga, a seleção feminina de vôlei volta à quadra em Guadalajara, desta vez em jogo de vida ou morte contra a República Dominicana. A semi desta quarta, às 23h, vale o passaporte para a disputa do ouro que ainda falta às meninas. Sem Jaqueline, que teve uma fratura cervical na estreia e está fora do Pan, a seleção de Zé Roberto Guimarães enfrenta o mesmo rival da primeira partida, quando ganhou por 3 sets a 1. O GLOBOESPORTE.COM acompanha o jogão em Tempo Real.
Futebol masculino
Sob o comando do técnico Ney Franco, a seleção sub-20 do Brasil abre a caminhada no Pan de Guadalajara encarando logo de início o maior clássico do continente. A equipe enfrenta a Argentina. Na terça, as meninas tiveram o mesmo desafio e passarm no teste: venceram as hermanas por 2 a 0. Agora é a vez de os rapazes tentarem repetir o feito, e você segue tudo em Tempo Real a partir das 20h.
NataçãoSob o comando do técnico Ney Franco, a seleção sub-20 do Brasil abre a caminhada no Pan de Guadalajara encarando logo de início o maior clássico do continente. A equipe enfrenta a Argentina. Na terça, as meninas tiveram o mesmo desafio e passarm no teste: venceram as hermanas por 2 a 0. Agora é a vez de os rapazes tentarem repetir o feito, e você segue tudo em Tempo Real a partir das 20h.
Thiago Pereira chegou a Guadalajara disposto a superar o recorde de ouros em Pans de Hugo Hoyama. Com nove até agora, um a menos que o mesa-tenista, ele teve a chance de igualar na terça-feira, mas perdeu fôlego nos 200m peito e ficou apenas com o bronze. A melhor chance do empate será nesta quarta, com os 200m medley. Hoyama ainda disputa um ouro na quinta, mas Thiago tem mais quatro chances para engordar sua coleção.
Seleção feminina volta a perder nos
pênaltis e fica com a prata no futebol
Brasil repete roteiro de derrota para os Estados Unidos no Mundial e,
com 4 a 3 nas penalidades, desperdiça a chance de terceiro ouro no Pan
Se passaram pouco mais de três meses e o triste roteiro se repetiu. Assim como no últimoMundial, a Seleção Brasileira sofreu um gol no fim do tempo regulamentar e, nos pênaltis, foi derrotada. Se na competição anterior o adversário era os Estados Unidos, pelas quartas de final, nesta quinta-feira o algoz foi o Canadá, que tirou na equipe a medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Após empate em 1 a 1 nos 90 minutos e na prorrogação, o Brasil perdeu por 4 a 3 nos pênaltis, ficando com a prata.
Partiu do Canadá a iniciativa do ataque desde o início da partida. Com uma marcação adiantada, a equipe pressionava o adversário em seu campo defensivo. E foi aproveitando os espaços deixados que a Seleção Brasileira achou um gol aos três minutos de partida. Débora partiu em velocidade e, de fora da área, arriscou o chute. A bola foi no ângulo, sem chances para a goleira Karina LeBlanc, fazendo 1 a 0.
Com a vantagem, o Brasil recuou ainda mais, dando ao Canadá os espaços ncessários para atacar. Apenas Débora ficava no campo ofensivo quando a Seleção não tinha a bola, facilitando a saída de bola do adversário. Então, a equipe canadense criou chances de gol e por pouco não abriu o placar. Sinclair e Sesselmann tiveram boas oportunidades, mas não acertaram o alvo.
Na base dos chutões, faltas e raros lances de habilidade individual, o Brasil foi para o intervalo com a vantagem no placar. Mas, em campo, o clima estava longe de ser de tranquilidade. Quando a árbitra determinou o fim do primeiro tempo, o apito soou como alívio para a equipe de Kleiton Lima.
O Brasil voltou para o segundo tempo melhor posicionado em campo, principalmente na defesa. Como resultado, sofreu menos pressão do Canadá, que, mesmo assim, tinha melhor posse de bola. No entanto, a Seleção apresentava bom toque e conseguia se sair melhor nos contra-ataques, apesar de não construir sólidas chances de gol.
Mas foi apostando na troca de passes que o Brasil começou a se impor na partida. Aos 22 minutos, a dupla de ataque combinou uma tabela que quase resultou em gol. Thaís lançou Débora e se posicionou na área para receber o passe da companheira. A atacante chutou, e LeBlanc defendeu. Na sequência, Maurine cobrou escanteio, e a goleira salvou um gol olímpico.
Sem ser tão ameaçado pelo Canadá, o Brasil passou a valorizar a posse de bola, praticamente anulando as jogadas ofensivas do adversário. A equipe criou jogadas claras de gol, mas foi incompetente nas conclusões. Num lance de desatenção da marcação, a Seleção sofreu o empate. Após cobrança de escanteio aos 42 minutos, Christine Sinclair subiu mais do que a goleira Bárbara e cabeceou para fazer 1 a 1. Assim, a decisão foi para a prorrogação.
No tempo extra, ficou clara a diferença entre a condição física das duas equipes. Enquanto o Canadá se mostrava inteiro e tomava a iniciativa do ataque, o Brasil aparentava cansaço e se limitava a dar chutões para afastar o perigo. Na arquibancada, a torcida mexicana não estava nem aí. A maior distração era pegar as bolas que eram chutadas para arquibancada e passar de mão e mão, sem devolver para o campo.
O empate se manteve, e a decisão foi para os pênaltis. Grazielle e Débora desperdiçaram para as brasileiras, decretando a derrota por 4 a 3.
O Brasil jogou com a seguinte formação: Bárbara, Bagé, Karen, Bagé e Tânia Maranhão; Maurine, Francielle, Formiga, Rosana (Ketlen) e Maicon; Thaís (Grazielle) e Débora.
Maurine supera dor, faz gol e garante
Brasil na briga por ouro do Pan
Lateral-direita, que perdeu o pai no último domingo, garante triunfo por 1 a 0 sobre o México e coloca a Seleção feminina na decisão em Guadalajara
saiba mais
Desde a noite do último domingo, quando aSeleção Brasileira feminina recebeu a notícia da morte do pai de Maurine, criou-se a expectativa de como o grupo reagiria. Mas as jogadoras transformaram o luto em motivação. E foi exatamente a lateral-direita a autora do gol que deu a vitória do Brasil por 1 a 0 sobre o México, nesta terça-feira, no Estádio Omnilife, garantindo a classificação para a final do torneio de futebol dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara.
A equipe comandada por Kleiton Lima vai brigar pelo ouro na quinta, enfrentando o adversário da outra semifinal, entre Canadá e Colômbia. Nesta terça, a Seleção entrou em campo usando uma fita preta como símbolo do luto por Brasil, nome do pai de Maurine.
O Brasil começou a partida tomando a iniciativa do ataque, sem se importar com a torcida mexicana que ainda chegava ao estádio. A equipe trocava bons passes, mas sem ameaças consistentes ao gol adversário. Mas com o passar do tempo, o México recuperou o terreno e, aproveitando os muitos erros de passe da Seleção, passou a dominar o jogo.
O México levou sufoco em duas bolas cruzadas, sendo que uma delas obrigou Francielle a subir e salvar de cabeça, com a goleira Bárbara fora do lance. Com uma transição rápida da defesa para o ataque, o time da casa chegava com perigo. Apenas na etapa final do primeiro tempo as brasileiras apresentaram melhor volume de jogo.
Em meio a muitos chutes errados de fora da área, o Brasil teve duas oportunidades, ambas em cruzamentos pela direita. No primeiro, a zaga tirou antes que Débora colocasse a cabeça na bola. Na segunda, Maurine tocou com perfeição para Rosana, que, livre, cabeceou para a defesa da goleira Aurora Santiago.
Em poucos minutos, o segundo tempo teve mais emoção do que toda a primeira etapa. E, melhor em campo, o Brasil protagonizou a maioria. Depois de Formiga acertar o travessão num chute de fora da área, foi a vez de a Seleção ter um gol legítimo anulado pela árbitra cubana Irasema Aguilera. Aos 19 minutos, Formiga cobrou escanteio e a bola tocou no travessão. Bagé empurrou para o gol, mas a arbitragem assinalou que a bola havia saído.
Logo que a bola foi reposta, o México armou um contra-ataque que deixou Bárbara frente a frente com Samarzich. Mas a goleira brasileira saiu com precisão nos pés da atacante e defendeu. Embalado pelo domínio ofensivo, o Brasil teve uma boa chance com Tânia Maranhã de cabeça, obrigando Santiago a fazer boa defesa.
Na base da empolgação da torcida, que gritava “Si, se puede”, o México foi para cima do Brasil, mas deixou espaços. Numa saída rápida para o ataque, após cruzamento de Maicon pela esquerda, a bola passou por toda a área e chegou até Maurine, que se esticou para completar para o gol, abrindo o placar para a Seleção aos 33 minutos.
Com a vantagem, o Brasil passou a administrar a partida, aproveitando o desespero do México. Sem se afobar, o time de Kleiton Lima controlou a bola até o apito que garantiu a vaga na final do Pan.
GINÁSTICA
Hypolito até ‘paga mico’ com equipe e
diz estar mais tolerante às limitações
‘Em outros tempos, se ficasse em terceiro choraria de tristeza’, conta ginasta,
que botou ouro no pescoço ao entrar na Vila para acompanhar a seleção
Diego Hypolito não pôde acreditar quando olhou para trás e viu que seus companheiros de equipe, sim, tinham entrado na Vila Pan-Americana com a medalha de ouro no peito. Morreu de vergonha. Depois de alguns segundos, se deu conta de como aquele momento, para eles, era importante. E botou a sua também. Um dia depois, conquistou outra, agora no solo. Tempos atrás, uma derrota o faria chorar de tristeza. Mas, um ano após a cirurgia no tornozelo esquerdo, ele se vê mais tolerante às limitações.
- Antigamente eu mudava muito as minhas séries no solo. E ficava sempre no limite. Para mim, agora, é muito importante bronze, prata ou ouro. Antigamente eu só queria ouro. E não era um pensamento bom. Eu treino para ser campeão, óbvio, mas a medalha é satisfatória. Chorei de emoção no Mundial de Tóquio pela medalha de bronze e a vaga nas Olimpíadas. Em outros tempos, se ficasse em terceiro choraria de tristeza. Não é assim - conta o ginasta.
Diego foi campeão mundial de solo em 2003 e em 2005, vice em 2004 e campeão do Pan do Rio em 2007. Chegou como favorito às Olimpíadas de Pequim, mas cometeu uma falha e caiu no chão, sentado. Um ano depois, operou o ombro e, no seguinte, o tornozelo. Viu que não era um homem de ferro. Viu que precisava mudar.
- Tinha que voltar a me estruturar para voltar a fazer exatamente o que fazia. Foram muitas cirurgias. Ficava mais tempo operado do que treinando. Agora estou trabalhando muito a parte de fisioterapia, de psicologia, nutrição, bioquímica. Muitas coisas que eu não tinha oportunidade de fazer porque achava que era um robô. Todos somos seres humanos. Se acontecer, não vai ser por questão de prevenção, pois tento prevenir ao máximo as lesões.
Diego, nesta sexta, tentará repetir, no salto, o bicampeonato do Pan. Mas sabe que será difícil. Nas eliminatórias, passou em terceiro.
- Acho que, se você sonhar baixo, só vai conseguir coisa baixa. Eu sonho alto, mas não significa que, se conseguir uma coisa baixa, vou sair decepcionado. Sei que tenho um concorrente que sai de nota maior do que eu, mas não significa que vou entrar derrotado. Vou entrar com pensamento de campeão, mas, independentemente do resultado, quero fazer meu trabalho bem. No primeiro dia, saí das duas linhas. Não quero sair da linha na final.
Se as lesões fizeram Diego aceitar as limitações, foi a equipe de ginástica que o ajudou a reaprender a dar valor a vitórias que, antes, muitas vezes, eram apenas mais uma medalha na coleção. O ouro ao lado de Francisco Barreto, Arthur Zanetti, Sérgio Sasaki, Petrix Barbosa e Péricles da Silva foi o primeiro na história do Brasil.
- A medalha de ouro por equipe era a que eu mais queria. Era uma oportunidade para todos os atletas. Os meninos queriam entrar na vila com a medalha, aí eu falei “não vou”. Eles estavam muito orgulhosos. São meninos bacanas, simples, do bem. O ouro é um orgulho. Essa união está fazendo diferença grande para que a ginástica masculina possa crescer mundialmente. Quem sabe não podemos sonhar ainda mais e ter possibilidade de um dia ser uma potência mundial?
Em dia agitado para a ginástica,
Arthur Zanetti é prata nas argolas
Brasileiro perde para o americano Brandon Wynn, por apenas 0,025
pontos: 'Se os árbitros acharam que ele foi o campeão, parabéns para ele'.
Em dia agitado para a ginástica artística brasileira, com ouro de Diego Hypolito no solo ecrise de relacionamento na equipe feminina, o país embolsou mais uma medalha nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Arthur Zanetti, que tinha operado o ombro no ano passado e deu a volta por cima, conquistou a prata nas argolas na tarde desta quinta-feira. Foi o mesmo resultado do Mundial de Tóquio, no início do mês. Desta vez, no entanto, uma prata com sabor de derrota para ele.
Zanetti saiu da premição com semblante triste. Nunca tinha perdido uma competição por tão pouco - diferença de 0.025 pontos.
- Se os árbitros acharam que ele foi o campeão, parabéns para ele. Saio satisfeito pelo ouro por equipes, mas triste pela prata.
Com total de 15.600 pontos, o brasileiro ficou atrás apenas do americano Brandon Ross Wynn, que ganhou o ouro com 15.625. O bronze ficou com o também americano Christopher Maestas, que fez 15.550.
Diego sente pressão baixar, mas passa no solo (1º) e no salto (3º). Zanetti é o melhor nas argolas, e Sasaki lidera no individual geral. Serão oito finais
Diego Hypolito sentou-se ao chão, exausto. Após tamanho esforço, sentiu até a pressão baixar. Juntou-se então aos amigos e ficou esperando a confirmação: ouro inédito. Após a decepção feminina, na véspera, os meninos da ginástica venceram a final por equipes em Guadalajara. Com gosto especial: foi a milésima medalha do país na história dos Jogos Pan-Americanos. E há ainda mais oito na mira. Diego arrematou duas finais: primeiro no solo e terceiro no salto. Arthur Zanetti passou em primeiro nas argolas, e Sérgio Sasaki se classificou em primeiro no individual geral (Petrix Barbosa foi oitavo), segundo no cavalo com alças, quarto nas paralelas e quinto no solo. Francisco Barreto e Péricles da Silva completaram o time campeão.
- Milésima medalha? Sério? Ih, a gente está importante! Estou muito, muito contente, não só por ser a milésima medalha. A ginástica não é Diego, essa medalha não é só do Diego. Tem um sabor muito especial. A gente tem que depender um do outro - disse o bicampeão mundial de solo.
Nesta quarta, Sasaki se juntará a Daniele Hypolito e Bruna Leal na final do individual geral. As finais masculinas de solo, argolas e cavalo serão na quinta-feira. Na sexta, haverá disputa de medalha no salto, nas paralelas e na barra fixa.
Os Estados Unidos foram melhores do primeiro grupo por equipes. Na quarta das seis rotações, Brandon Ross Wynn tomou um tombo no solo e caiu de cabeça. Apenas um susto. Com 342.000 pontos, os americanos lideraram, mas teriam de torcer contra Brasil, Porto Rico e Argentina.
Sasaki compete com dores no pé
Sasaki compete com dores no pé
O Brasil vinha de duas medalhas de prata nos dois últimos Pans. Eram, até então, o melhor resultado da ginástica masculina. Em Guadalajara, já no primeiro aparelho foi possível ver que ao melhor um pódio estava por vir.
Aos 19 anos e recuperado de uma série de lesões no pé direito, Sasaki sentiu dores. Mas fez delas combustível.
- Estou vindo de contusão no tornozelo direit), competi com dor. Mas cumpri o meu objetivo. Esse grupo é unido, diferente. O mais importante é que a equipe é jovem e podemos contribuir para bons resultados - disse.
No cavalo com alças, Sasaki fez a segunda maior nota (14.600) até então. O Brasil ficou em terceiro no aparelho, atrás apenas dos mexicanos e dos portorriquenhos.
- Estou vindo de contusão no tornozelo direit), competi com dor. Mas cumpri o meu objetivo. Esse grupo é unido, diferente. O mais importante é que a equipe é jovem e podemos contribuir para bons resultados - disse.
No cavalo com alças, Sasaki fez a segunda maior nota (14.600) até então. O Brasil ficou em terceiro no aparelho, atrás apenas dos mexicanos e dos portorriquenhos.
Nas argolas, a arrancada brasileira. Zanetti passou em primeiro, com 15.550. Sasaki, Pericles, Petrix e Zanetti também competiram e deixaram o Brasil com a mesma pontuação dos Estados Unidos no aparelho: 57.300.
No salto, uma vitória esmagadora. Sasaki tirou 16.050 e depois viu Zanetti e Diego levarem a equipe rumo ao primeiro lugar no aparelho, com 62.800 pontos. Diego, único que tentava se classificar à final do aparelho, saltou mais uma vez e passou em terceiro.
Depois de dois aparelhos fortes, o Brasil parecia dar uma desacelerada nas barras paralelas. Só parecia. Sasaki teve o melhor desempenho entre os brasileiros: quarta melhor nota até então - 14.550. Com 56.700 ali, só perdia para a Colômbia.
Diego vai para a 'fogueira' na barra fixa e sente pressão baixar
Diego não iria competir na barra fixa. Quando Francisco errou, teve de entrar em ação. Na barra fixa, Petrix tirou 14.100 e se garantiu na final.
- Eu estava bastante, bastante cansado. Quando o Francisco errou a barra, falei “Meu Deus, vou ter de competir.
A equipe foi então para o último aparelho, o solo. Diego Hypolito foi o último a se apresentar e garantiu o ouro à seleção, com 15.600.
A equipe foi então para o último aparelho, o solo. Diego Hypolito foi o último a se apresentar e garantiu o ouro à seleção, com 15.600.
- A pressão baixou um pouco por causa do cansaço. Tirei mais nota do que no Mundial, então está bom. A equipe precisava de mim - disse Diego.
Com o ouro no peito, o maior ginasta do país se lembrou da lesão no tornozelo esquerdo que há um ano o obrigou a ir para uma mesa de cirurgia.
Com o ouro no peito, o maior ginasta do país se lembrou da lesão no tornozelo esquerdo que há um ano o obrigou a ir para uma mesa de cirurgia.
- Há um ano fui operado. Exatamente um ano. Como não vou viver essa medalha de uma maneira intensa? Poderia nem estar mais na ginástica e estou aqui.
Confira os resultados dos brasileiros nesta terça-feira:
Sergio Sasaki – primeiro indivudual geral, segundo no cavalo, quarto nas paralelas e quinto no solo
Arthur Zanetti – primeiro nas argolas
Diego Hypolito – primeiro no solo e terceiro no salto
Petrix Barbosa – oitavo no individual geral
Arthur Zanetti – primeiro nas argolas
Diego Hypolito – primeiro no solo e terceiro no salto
Petrix Barbosa – oitavo no individual geral
Sem Jade, Daiane e Daniele apostam na
maturidade para comandar o Brasil
Hypolito vê Estados Unidos de Shaun Johnson 'hours concours' e torce
para que torcida mexicana consiga desconcentrar as americanas no Pan
Elas chegaram exaustas e, brincando, botaram parte da culpa no peso da idade. Daiane dos Santos, de 28 anos, e Daniele Hypolito, de 27, apostam na maturidade para nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Sem Jade Barbosa, lesionada, a dupla é a referência na equipe, que compete nesta segunda-feira, e esperança de medalhas nas disputas individuais, a partir de quarta.
Daiane já marcou a aposentadoria para depois das Olimpíadas de Londres-2012. Dani quer competir até Rio-2016. Quatro anos atrás, as duas eram estrelas da ginástica e viam a consagração de Jade, então com 17 aninhos.
- Muitas coisas aconteceram do Pan de 2007 para cá. Fiquei um tempão fora da ginástica, voltei agora há quase quatro meses para a seleção. Hoje estamos todas mais maduras. Principalmente eu e a Dani, por sermos mais velhas. A maturidade é o que temos de melhor agora - conta Daiane, referindo-se ao período de quase três anos em que ficou afastas por lesões e por uma punição por doping.
Na competição por equipe, elas terão ainda mais trabalho. Há dois anos parada, Shaun Johnson vai fazer em Guadalajara seu retorno. Segundo Daniele, a única saída é torcer para que as americanas sintam a pressão da torcida, já que competem na mesma subdivisão que o México.
- Os Estados Unidos são 'hours concours', venham eles com a equipe A ou B, porque são muito parecidas. O segundo e terceiro lugares serão disputados por Brasil, Canadá e México. Vão ficar entre essas três a prata e o bronze. A não ser que as americanas errem demais, por elas estarem no rodízio do México - disse Dani.
A baixa de Jade pegou a equipe de surpresa, mas não há tempo para lamentar. Com uma lesão no pé esquerdo, ela precisa se recuperar até janeiro, quando o país terá a última chance de se classificar para as Olimpíadas. No Pan, Gabriela Soares será a substituta. Adrian Gomes, Bruna Leal e Priscila Cobello completam o time
- A Jade é uma nota forte em todos os aparelhos, importante para a equipe, mas, fazer o quê? Ela precisa se recuperar para janeiro – disse Daiane.
Daiane já marcou a aposentadoria para depois das Olimpíadas de Londres-2012. Dani quer competir até Rio-2016. Quatro anos atrás, as duas eram estrelas da ginástica e viam a consagração de Jade, então com 17 aninhos.
- Muitas coisas aconteceram do Pan de 2007 para cá. Fiquei um tempão fora da ginástica, voltei agora há quase quatro meses para a seleção. Hoje estamos todas mais maduras. Principalmente eu e a Dani, por sermos mais velhas. A maturidade é o que temos de melhor agora - conta Daiane, referindo-se ao período de quase três anos em que ficou afastas por lesões e por uma punição por doping.
Na competição por equipe, elas terão ainda mais trabalho. Há dois anos parada, Shaun Johnson vai fazer em Guadalajara seu retorno. Segundo Daniele, a única saída é torcer para que as americanas sintam a pressão da torcida, já que competem na mesma subdivisão que o México.
- Os Estados Unidos são 'hours concours', venham eles com a equipe A ou B, porque são muito parecidas. O segundo e terceiro lugares serão disputados por Brasil, Canadá e México. Vão ficar entre essas três a prata e o bronze. A não ser que as americanas errem demais, por elas estarem no rodízio do México - disse Dani.
A baixa de Jade pegou a equipe de surpresa, mas não há tempo para lamentar. Com uma lesão no pé esquerdo, ela precisa se recuperar até janeiro, quando o país terá a última chance de se classificar para as Olimpíadas. No Pan, Gabriela Soares será a substituta. Adrian Gomes, Bruna Leal e Priscila Cobello completam o time
- A Jade é uma nota forte em todos os aparelhos, importante para a equipe, mas, fazer o quê? Ela precisa se recuperar para janeiro – disse Daiane.
Marcel termina saga de James Bond
com ouro e tricampeonato no Pan
Vestido como o agente 007, brasileiro, que teve roupas e patins roubados
antes do embarque, supera semana de tensão e se consagra em Guadalajara
Foi uma saga de herói. Mais precisamente, de James Bond. O assalto, a perda das roupas e dos patins, os treinos debaixo de sol forte. Nada fez com que Marcel Stürmer se desequilibrasse. Improvisou no que pôde, se esforçou o quanto pôde. No fim, interpretando o agente secreto 007, ganhou como prêmio a medalha de ouro. O brasileiro de 26 anos venceu os Jogos Pan-Americanos pela terceira vez seguida. Pouco antes, Talitha Haas, dez anos mais jovem, foi bronze em sua estreia em Pan.
- Não podia ter escolhido personagem melhor, pois minha realidade quando cheguei aqui era muito difícil. Assaltado, sem meu patins, o material que treino todos os dias há um ano e meio. Sem minha roupa e com uma desestrutura emocional. Foi muito mais fácil fugir da minha realidade e entrar na dele. O cara que passa por cima de tudo, que supera os obstáculos, que pode sim tomar um tiro, mas tem um colete para proteger e fazê-lo vencer no final e derrubar o bandido. Era realmente a missão impossível.
Foi muito mais fácil fugir da minha realidade e entrar na dele"
Marcel StürmerMarcel tinha ficado em primeiro na rotina curta, que vale apenas 25% dos pontos. No domingo, interpretou o príncipe do clássico de balé Cisne Negro. Um príncipe borralheiro, com alfinetes segurando a camisa, pés esmagados dentro dos patins. Apresentou-se pulando entre a sombra e o sol forte. Saiu da quadra suado, como um herói em fuga. Mas aliviado. Nenhum dos adversários tinha conseguido alcançá-lo até ali.
Marcel temia comemorar por antecipação. A euforia, outrora, o fizera perder títulos. Foi então que voltou à cena para outro capítulo, dessa vez vestido de James Bond. O argentino Daniel Arriola era o único que tinha esperança de tirar dele a vitória. Mas o brasileiro escapou da ameaça e foi recompensado com o ouro.
Encarnou bem o personagem, atirou em agentes, correu atrás deles, ganhou o público e cumpriu a missão. Um patinador ainda esperava para competir, mas o campeão já estava ali. Minutos depois, os juízes confirmaram o ouro, com 533.20 pontos. O argentino Daniel Arriola, com 513.10 levou a prata. O colombiano Leonardo Parrado se garantiu no pódio, com 493.00.
Marcel então pegou um telefone. Não ligou para a família, e sim para uma amiga: Janice Teixeira, nona colocada na fossa olímpica do tiro esportivo.
- Liguei para a Janice porque ela não teve a melhor das apresentações. Quando saí da vila, ela pediu para eu levar a medalha para ela.
Mas quis dedicar a vitória ao afilhado, Vitor, de três meses.
- Ele ainda não entende, mas um dia vai ver isso e ter orgulho do dindo dele.
Marcel então pegou um telefone. Não ligou para a família, e sim para uma amiga: Janice Teixeira, nona colocada na fossa olímpica do tiro esportivo.
- Liguei para a Janice porque ela não teve a melhor das apresentações. Quando saí da vila, ela pediu para eu levar a medalha para ela.
Mas quis dedicar a vitória ao afilhado, Vitor, de três meses.
- Ele ainda não entende, mas um dia vai ver isso e ter orgulho do dindo dele.
Atletismo
Brasileiras vencem o 4x100m e dão
prévia da festa com samba na pista
Rosângela Santos, que já tinha sido ouro nos 100m rasos, fecha a prova
e ainda mostra fôlego para dançar com a companheira Ana Claudia Lemos
As meninas do Brasil brilharam nesta sexta-feira e conquistaram o ouro no revezamento 4x100m feminino. Assim que cruzaram em primeiro, já deram uma prévia de que a festa vai ser boa, com sambinha na pista e fôlego de sobra. Se bem que para Rosângela Santos nunca faltou gás neste Pan-Americano. Campeã dos 100m rasos, foi ela quem se encarregou de garantir o alto do pódio para o Brasil. A equipe largou na frente com Ana Cláudia Lemos, manteve-se na liderança com Vanda Gomes e chegou a cogitar a prata com Franciela Krasucki. Rosângela, no entanto, tratou de garantir o triunfo.
A arrancada de Rosângela nos 100m finais foi tamanha que ainda impôs diferença consideravel sobre o tempo das norte-americanas: 42s85 das brasileiras contra 43s10 da equipe dos Estados Unidos. A Colômbia concluiu a prova em 43s44 e ficou com a medalha de bronze. Ao final da prova, a campeã dos 100m rasos teve dificuldade em desacelerar para posar para as fotos.
- Tem que ter pique para passar. Tava difícil, elas estavam na frente, mas conseguimos graças a Deus. Agora é dormir até amanhã. Se bem que vai ter uma baladinha, hoje eu mereço - disse Rosângela ao justificar a disposição.
A vitória brasileira começou a ser desenhada na ótima largada da musa Ana Cláudia Lemos de Silva. Ouro nos 200m, passou o bastão a Vanda Gomes com boa margem de vantagem sobre as demais equipes. Vanda Gomes soube manter o bom ritmo da companheira, sabendo superar a medalhista de prata dos 100m rasos feminino, a norte-americana Barbara Pierre. Mas demorou na entrega a Franciela Krasucki, que perdeu no confronto pessoal com a norte-americana Yvette Christine Lewis, campeã nos 100m com barreiras em Guadalajara.
Na disputa pela medalha nos 100m finais, melhor para a Rosângela Santos que provou estar um nível acima das demais competidoras neste Pan-Americano. Nova vitória, nova dancinha, desta vez no ritmo de samba com as companheiras de equipe.
Quarteto masculino copia as moças,
voa na pista e leva o ouro no 4x100m
Equipe brasileira deixa os rivais comendo poeira no revezamento em
Guadalajara e iguala o recorde pan-americano, que durava desde 1999
Se as meninas tinham brilhado meia hora antes, os rapazes não quiseram ficar para trás em Guadalajara. A equipe brasileira do revezamento 4x100m não tomou conhecimento dos rivais nesta sexta-feira, botou todo mundo para comer poeira e ganhou com folga mais uma medalha de ouro para o atletismo verde-amarelo. Quando Bruno Lins recebeu o bastão para a última parte da prova, a diferença para o segundo colocado já era gritante e o tetracampeonato pan-americano estava assegurado. Ainda assim, ele apertou o passo e igualou o recorde pan-americano, com o tempo de 38s28. A prata ficou com São Cristóvão e Neves (38s81), e o bronze é dos Estados Unidos (39s17).
Bruno só não conseguiu escapar da marcação cerrada do controle antidoping. Após a suspensão por dois anos, ele voltou agora e, pelo segundo dia seguido em Guadalajara, viu o fiscal o chamando logo após a prova.
- Antidoping de novo? É o segundo, fiz um ontem. E aquela sala está uma bagunça. Mas foi bom, está valendo tudo. Nós fomos bem, fomos ouro e igualamos o recorde. O bronze nos 200m ficou amargo, apesar de ser uma medalha importante. Mas, hoje, nós quatro mostramos que estamos bem. Estou muito feliz – festejou o brasileiro.
Ailson Feitosa abriu a prova para o Brasil e passou o bastão para Sandro Viana. O Brasil começou a disparar e, quando Nilson André começou a correr, o ouro já parecia garantido. Nilson passou o bastão para Bruno, que já tinha uma enorme vantagem para os rivais. O recorde pan-americano tinha sido quebrado em Winnipeg, no Canadá, em 1999, e agora o quarteto brasileiro iguala a marca 12 anos depois.
- A gente está muito bem preparado, muito bem treinado. Foi muito emocionante correr desse jeio: forte e igualando o recorde. Agora, é treinar para continuar dando certo. Quando é ouro a gente nem tem muito o que falar – disse Nilson André.
Quando Bruno cruzou a linha de chegada e se jogou no chão, logo os companheiros vieram para festejar com ele. De forma meio desajeitada, é verdade, com um caindo por cima do outro, mas àquela altura valia a festa. O ouro completou a dobradinha do masculino com o feminino no revezamento.
Meninas do Brasil levam a medalha
de prata no revezamento 4x400m
Equipe formada por Joelma Sousa, Geisa Coutinho, Bárbara Oliveira e
Jailma Lima se esforça bastante, mas fica atrás do quarteto de Cuba
Repetir a medalha de ouro obtida há menos de uma hora no revezamento 4x100m era o objetivo. Mas não foi possível. As meninas da equipe brasileira se esforçaram bastante e levaram a prata no 4x400m do Pan de Guadalajara, com o tempo de 3m39s59. O quarteto feminino de Cuba levou o ouro da prova, com 3m38s09. A Colômbia superou os Estados Unidos e foi bronze (3m29s94).
Joelma Sousa foi a primeira a correr na pista para o Brasil e, largando por fora, abriu a prova na liderança. Depois, passou o bastão para Geisa Coutinho, que entregou para Bárbara Oliveira na segunda posição. Àquela altura, a equipe cubana já liderava. Por isso, a brasileira precisou fazer uma prova de recuperação antes da última passagem de bastão. Jailma Lima viu a cubana Bonne Daysiurami disparar na reta final, mas apertou a passada e garantiu a prata. As colombianas, que aproveitaram erro das americanas na hora da troca de bastão, terminaram na terceira colocação.
- Depois dos 400m, eu tive uma dor bem chatinha na minha panturrilha. Mas nunca pensei em desistir. Entrei decidida a subir mais uma vez no pódio. Ainda brinquei que eu não queria mais o bronze, queria a prata ou o ouro. Graças a Deus, subimos no pódio. A prova estava bem disputada, aberta. Podia dar Brasil, Colômbia e Cuba. Ganharia a prova quem estivesse melhor. Não que nós não estivéssemos bem, mas a prova é assim mesmo - disse Geisa Coutinho.
Marílson dos Santos vence 10.000m
e fatura seu primeiro ouro em Pans
Experiente fundista brasileiro domina a prova com sobras e cruza a linha de chegada na frente. Giovani dos Santos termina em terceiro e leva o bronze
O mesmo equatoriano que estava na cola de Leandro Prates na final dos 1500 metros, na quarta-feira, queria estragar a festa de Marilson Santos na final dos 10.000m dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, nesta quinta-feira. Mais uma vez, porém, Byron Piedra teve de sair da pista com cara de poucos amigos. O experiente fundista brasileiro dominou praticamente toda a prova e conquistou, com sobras, o seu primeiro título pan-americano, com o tempo de 29m00s64. Outro brasileiro em ação, Giovani dos Santos mostrou fôlego no fim da prova e garantiu a medalha de bronze, com 29m41s00. A prata ficou o atleta mexicano Juan Carlos Romero, com 29m51s71.
- Foi uma prova dura porque estava muito quente, muito calor. Estou feliz com a minha tática hoje. Acabei sofrendo um pouquinho com a altitude e o sol quente, mas o mais importante é que eu saií com a medalha de ouro. Acho que, mais do que ninguém, merecia essa medalha nessa prova. Já tinha sido duas vezes vice e, agora, chegou a minha vez - declarou o maratonista.
Marílson ditou o ritmo da prova desde o início, sempre entre os primeiros colocados. O equatoriano, porém, fez marcação cerrada atrás do brasileiro até a metade do percurso. Dali em diante, nem ele e nem ninguém foi capaz de aguentar o ritmo do maratonista. A disputa ficou pela medalha de prata. Embalado pela torcida, o mexicano Juan Romero ultrapassou Piedra, que desistiu da prova quando faltavam dois mil metros. Na última volta, mais uma surpresa. O brasileiro Giovani dos Santos, que andou boa parte da prova na quinta posição, apertou a passada e garantiu o terceiro lugar.
- Fiz uma estratégia arriscada. O equatoriano possui o melhor tempo do ano (27m32s). E ele é muito rápido, foi segundo na prova de 1500m, que é rapída. A tática era tentar matá-lo logo no início para decidir a prova. Se eu deixasse para o final, provavelmente ele venceria - disse Marílson.
O brasiliense de 34 anos soma dezenas de títulos, principalmente em maratonas. Foi bicampeão da Maratona de Nova York e tricampeão da São Silvestre. Faltava, porém, o ouro pan-americano. Depois da prata nos 10.000m em Santo Domingo-2003 e no Rio-2007, enfim, veio o sonhado título, em Guadalajara.
BRILHOU: Brasil enche a sacola de
ouros em quarta-feira gloriosa no Pan
Com quatro triunfos, atletismo e judô fazem bonito nos Jogos de Guadalajara
Foi um aumento considerável na coleção. O Brasil encheu sua sacola de ouros nesta quarta-feira em Guadalajara, com quatro triunfos nas pistas e no tatame. No atletismo, Maurren Maggi venceu no salto em distância, Lucimara Silvestre ganhou o heptatlo, e Leandro Prates faturou os 1.500m. Para fechar o dia, Luciano Corrêa se vingou do rival cubano e também arrancou um ouro no judô.
Maurren voa, conquista tricampeonato
pan-americano e diz: 'Vou até Toronto'
Brasileira deixa para trás decepção do Mundial de Daegu e conquista
seu terceiro título na competição no salto em distância de Guadalajara
O resultado ruim no Mundial de Daegu, quando terminou apenas em 11° lugar, ficou para trás. Os três dedos mostrados para o técnico Nélio Moura apontavam o que tinha acabado de alcançar. As lágrimas agora eram de alegria e não de decepção. Com os 6,94m alcançados na final do salto em distância dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, Maurren Maggi não deu chances às rivais. Nesta quarta-feira, a campeã olímpica voou e garantiu o tricampeonato, com direito a sua melhor marca nesta temporada.
- Foi ótimo, perfeito. Para mim, 6,80m já estava muito bom. Acertar os 6,94m para terminar o ano com a minha melhor marca foi perfeito. Eu mostro que estou bem, que ainda tem muita coisa para acontecer ainda. Estou inteira - garantiu a campeã.
Desta vez, a dobradinha comemorada há quatro anos não foi possível. Keila Costa não ficou na quinta colocação (6,37m) e viu a americana Shameka Marshall (6,73m) e a colombiana Chatherine Ibarguen (6,63m) completarem o pódio.
A distância para o terceiro título começou a ficar mais curta já no segundo salto. Maurren atingiu 6,80m e o sorriso deixava claro que ela podia mais. Partiu para a terceira tentativa, atingiu 6,94m e colocou de vez as mãos na medalha que tanto queria. A partir dali a disputa não era mais com as adversárias e sim com ela mesma. Já tinha sua melhor marca em 2011, só que queria chegar aos 7,00m. Não deu. Mas a brasileira saiu da pista com a certeza do dever cumprido.
- Eu estava muito bem preparada. É um salto que me escapou no Mundial. Consegui completar a minha etapa no ano maravilhosamente bem. Trouxe até as outras duas medalhas para me dar sorte - contou Maurren, mostrando as medalhas conquistadas nas edições de 1999 e 2007 que estavam no bolso.
Maurren já estava satisfeita. Confirmava ali estar no caminho certo depois de uma temporada marcada por lesões. A relação afetiva com a competição estava intacta. No primeiro ouro, em Winnipeg-99, seu o rosto ficou conhecido e as portas se abriram. No segundo, na edição do Rio-2007, marcou a retomada da carreira após uma suspensão por doping. O terceiro, nesta quarta-feira em Guadalajara, serviu para retomar a confiança depois de um Mundial tão amargo. Os olhos agora se voltam para as Olimpíadas de Londres-2012.
- Para mim, o Pan era mais importante que o Mundial. Não sei quantas mulheres já foramn tricampeãs pan-americanas. Eu tenho muito orgulho de ser tricampeã. E eu vou até Toronto (próxima edição dos Jogos). Vou até o Rio também (Olimpíadas de 2016) - avisou..
Candidata a passista, Rosângela levou
uma hora se arrumando para o ouro
Com unhas coloridas e maquiagem, velocista brasileira chama a atenção
na final dos 100 metros rasos nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara
Rosângela dos Santos poderia ter terminado em último lugar na final dos 100m rasos dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara que, ainda assim, iria atrair os holofotes. A vaidosa velocista não vai para a pista sem pintar as unhas, se maquiar e arrumar o cabelo. Nesta terça-feira, ainda adicionou um acessório para completar o visual fashion: a inédita medalha de ouro.
- Sou vaidosa demais. Para eu sair da Vila, demorei uma hora me arrumando. É cabelo, é unha, é maquiagem. Para sair na foto, tem que estar tudo perfeito. Ainda mais com o ouro - brincou a simpática velocista.
Ela nem nasceu no Brasil, muito menos no Rio de Janeiro. Mas ai de quem ouse dizer que essa bela negra de sotaque carioquês carregado não é brasileira. A velocista de 20 anos, que ficou só até completar um ano nos Estados Unidos, vem de uma família de sambistas e ainda guarda o sonho de desfilar como passista no Carnaval.
- Meu avô é um dos fundadores da Mocidade, então eu cresci na Comunidade Independente de Padre Miguel. Eu já desfilei muitos anos, mas por conta dos treinamentos, tem Carnaval que não posso desfilar. Meu sonho é sair de passista, mas minha tia não deixa por causa do tipo de roupa – contou.
A paixão pela música é dividida entre o samba e o hip-hop. Rosângela, inclusive, costuma ouvir Beyoncé e Jay-Z no aquecimento de suas provas. Foi nesse ritmo que a brasileira faturou o ouro em Guadalajara.
- Nas horas vagas, só tem um lugar que eu vou, que toca charme e hip-hop. É o ritmo que me acalma, é o ritmo que me deixa tranquila antes da prova. E é onde vou, onde gosto de me descontrair quando tenho tempo livre - disse Rosângela, que chegou a dançar até o chão para comemorar o ouro nos 100m rasos.
Com 1,65m de altura, olhos cor de mel, sorriso largo e um corpo de colocar inveja em qualquer mulher, a velocista atraiu muitos olhares no México. Tantos, que até ficou animada com a sugestão de tentar seguir também a carreira de modelo.
- Nunca pensei nisso, me deram uma ideia agora de ser modelo. Vou começar a fazer um bico, quando não tiver competição - afirmou a campeã pan-americana.
No ano da volta por cima, Lucimara
Silvestre conquista o ouro no heptatlo
Após cumprir suspensão de dois anos por doping, atleta é campeã no México e pretende festejar com o ‘namoradinho’ campeão olímpico Félix Sánchex
Os dois anos que fizeram Lucimara Silvestre acompanhar o atletismo apenas como uma espectadora parecem ter aumentado o seu apetite. Na temporada que marcou seu retorno após dois anos cumprindo suspensão por doping, a brasileira não se deu por satisfeita ao ganhar o heptatlo no Troféu Brasil. Nesta quarta-feira, ela repetiu a dose com o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. E ainda vai se dar ao luxo de comemorar com o “namoradinho” campeão olímpico Félix Sánchez, que compete nos 400m com barreiras.
- Eu estou muito feliz por tudo. Foi, sem dúvida, uma superação para mim. Eu competi todas as provas com dores na parte posterior da coxa direita. Agora, pretendo tratar essa pequena lesão para tentar fazer o indície olímpico no Estadual paulista - declarou Lucimara.
Nesta quarta, ela partiu para os 800m, última prova do conjunto de sete, sem olhar para trás. Buscava o recorde da competição, que não era quebrado desde Winnipeg, em 1999 (6.290 pontos, de Garcia Magallys). Cruzou a linha de chegada em quarto, mas garantiu pela primeira vez na carreira o lugar mais alto do pódio em uma edição de Pan, com 6.133 pontos.
A boa fase não se restringe ao resultado esportivo. "Namoradinha" de Felix Sánchez, ela diz que vai aguardar a participação do dominicano em Guadalajara, na sexta-feira, para comemorar ao lado dele.
- Vou conversar com ele hoje. Ontem, nos falamos por e-mail e ele disse que o ouro já era meu. A comemoração é só no dia 28 (data da final dos 400m com barreiras). Vai ser a dois. É só isso que eu posso falar agora - encerrou a brasileira.
Lucimara figurou na primeira colocação do heptatlo desde a terça-feira, quando foram realizadas quatro provas. Venceu os 100m (13s50) e o salto em altura (1,80m), ficou em segundo lugar nos 200m (24s76) e em terceiro no arremesso de peso (12,93m). Nesta quarta, a boa campanha da brasileira continuou. Ela liderou a prova de salto em distância (6,36m) e terminou em terceiro no lançamento de dardo (42,03m). Na última prova, os 800m rasos, Lucimara não brilhou. Garantiu apenas com quarta posição (2m21s39), mas o suficiente para garantir o ouro, com 6.133 pontos.
Do ‘190’ ao ouro: campeão dos 1500m
se divide entre a polícia e o atletismo
Leandro Prates é soldado do Quartel de Educação Física da Polícia Militar
Os treinos diários à tarde ajudavam o policial militar Leandro Prates a encarar mais relaxado a pesada rotina de quem trabalha na Central de Atendimento 190 na madrugada. Mas, há quatro anos, o baiano conseguiu uma maneira de aproximar suas duas paixões tornando-se soldado do Quartel de Educação Física da Polícia Militar, em São Paulo. A recompensa de tanto esforço tentando se dividir entre a profissão e o esporte veio com o ouro na final dos 1500 metros dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, nesta quarta-feira.
- Eu trabalhei um ano no 190. A gente trabalhava atendendo a população e encaminhando as ocorrências para as viaturas. Trabalhava à noite e treinava à tarde. Sempre arrumava um tempinho para treinar. Nunca parei - contou Prates, que começou no esporte tarde, aos 20 anos.
O atleta baiano, que mora em São Paulo, consegue enxergar uma ligação entre as duas atividades aparentemente tão diferentes. Só lamenta, porém, o fato de poucos militares conseguiram hoje em dia seguir com a carreira de atleta paralelamente.
- Eu creio que todo policial militar precisa ter um condicionamento físico bom, para servir a população, para em uma ocorrência ajudar o companheiro. Tem uma ligação muito grande. Nós tivemos no passado muitos atletas que eram policiais. Hoje, isso mudou um pouco porque se profissionalizou muito. Fico feliz por conseguir conciliar.
O ouro na final dos 1500 metros em Guadalajara, na última quarta-feira, foi o incentivo que o soldado Prates precisava para seguir se dividindo entre a polícia e o atletismo. Agora, pretende buscar com ainda mais vontade o índice para os Jogos Olímpicos de Londres-2012. Enquanto isso, estará positivo e operante no quartel, em São Paulo.
- Para vir para cá, eu consegui um afastamento. Só tenho a agradecer a eles. Enquanto estava aqui treinando, eles estavam cobrindo os meus dias de serviço. Segunda-feira estou no quartel de volta. Vou dar um abraço no pessoal, e a vida continua.
Geisa Coutinho supera passado de
lesões e garante o bronze nos 400m
Brasileira, que foi empacotadora de supermercado na adolescência e ficou
fora do Pan do Rio em 2007, confirma boa fase e assegura lugar no pódio
A perseverança da ex-empacotadora de supermercado Geisa Coutinho foi premiada nesta quarta-feira. Depois de ficar fora do Pan do Rio de Janeiro, em 2007, por problemas de lesões, a brasileira de 31 anos sabia que esse era o momento certo para recuperar o tempo perdido e repetir o bronze de Santo Domingo-2003. E ela não decepcionou. Na final dos 400m rasos do Pan de Guadalajara, a atleta terminou na terceira colocação, em 51s87, e garantiu o seu lugar no pódio.
- Fui no meu limite. Eu estava com uma pequena dor me incomodando já faz um tempo. Mas isso não era motivo para eu fracassar. Eu fui vitoriosa e lutei até o fim. Esperava por uma medalha e ela veio independentemente se fosse de primeiro, segundo ou terceiro. O que eu queria mesmo era o meu lugarzinho lá no pódio. Estou muito feliz por isso. Vou receber essa medalha como uma vitória muito grande, como se eu fosse a campeã da prova - afirmou Geisa, sem esconder o cansaço.
O ouro foi para a colombiana Yenifer Padilla (51s53), enquanto a cubana Daysiurami Bonne ficou com a prata (51s69). Outra brasileira, Joelma Sousa conseguiu apenas a sexta posição (52s34).
Musa, Ana Cláudia, se recupera e
conquista a medalha de ouro nos 200m rasos
Depois de amargar o quarto lugar nos 100m rasos, Ana Cláudia
Lemos não desperdiça nova chance e comemora título com sambadinha
Nos 100m rasos ela bateu na trave. Amargou a quarta colocação na prova vencida por Rosângela Santos. Nesta quinta-feira, Ana Cláudia Lemos ganhou nova chance e não a desperdiçou. Respirou fundo, se benzeu e correu para a medalha de ouro nos 200m rasos no Pan de Guadalajara. Nesta quinta-feira, não quis saber se a jamaicana Simone Facey estava um pouquinho à sua frente. Queria sim que a prova e a apreensão acabassem logo. A musa tratou de acelerar ainda mais o passo, mostrou raça e comemorou com sambadinha: 22s76 contra 22s86. A dominicana Mariely Sanchez (23s02) completou o pódio.
- Antes da prova começar, antes de entrar no bloco, eu queria acabar logo. Ou eu seria campeã pan-americana ou eu iria embora triste. Graças a Deus, consegui ser campeã e sair feliz. É o começo de uma carreira - disse.
Aos 22 anos, ela quebrou nesta temporada o recorde sul-americano da prova no Troféu Brasil, que durava 12 anos. É dona também do dos 100m. Musa das pistas, Ana Cláudia não teme a pressão imposta pelo rótulo de nova ‘’Rainha da Velocidade’’ do país.
- Foi uma prova muito forte. Quando eu saí da curva e entrei na reta, escutei um apito. Eu achei que era para parar. Mas eu vi que a jamaicana não parou e eu continue. Acabei tendo uma leve desaceleração, mas consegui recuperar. Estou muito satisfeita com essa prova. A sensação é de dever cumprido. Agora tem mais uma etapa, que é o 4x100m. Espero levar mais uma medalha de ouro para Brasil.
Ouro, Felipe Kitadai foi ‘cobaia’ de
projeto para categoria sem renovação
Último grande resultado da ligeiro tinha sido em 1997, com bronze mundial
O paulista Felipe Kitadai não chegou aos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara como favorito. Sua categoria, a ligeiro (60kg), não abocanhava uma medalha de ouro na competição desde 1987, com Sérgio Pessoa. Desacreditada, sem renovação, virou dor de cabeça no Brasil. O judoca foi, então, um dos escolhidos para um projeto especial da Confederação Brasileira de Judô (CBJ). De “cobaia” a campeão no México foram quase dois anos.
Comandado pelo técnico da seleção e ex-ligeiro Luiz Shinohara, o projeto deu aos atletas treinamento específico. A meta era clara: voltar a obter resultados expressivos. Queria atualizar a lista dos grandes campeões da categoria. A última grande campanha internacional da ligeiro datava de 1997, quando Fúlvio Miyata conquistou bronze no Mundial.
Aposentado desde 2005, Miyata chegou a dividir espaço com João Derly, judoca que, em 2003, iria representar o país no Pan de Santo Domingo. O gaúcho, porém, tinha dificuldade para manter o peso (60kg). Passou mal na pesagem, não competiu e, logo depois, pulou para a categoria na meio-leve (66kg). Dois anos depois, tornou-se campeão mundial. Repetiu a façanha em 2007 e, em 2009, passou para a meio-médio (73kg).
No Pan do Rio de Janeiro, Alexandre Lee representou o Brasil e levou o bronze. Kitadai, naquela época, tinha apenas 18 anos. Foi somente no ano passado que o paulista conseguiu o que até então era seu maior feito: na Copa do Mundo de Roma, levou ouro ao derrotar o japonês Tadahiro Nomura, tricampeão olímpico. Agora, acrescentou o título das Américas.
- É a conquista de um continente. Agora tenho que buscar outros territórios. O caminho é muito duro. Vou me esfolar muito mais para conseguir uma coisa maior para a gente. Se Deus quiser vou estar em 2012 e conseguir uma medalha – disse Kitadai, depois do ouro e do incidente nas semifinais, em que forçou um golpe e sujou a calça do quimono.
Sarah Menezes: ‘Fiquei apavorada’
Maior esperança do judô feminino, piauiense leva apenas o bronze
Nem a vitória na disputa do bronze conseguiu melhorar o ânimo de Sarah Menezes. Ela era a maior esperança do judô feminino no último dia dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. A piauiense de 21 anos, bicampeã mundial júnior e bronze no Mundial Sênior, porém, perdeu nas semifinais a chance de conquistar um ouro para o Brasil.
- Eu estava muito nervosa. Fiquei apavorada em todas as lutas e acabei não tendo sucesso na competição – disse Sarah.
E a piauiense revelou estar se recuperando de uma lesão: no Mundial de Paris, teve uma ruptura ligamentar de um dos dedos da mão esquerda.
- Acho que foi pela maneira como voltei do Mundial. Tive uma lesão e não estava treinando forte.
Rosicléia Campos, treinadora da equipe feminina, deu um puxão de orelhas. Não admitia que ela entrasse com medo da cubana Dayaris Mestre. E comemorou muito quando a argentina Paula Pareto venceu na final. Sarah nunca tinha perdido para Dayaris. O bronze veio depois de um ippon contra a colombiana Luz Alvarez.
Rosicléia Campos, treinadora da equipe feminina, deu um puxão de orelhas. Não admitia que ela entrasse com medo da cubana Dayaris Mestre. E comemorou muito quando a argentina Paula Pareto venceu na final. Sarah nunca tinha perdido para Dayaris. O bronze veio depois de um ippon contra a colombiana Luz Alvarez.
- Espero que a derrota tenha sido na hora certa, né? – disse Rosicléia a Sarah.
Tiago Camilo se vinga de cubano e é
bicampeão pan-americano no México
Após derrota em junho, no Rio de Janeiro, brasileiro vence Asley Gonzales Montero na categoria até 90kg e conquista o ouro em Guadalajara
Quando subiu ao tatame, Tiago Camilo carregava nas costas e na cabeça a ansiedade por saber que ainda faltava algo. Após mudar para a categoria até 90 kg, o judoca se viu em um jejum de conquistas importantes. A mudança de rumo veio nesta quinta-feira. E da melhor forma possível. Diante do cubano Asley Gonzales Montero, algoz na semifinal do Grand Slam do Rio de Janeiro, Tiago conseguiu sua vingança e o título que faltava. O grito após a vitória foi o desabafo.
- Eu tinha perdido para ele no Rio de Janeiro. Estava faltando uma conquista desse nível desde que eu mudei de categoria. Isso me coloca novamente dentro da briga pelos Jogos Olímpicos de Londres - afirmou o judoca, embora a competição não conte pontos para o ranking.
Para Tiago, a conquista do bicampeonato dá ainda mais confiança para as próximas competições.
- É uma vitória importante, vai me dar ainda mais confiança. Acima de tudo, gosto de vencer sempre. Conquistar o bi dá uma alegria muito grande. Afinal, são Jogos Pan-Americanos. Ajuda a vivenciar o espírito olímpico também.
Durante o período sem grandes conquistas, Tiago precisou lidar com críticas. Para o judoca, a vitória deve ser dedicada até mesmo em quem não confiou em seu potencial.
- Isso é um prêmio por tudo o que eu passei. Tenho que dedicar a todos que torceram por mim e aos que não torceram também. Tive alguns tropeços em campeonatos importantes, mas a vida é assim mesmo. Eu precisava vencer aqui. Estou trabalhando muito por isso.
A luta começou equilibrada. Tiago tentava o ataque e o cubano se defendia bem. Só que em um descuido do adversário, o brasileiro conseguiu encaixar um belo golpe e aplicou o ippon. Festa ainda no tatame e gostinho de vingança sobre o rival.
Campanha em Guadalajara
A luta começou equilibrada. Tiago tentava o ataque e o cubano se defendia bem. Só que em um descuido do adversário, o brasileiro conseguiu encaixar um belo golpe e aplicou o ippon. Festa ainda no tatame e gostinho de vingança sobre o rival.
Campanha em Guadalajara
Tiago Camilo talvez tenha tido a estreia mais complicada. Contra o canadense Alexander Emond, teve trabalho no início e viu o adversário ir para cima. Duas punições contra o rival, no entanto, colocaram o brasileiro em vantagem. Na sequência, encaixou um ippon e também venceu na estreia.
Na semifinal, Tiago também precisou vencer toda a torcida contra. Com o grito de guerra mexicano “Sí, se puede” exposto no telão, o medalhista olímpico mostrou força. Depois de um ippon contra Isao Cardenas, venceu mais uma e garantiu a ida para a final.
27/10/2011 21h07
Guilheiro resolve 'questão pessoal' e
leva o ouro no Pan: 'Limpei a alma'
Em dois minutos de luta, brasileiro aplica seu quarto ippon em Guadalajara,
derrota o porto-riquenho Gadiel Miranda e fatura a medalha dourada
As manchas de sangue do rival no quimono vão ficar de lembrança. O ouro, no entanto, veio sem feridas ou incidentes pelo caminho. Prata no Pan do Rio de Janeiro, em 2007, Leandro Guilheiro trouxe para o México a vontade de consertar os erros da derrota em casa. E conseguiu de maneira impecável. Em final contra o porto-riquenho Gadiel Miranda, venceu mais uma vez por ippon, o quarto em quatro lutas, e conquistou em dois minutos a medalha tão esperada nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara.
- Essa medalha já estava engasgada há quatro anos. Mesmo não valendo pontos para o ranking, o Pan era, hoje, a competição mais importante para mim. Esse ouro era uma questão pessoal. Limpei a alma aqui – afirmou o lutador após a vitória.
O judoca de 28 anos não deu chances ao adversário em nenhum momento. Após aplicar um yuko, Guilheiro, por excesso de vontade, foi punido por uma pegada irregular no quimono do rival. Na sequência, mostrou a superioridade ao aplicar um golpe perfeito, erguer os braços e comemorar a vitória.
A campanha de Guilheiro foi impecável. Na estreia, contra o chileno Luis Antonio Retamales, o rival tentou endurecer a defesa, mas o número 2 do ranking mundial conseguiu encaixar um wazari com poucos minutos de luta. Depois, finalizou com um ippon e avançou.
A campanha de Guilheiro foi impecável. Na estreia, contra o chileno Luis Antonio Retamales, o rival tentou endurecer a defesa, mas o número 2 do ranking mundial conseguiu encaixar um wazari com poucos minutos de luta. Depois, finalizou com um ippon e avançou.
Contra o peruano German Velazco, Guilheiro apenas esperou. Com quatro punições shido sobre o rival, venceu por ippon e conseguiu a segunda vitória em Guadalajara. Contra o canadense Antoine Valois, mais uma vitória por ippon e a ida à final.
No golden score, Luciano Corrêa se
vinga de cubano e é ouro no judô
Algoz no Rio de Janeiro, Oreydi Despaigne é punido na prorrogação,
e brasileiro sobe ao lugar mais alto do pódio em Guadalajara
Tudo que Luciano Corrêa queria era “ir lá e meter a porrada”. Engasgado com a derrota para Oreydi Despaigne na semifinal do Pan do Rio de Janeiro, o judoca esperava dar o troco em Guadalajara. Tudo seguiu conforme o roteiro e os dois se reencontraram, desta vez na final. E o brasileiro levou a melhor. No golden score, Luciano venceu o rival em luta complicada e conquistou o ouro no meio-pesado (até 100kg) dos Jogos Pan-Americanos.
- Só de levar o título já estou muito feliz. Ter sido em cima do cubano foi muito melhor. Foi um título muito difícil, as duas primeiras lutas foram muito complicadas. Comecei perdendo para o americano, mas melhorei durante o dia - comemorou Luciano.
A derrota em casa em 2007 estava engasgada não à toa. Chateado com o próprio erro, o judoca teve mais uma chance de buscar o ouro nesta quarta. E não decepcionou...
Na final, o combate começou equilibrado, com os dois judocas se respeitando muito. Até demais. Tanto que a juíza chegou a advertir os dois. Faltando 51s, o cubano fugiu de um golpe e recebeu a punição dando um yuko para Luciano. Mas, 20s depois, a árbitra marcou uma entrada falsa do brasileiro, empatando o confronto. A decisão foi para a prorrogação.
Luciano Corrêa seguiu indo para cima do cubano, e, quando Despaigne fugiu de mais um golpe, a árbitra mexicana Verônica Jiménez chamou os outros juízes para conversar. Decidiu punir mais uma vez o judoca de Cuba. Com a vitória garantida, o brasileiro deu um grito ainda no tatame. O nó na garganta não estava mais lá.
O caminho até o ouro
No caminho até a final, Luciano teve pela frente o portorriquenho Carlos Santiago. O brasileiro contou com quatro punições ao seu adversário e avançou por ippon. Nas quartas de final, o judoca teve pela frente o americano Kyle Vashkulat. Mais uma vez, as advertências predominaram. Foram três para cada lado, mas, no fim, o brasileiro encaixou um bonito contra-ataque, aproveitou o desequilíbrio do adversário e finalizou o combate.
Já nas semifinais, o rival foi o mexicano Sérgio Garcia. Após ficar em desvantagem até a metade da luta (um yuko contra), Corrêa acertou dois golpes, que lhe renderam o wazari e o ippon e a ida à final. Depois, foi tirar do papel a vingança sobre Oreydi e comemorar o título.
Em apenas 17s, Bruno Mendonça bate
hermano' e leva o ouro no judô
Brasileiro não deixa adversário pensar na final, conquista a quinta medalha dourada e ajuda equipe masculina seguir com 100% de aproveitamento
No fim de 2009, Bruno Mendonça mostrou a cara, quando desbancou no bicampeão mundial João Derly a final da seletiva para a formação da seleção brasileira. Chegou a Guadalajara com status de atual campeão pan-americano da modalidade e fez valer a condição. Nesta sexta-feira, o judoca fez valer a sua condição. Precisou apenas de 17 segundos para aplicar o ippon, despachar o argentino Alejandro Clara e comemorar o título da categoria leve (-73kg). A medalha de Bruno foi a quinta dourada do país no Pan e mantém a seleção masculina com 100% de aproveitamento.
No caminho até o alto do pódio, Bruno teve trabalho para derrotar o chileno Fernando Salazar por yuko. Se impôs na luta contra Nicholas Tritton, e venceu o canadense com um ippon. E não deu nem tempo para o "hermano" pensar na final.
- Dei pouco de sorte e consegui encaixar o golpe logo no início. Na primeira luta eu estava um pouco frio e fui esquentando ao logo do torneio. É uma medalha muito importante, numa competição muito importante. Esse título vai me ajudar a seguir meu caminho em direção ao objetivo maior em Londres - disse Bruno.
Provocação aos mexicanos
Em uma das disputas do bronze na categoria leve, o canadense Nicholas Tritton causou polêmica com a torcida local. Depois de vencer o mexicano Lee Mata por imobilização, fez o sinal de silêncio para a plateia. Logo recebeu os gritos de "ulero", que, numa tradução amena, significa grosseiro, mal-educado. Ao fim da luta, ironizou:
- A torcida estava pedindo punição o tempo todo e não gosto quando o público quer influenciar a arbitragem. Por isso pedi silêncio. Além disso, eu gosto de lutar com uma torcida assim. É melhor ainda - disse.
'Baixinha' Portela derrota 'gigante'
americana e é bronze no judô
Brasileira supera a desvantagem na estatura, domina o combate contra
Kathleen Helen Sell e conquista a medalha na categoria até 70kg
Maria Portela conquistou a primeira medalha do Brasil no segundo dia de competições do judô em Guadalajara. Na final da repescagem, a gaúcha de apenas 1,58m derrotou a gigante americana Kathleen Helen Sell, dos Estados Unidos, por ippon e faturou o bronze na categoria até 70kg.
Apesar da desvantagem na estatura, a brasileira dominou as ações da luta desde o início. Buscou os golpes a todo momento e saiu em vantagem com um yuko, após duas punições de falta de combatividade para a adversária. E faltando pouco mais de um minuto para o fim do combate, ela encaixou um belo golpe que lhe rendeu a vitória.
- Estou acostumada a lutar com atletas maiores do que eu, até porque sou a menor do circuito. Fico feliz com o bronze. Trabalhei muito para o ouro, mas acabei errando na semi. Não foi o planejado, mas estou muito feliz.
Portela iniciou a campanha nos Jogos Pan-Americanos com uma vitória sobre a equatoriana Vanessa Chala, em luta que durou apenas dez segundos. Na sequência, foi derrotada pela colombiana Yuri Avelar e acabou indo para a repescagem, onde disputou o bronze.
Apesar da desvantagem na estatura, a brasileira dominou as ações da luta desde o início. Buscou os golpes a todo momento e saiu em vantagem com um yuko, após duas punições de falta de combatividade para a adversária. E faltando pouco mais de um minuto para o fim do combate, ela encaixou um belo golpe que lhe rendeu a vitória.
- Estou acostumada a lutar com atletas maiores do que eu, até porque sou a menor do circuito. Fico feliz com o bronze. Trabalhei muito para o ouro, mas acabei errando na semi. Não foi o planejado, mas estou muito feliz.
Portela iniciou a campanha nos Jogos Pan-Americanos com uma vitória sobre a equatoriana Vanessa Chala, em luta que durou apenas dez segundos. Na sequência, foi derrotada pela colombiana Yuri Avelar e acabou indo para a repescagem, onde disputou o bronze.
Mayra Aguiar resolve luta em apenas 28
segundos e é bronze no judô
Aos 20 anos, gaúcha conquista sua segunda medalha em Pan-Americanos ao derrotar a argentina Lorena Briceño, na categoria até 78kg, por ippon
Mayra Aguiar não estava para brincadeira na repescagem. Após derrotar a mexicana Lenia Fabiola Ruvalcaba em apenas cinco segundos, a brasileira precisou de 28 para vencer a argentina Lorena Andrea Briceño e conquistar a medalha de bronze na categoria até 78kg.
Em Guadalajara, a gaúcha não contou com a sorte no sorteio das chaves e teve pela frente, logo em sua segunda luta, a americana Kayla Jean Harrison, principal candidata ao ouro, e acabou derrotada. Mesmo assim, se mostrou satisfeita com o resultado obtido.
- Eu nunca tinha competido com a argentina antes, mas treinamos bastante essa semana. Estudei a pegada dela e a consegui jogar. Então esse bronze foi bom.
Aos 20 anos, ela garante sua segunda medalha em Jogos Pan-Americanos. Em 2007, foi prata no Rio de Janeiro.
Em Guadalajara, a gaúcha não contou com a sorte no sorteio das chaves e teve pela frente, logo em sua segunda luta, a americana Kayla Jean Harrison, principal candidata ao ouro, e acabou derrotada. Mesmo assim, se mostrou satisfeita com o resultado obtido.
- Eu nunca tinha competido com a argentina antes, mas treinamos bastante essa semana. Estudei a pegada dela e a consegui jogar. Então esse bronze foi bom.
Aos 20 anos, ela garante sua segunda medalha em Jogos Pan-Americanos. Em 2007, foi prata no Rio de Janeiro.
Em 36s, Maria Suellen Altheman leva
bronze no peso pesado do judô
Brasileira consegue ippon contra americana na disputa pelo terceiro lugar
Depois de ser derrotada nas semifinais, Maria Suellen Altheman precisou de apenas 36 segundos para se recuperar. Foi esse o tempo que a brasileira demorou para dar um ippon na americana Molly Elizabeth O’Rourke e conquistar a medalha de bronze no peso pesado feminino (+ 78kg).
- Eu havia ficado muito triste com minha derrota na semifinal. Mas sabia que tinha de me recuperar para buscar uma medalha. A luta foi tranquila porque entrei muito concentrada. Isso fez a diferença.
'Atrasada' para as férias, Fabiana dá um
jeito de antecipar premiação no Pan
Saltadora brasileira pede para trocar o horário da entrega de medalhas para dar tempo de buscar sua prata antes de embarcar de volta para o Brasil
A medalha não foi da cor que Fabiana Murer esperava. Ainda assim, a campeã mundial fez questão de receber a prata conquistada no salto com vara dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. A brasileira teve até de pedir para mudar a programação do pódio nesta terça-feira para poder embarcar para as férias com a premiação na mala.
- Daqui vou direto para o aeroporto. Até pedi para trocarem o horário da premiação para conseguir pegar a medalha. Estava marcado para 17h, mas passaram para 13h30m, depois atrasaram para às 16h. Falei com o delegado técnico, e a cubana concordou. Ela estava até comendo, teve que correr. Infelizmente, a americana já tinha ido, mas consegui pegar a medalha.
Fabiana não escondeu a frustração de ter deixado a medalha de ouro escapar na noite da última segunda-feira. Yarisley Silva surpreendeu a brasileira, com a marca de 4,75m.
- É claro que fiquei chateada. Vim aqui para buscar a medalha de ouro. Mas, ao mesmo tempo, foi uma boa marca (4,70m). Fiz o máximo que podia mesmo. Fui gastando um pouco de energia no começo da competição e cheguei cansada no final da competição. Acabei não conseguindo. Mas saio contente – afirmou.
Depois da última competição do ano, a campeã mundial só quer saber de aproveitar suas merecidas férias. No fim da tarde desta terça-feira (17h30 do horário de Guadalajara), ela já embarca de volta para o Brasil.
- Eu vou visitar a minha família em Campinas, vou ficar uns dias por lá. Não sei exatemente o que vou fazer depois.
A cubana que superou a campeã mundial da prova saiu do pódio sem conseguir conter as lágrimas. Além da felicidade por ter superado Fabiana e garantido o ouro, Yarisley Silva ainda atingiu sua melhor marca e também de seu país.
- Estou muito contente. Me sinto muito orgulhosa, porque a Fabiana Murer além de ser uma grande pessoa, é uma brilhante atleta - disse a cubana, emocionada.
Joílson: descalço em Fortaleza,
mas com bronze em Guadalajara
Joílson da Silva, que corria descalço no inicio da carreira, conquistou
o bronze no México e diz que sempre acreditou no seu potencial
Mesmo não sendo dos mais favoritos no atletismo nos Jogos Pan-Americanos 2011, em Guadalajara, o fundista Joílson da Silva, 24 anos, conquistou a medalha de bronze nos 5.000 metros, na última segunda-feira. Porém, a história do atleta não começa com o bronze no currículo. Nascido em Fortaleza, Joílson teve um começo difícil no atletismo. Praticava o esporte descalço.
- Quando eu corria descalço, era porque eu não tinha condições mesmo de ter um par de tênis, mas eu nunca pensei em desistir. Treinava todos os dias na Beira- Mar descalço - declara.
Com inspiração para correr vinda do irmão, o atleta começou a treinar com 15 anos pelas ruas do bairro onde morava. A situação foi melhorar somente quando Joílson entrou para o Projeto Atleta, do Governo do Estado do Ceará.
- No começo, foi difícil para mim. Não tinha apoio na corrida. Depois que comecei a treinar no Projeto Atleta, consegui mais apoio, foi daí que eu comecei a correr em pista. Foi quando minha treinadora disse que eu tinha que usar tênis - conta Joílson da Silva
Com o apoio vindo da família para seguir com seu sonho, o corredor cearense disse que não gostava de comentar as dificuldades que passava para praticar atletismo para os familiares.
- Minha família sempre me apoiou e sempre me ajudou, mas eu não falava sobre os problemas que passava fora para eles - frisa.
A guinada na carreira veio somente quando venceu os 3.000m dos Jogos da Juventude, em Brasília, e passou a integrar a equipe de Londrina. Após três anos no Pará, o atleta se transferiu para o Clube de Atletismo BM&FBOVESPA e mora em São Paulo há quatro anos.
Mas, mesmo antes de conquistar a medalhe de bronze no Pan 2011, por apenas dois centésimos de diferença para o quarto colocado, Joílson acreditava no seu potencial.
- Na verdade, desde que eu comecei a correr, eu sempre acreditei no meu potencial. E aonde ele poderia me levar. Mas só de estar aqui no Pan fico muito feliz. Eu estava em sexto no ranking das Américas e só queria dar o meu melhor, e consegui um bronze fiquei muito feliz - declara.
Primeiro Pan-Americano
Logo no Pan-Americano de estreia, Joílson inaugura com um bronze para o Brasil. Segundo o atleta, a preparação começou logo em setembro quando foi para o México para se adaptar.
- Treinei no centro de treinamento La Loma, a 1.950 metros de altitude. Fiz bons treinos lá, para depois correr em Guadalajara, que é a 1.600 metros de altitude - conta.
Joílson da Silva já havia tentado participar do Pan em 2007, no Rio de Janeiro, mas ficou em quinto lugar no Troféu Brasil, que classific os dois melhores para Pan-Americano. O cearense também já conquistou o terceiro lugar no Ibero-Americano, em 2010, e foi o segundo colocado no Troféu Brasil, em 2008.
Prata nos 10.000m, Cruz Nonata abre
contagem de medalhas na pista
Após ouro na maratona no domingo, Brasil volta ao pódio,
desta vez na pista do estádio Telmex, em Guadalajara
A promessa é que seja a primeira de muitas. O Brasil abriu nesta segunda-feira sua contagem de medalhas na pista de atletismo nos Jogos Pan-Americanos. Um dia após a estreia com ouro na maratona, nas ruas de Guadalajara, a piauiense Cruz Nonata da Silva garantiu um pódio verde-amarelo ao conquistar a prata nos 10.000m. O ouro ficou com a mexicana Marisol Guadalupe Romero, com o tempo de 34m07s23, e o bronze é da colombiana Yolanda Caballero.
- Eu venho de uma maratona, era muito recente para correr mais forte aqui. Mas eu fiz o possível. Dei tudo de mim, como sempre dou em todas as provas, e graças a Deus deu certo. Vou levar a medalha - festejou Cruz Nonata após a prova.
Na segunda metade da prova em Guadalajara, Cruz Nonata conseguiu ultrapassar Yolanda e chegou a ameaçar Marisol por alguns instantes. A mexicana, no entanto, apertou o ritmo no fim e, na marca dos 8.000m, já tinha aberto ampla vantagem. Coube à brasileira segurar a colombiana, e assim foi feito. Ela cruzou a linha de chegada com uma vantagem confortável e garantiu o primeiro pódio do país no Telmex.
- Estava todo mundo meio embolado, parecia que ninguém ia sair, uma entregando para a outra. Tinha que ter paciência, por causa do clima também, que não favorece. É a minha primeira vez na altitude. Mas eu pensava comigo: “Calma que o que tiver que ser vai ser”. Não foi o ouro, mas foi a prata - explicou a brasileira.
Cubana estraga a festa, e Fabiana Murer
encerra ano vitorioso com prata
Brasileira não consegue chegar a 4,75m e vê Yarisley Silva conquistar o ouro
Antes dos tão sonhados dias de descanso, Fabiana Murer precisava dar um pulinho em Guadalajara para buscar mais um título. O que parecia simples para a atual campeã mundial do salto com vara, no entanto, virou missão impossível. A cubana Yarisley Silva estragou a festa de encerramento perfeita para o ano mais importante da carreira da brasileira. Fabiana se despediu do México e de 2011 com uma amarga medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos.
- Eu gostei da competição. Achava que tinha que saltar por volta de 4,70m para ganhar a competição. Foi o que eu fiz, o que achava que poderia fazer nessa época do ano. O meu pico de forma física foi para o Mundial, há dois meses atrás. É difícil manter o auge da forma física. Mas me mantive treinando e saltei bem. E a cubana saltou muito bem, bateu o recorde cubano e mereceu essa medalha - disse a brasileira.
Yarisley conseguiu saltar 4,75m, e Fabiana foi vencida pelo sarrafo. Não passou dos 4,70m e viu a rival festejar o ouro. A brasileira precisava se preocupar apenas com a cubana em Guadalajara para garantir o bicampeonato no Pan. Sem adversárias de peso, a brasileira demorou para realmente entrar na prova. Duas horas e meia depois do anúncio das atletas, a campeã mundial, enfim, começou a saltar.
- É lógico que é cansativo, é desgastante ficar esperando e depois começar a aquecer tudo novamente. A grande dificuldade que eu tive também foi a mudança do aquecimento para a competição. No aquecimento, estava muito forte o vento e, depois, diminuiu um pouco e demorei para acertar o poste. Eu acabei cansando para o final da prova - explicou Fabiana.
No sarrafo a 4,50m, Fabiana entrou em ação. E, logo no início, um susto. A brasileira errou as duas primeiras tentativas. Mas, na última chance, passou com folga. A cubana, que preferiu começar a saltar desde 4,30m, acertou de primeira os 4,50m.
A mesma cena se repetiu nos 4,60m. Yarisley avançou na primeira tentiva, enquanto Fabiana, que já não conseguia mais esconder o nervosismo, passou apenas em sua última chance. Em seguida, as duas passaram pelos 4,70m de primeira. A vitória da cubana veio na marca de 4,75m, que acertou de novo na primeira tentativa. Fabiana errou as três.
No sarrafo a 4,50m, Fabiana entrou em ação. E, logo no início, um susto. A brasileira errou as duas primeiras tentativas. Mas, na última chance, passou com folga. A cubana, que preferiu começar a saltar desde 4,30m, acertou de primeira os 4,50m.
A mesma cena se repetiu nos 4,60m. Yarisley avançou na primeira tentiva, enquanto Fabiana, que já não conseguia mais esconder o nervosismo, passou apenas em sua última chance. Em seguida, as duas passaram pelos 4,70m de primeira. A vitória da cubana veio na marca de 4,75m, que acertou de novo na primeira tentativa. Fabiana errou as três.
- Talvez se eu tivesse feito menos saltos no começo estaria mais descansada para o final da competição, poderia ter saltado mais alto - lamentou.
Embalada pelo título da Diamond League, em 2010, Fabiana Murer entrou em 2011 determinada a fazer deste ano o melhor de sua carreira. A brasileira, que por muitos anos viveu à sombra da amiga Yelena Isinbayeva, enfim, teve seu lugar ao sol. No último dia do mês de agosto, em Daegu, conseguiu uma façanha que parecia impossível: superar a musa russa e conquistar a primeira medalha de ouro mundial de uma brasileira no atletismo.
Embalada pelo título da Diamond League, em 2010, Fabiana Murer entrou em 2011 determinada a fazer deste ano o melhor de sua carreira. A brasileira, que por muitos anos viveu à sombra da amiga Yelena Isinbayeva, enfim, teve seu lugar ao sol. No último dia do mês de agosto, em Daegu, conseguiu uma façanha que parecia impossível: superar a musa russa e conquistar a primeira medalha de ouro mundial de uma brasileira no atletismo.
- O que importava no ano para mim era o Mundial, que fui campeã. Eu me preparei para o Mundial. É lógico que vim para o Pan para buscar a medalha de ouro. Mas sabia que seria difícil, uma competição é diferente da outra, depende de como cada uma está no dia. Hoje foi o dia dela.
Com arrancada no fim, Adriana da Silva
conquista o ouro da maratona
Brasileira ultrapassa mexicana faltando quatro quilômetros, cruza a linha
de chegada na frente e de quebra ainda bate o recorde pan-americano
As ruas de Guadalajara têm uma nova dona, ao menos neste domingo: Adriana da Silva. Com uma arrancada espetacular nos últimos quatro quilômetros, a brasileira conquistou o ouro na maratona, com a marca de 2h36m37s. De quebra, ainda bateu o recorde Pan-Americano, que pertencia a chilena Erika Oliveira (2h37m41s) desde o Pan de Winnipeg (Canadá), em 1999. A mexicana Madai Perez, que dominou a prova desde o início, sentiu o cansaço no fim e teve de se contentar com a prata (2h38m03s). Lucy Tejeda, do Peru, garantiu o bronze (2h42m39s).
Adriana passou os 20 primeiros quilômetros de prova lutando pela terceira posição e tentando superar o forte calor de Guadalajara. Na segunda metade dos 42 km, no entanto, a fundista brasileira apertou a sua passada e deixou a mexicana Paula Apolônio para trás. Em seguida, mostrou fôlego ao ultrapassar a peruana Gladys Tejeda e pular para a segunda colocação.
A 10 km para o fim da corrida, ela aumentou o ritmo e viu a diferença construída pela mexicana, Madai Perez, que era de quase três minutos, cair para apenas 30 segundos. No km 38, Adriana deslachou de vez. Passou a líder com tranquilidade e cruzou a linha de chegada na frente, com uma bandeira do Brasil em suas mãos. Foi o primeiro ouro do atletismo brasileiro neste Pan.
A menos de 24h da estreia, estádio do
atletismo corre para terminar obras
Ajustes finais ainda estão sendo feitos em um dos principais palcos do Pan de Guadalajara, mas pista está pronta e já recebe ateltas para treinamento
Desde o início, as obras do Estádio Telmex eram as que mais preocupavam nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. A menos de 24 horas do início das disputas do atletismo, a instalação ainda não está completamente pronta. Enquanto Fabiana Murer e outros atletas treinam, funcionários correm para acertar os retoques finais.
Neste domingo, alguns homens ainda trabalham instalando equipamentos, fazendo os últimos ajustes na parte elétrica da instalação e até pitando. Algumas áreas do estádio, como rampas de acesso ao primeiro andar, estão interditadas.
Outro detalhe que chama a atenção no bonito estádio é a sujeira. Por todos os lados, existem restos de obra espalhados. Latas de tinta, ferramentas, carrinhos e outros materiais são frequentes pelos corredores. Muitas pessoas também trabalham na arrumação das lojas de conveniência.
A pista, porém, parece estar pronta para receber os atletas. Alguns deles já treinaram normalmente no estádio na tarde deste domingo. A campeã mundial Fabiana Murer, que fez seu primeiro treino em Guadalajara, achava que iria encontrar o local de competição ainda mais atrasado.
- Pelo o que eu tinha ouvido falar, ia ficar pronto bem em cima da hora. Eu sabia que a pista estaria pronta, mas as arquibancadas poderiam estar incompletas. Até colocaram umas arquibancadas provisórias do outro lado. Mas eu fiquei surpresa. Está mais pronto do que esperava. E as condições para saltar estão excelentes. Um bom materiaL, um bom colchão. Para o salto com vara, está bem legal - disse Fabiana Murer, que já compete nesta segunda-feira.
Brasil fecha a conta na vela com cinco
ouros e murcha festa argentina no Pan
Hermanos fazem barulho, mas brasileiros levam a melhor no último dia de disputas
Foi uma confusão de festas, que trouxe para o Yatch Club Nuevo Vallarta a rivalidade dos campos de futebol. Apesar de toda a gritaria e canções de guerra, os velejadores argentinos viram uma comemoração maior do lado verde e amarelo. Em tudo. Com apenas dois ouros conquistados, os hermanos nem chegaram perto de igualar as vitórias brasileiras: cinco no total, com direito a mais uma prata e um outro bronze. Após os ouros de Matheus Dellagnello e Patrícia Freitas no sábado, a equipe brasileira levou outros três na disputa da Medal Race de cada classe, neste domingo, na J24, na Snipe e na RS:X.
- Parabéns para a Argentina, mas até na festa o Brasil foi melhor. Nem se compara - disse Alexandre Tinoco, após comemorar o ouro ao lado do parceiro, Gabriel Borges, da Snipe.
A primeira vitória foi na J24. Para ficar com o ouro, a equipe brasileira, formada por Maurício Santa Cruz, Daniel Santiago, Alexandre Saldanha e Guilherme Hamelmann, precisava ficar com um barco à frente do time americano. Depois de uma punição logo no início, a situação complicou. A vitória veio no fim, com uma ultrapassagem sobre o barco argentino.
- Foi uma das regatas mais emocionantes da minha vida. Foi uma disputa muito intensa, sofremos penalidade logo na largada, mas conseguimos pagar e devolver para os americanos. Nós precisávamos passar mais alguém e o destino quis que fossem os argentinos. Melhor ainda - disse Santiago.
O segundo ouro de domingo veio em forma de tri. Um dos maiores nomes da vela brasileira, Ricardo Winicki, o Bimba, conquistou sua terceira vitória em Jogos Pan-Americanos após prova suada em Puerto Vallarta. De quebra, igualou a marca de outro mito, Robert Scheidt.
- Este Pan foi o mais emocionante. No primeiro, eu fui prata, superado pelo argentino, mas depois, no seguinte, eu consegui dar o troco. No Rio, em 2007, eu cheguei três dias depois de ser campeão mundial e, claro, eu queria vencer, mas não estava tão preocupado. Eu queria muito este tri para igualar o Robert Scheidt - afirmou Bimba.
A última festa chegou em tom de surpresa. Com poucas chances de título no início de domingo, Alexandre Tinoco e Gabriel Borges, da Snipe, precisavam terminar à frente dos americanos para levarem a vitória. Ao fecharem a regata em terceiro, jogaram os rivais para o quarto lugar e tomaram o ouro.
Brasil ainda leva uma prata e um bronze no último dia
A delegação brasileira ainda levou outras duas medalhas no último dia de disputas. A primeira foi na Lightning, com um bronze. Recordista com oito participações em Pan-Americanos, Cláudio Biekarck garantiu sua oitava conquista nos Jogos, ao lado de Gunnar Ficker e Marcelo da Silva. Embora pense na renovação da classe, não descarta uma volta em 2015, em Toronto.
- Nós ficamos muito tempo sem velejar fora e ficamos satisfeitos com essa medalha. Mais uma vez, por um triz não conseguimos uma melhor, mas são coisas do esporte. Espero por uma renovação. Está na hora de o pessoal subir e começar a disputar regatas assim. Mas, se derem mole, posso pintar aí de novo - afirmou.
A prata veio na Hobie Cat. Em busca do ouro, Bernardo Arndt e Bruno Oliveira precisavam ficar três posições à frente da dupla de Porto Rico, com o algoz Enrique Figueroa, que impediu o ouro dos brasileiros nos Jogos de 2007. Conseguiram durante boa parte da regata, mas viram os rivais passarem os mexicanos no fim.
- Fizemos tudo certo, largamos bem, marcamos os portorriquenhos em cima. Eles ficaram em quinto lugar praticamente em toda a regata, mas por fim eles passaram os mexicanos e subiram para quarto. Então acabamos com a prata. Saímos com gostinho de ouro, o que era importante depois daquele Pan no Rio. Mas acontece - afirmou Bruno.
Com os ouros garantidos desde sábado, Matheus Dellagnello e Patrícia Freitas foram para a Medal Race apenas para cumprir o regulamento. Ainda assim, mantiveram o ritmo e fecharam o Pan com vitórias nas classes Sunfish e RS:X.
21/10/2011 21h50
Brasileiros perdem nas semifinais e
boxe ganha mais dois bronzes no Pan
Julião Neto é derrotado por Dagoberto Arias no peso mosca, e Myke
Carvalho leva a piorna contagem de golpes depois de empatar em pontos
Os brasileiros Julião Neto, do peso mosca (até 52kg), e Myke Carvalho, do meio-médio (até 69kg), não passaram das semifinais do boxe nesta quarta-feira e ficaram com a medalha de bronze no Pan. Enquanto Julião foi dominado pelo dominicano Dagoberto Aguero Arias, Myke fez duelo muito equilibrado com o cubano Carlos Delvis Banteurt e perdeu apenas no número de golpes.
- Não fiquei satisfeito com a medalha de bronze pelo modo como perdi. Os juízes entenderam que ele deu mais golpes, mas eu também bati no terceiro round. Mas isso é boxe. A gente precisa ter dois corações, um para rir e outro para chorar. Infelizmente o meu chorou hoje - lamentou Myke Carvalho.
Myke e Carlos Banteurt fizeram uma luta igual. Quase literalmente. Depois de um empate por pontos em 14x14, o caribenho acabou levando a melhor no número de golpes (53 a 45) e passou à final.
O primeiro assalto já mostrou o equilíbrio que a luta teria e terminou empatado por 5x5. O brasileiro cresceu no assalto seguinte, seus golpes passaram a entrar mais e ele ganhou por 6x2. No último round, o atleta de Belém, no Pará, parecia cansado, e o caribenho partiu para cima, empatando o confronto novamente. Quando o gongo soou, os dois comemoraram e depois esperaram muito até o resultado ser anunciado. Com o empate, a arbitragem fazia a contagem de golpes, que terminou favorável ao lutador de Cuba.
Julião Neto entrou no ringue na primeira luta da quarta-feira e até conseguiu equilibrar o primeiro round, perdendo por 4x2, mas partiu no desespero no segundo round, dando espaço para Dagoberto Arias acertar bons golpes e ampliar bastante a vantagem. O brasileiro voltou a deixar o combate mais duro no último assalto, mas não foi o bastante: 21x11 para o dominicano.
- O árbitro só marcava um golpe meu. Se tivesse combinado mais, teria ganho. Queria a medalha de ouro, mas o resultado foi maravilhoso. Espero disputar o próximo Pan - lamentou o brasileiro.
Brasileira do boxe leva bronze sem
vencer, e técnico ataca: ‘Culpa dela’
Roseli Feitosa estreia na semifinal do peso médio, perde para dominicana,
mas fica com medalha mesmo assim e recebe críticas de treinador
A primeira medalha do Brasil no boxe em Jogos Pan-Americanos, na edição em que a modalidade estreia na competição, aconteceu de maneira inusitada. A campeã mundial Roseli Feitosa estreou já na semifinal do peso médio (até 75 kg), nesta quarta, foi derrotada pela dominicana Yenebier Guillen Benitez, mas ficou com o bronze mesmo sem vencer em Guadalajara. Deixou o ringue chorando, sem falar com a imprensa, mas deve ouvir muita bronca do técnico Cláudio Aires.
-A preparação não foi boa porque ela não quis treinar com a gente. A culpada dessa m... é dela mesma. Tivemos um período de treinos no Cazaquistão e quando voltamos, ela passou duas semanas praticamente em casa, sem treinar – atacou o treinador do Brasil.
Com sete pugilistas no peso médio em Guadalajara, Roseli não lutou nas quartas de final, avançando diretamente às semifinais. Como no boxe não há disputa de terceiro lugar, a brasileira estreou no Pan com o bronze já garantido.
Nesta quarta-feira, a representante do Brasil teve uma luta equilibrada com a Yenebier Guillen Benitez até o terceiro round, com a adversária vencendo por 12x10. No quarto assalto, porém, Roseli Feitosa viu a dominicana disparar e terminar com a vitória por 21x12.
Policial civil do MMA doa primeira
bolsa a projeto social do treinador
Técnico Ricardo Tinha, com dificuldade para manter a ONG Comunidade no Esporte,
se emociona com atitude do aluno: 'Para mim, é muito'
Após estrear no MMA com uma vitória por nocaute no Bitetti Combat 10, no último dia 15 de outubro, o policial civil Eduardo Herdy decidiu tomar uma atitude nobre com sua primeira bolsa de lutador: doou o cheque para o projeto Comunidade no Esporte, criado por seu treinador de boxe, Ricardo Tinha. O técnico vem enfrentando dificuldades para manter a ONG, que auxilia mais de 500 crianças em duas comunidades distintas do Rio de Janeiro (RJ).
Ricardo Tinha ficou emocionado com a ajuda do pupilo, que também já o ajudou na ONG, dando aulas e redigindo os projetos no computador.
- Ele me pegou de surpresa, eu não estava esperando nada dele. Ele me disse, "Que pena que não ganhei mais para doar. Confio em você, vejo seu trabalho e sei que você gosta do que faz." Fiquei radiante, nunca tinha recebido nada de ninguém. Parece que não é nada, mas para mim é muito, fico até emocionado - disse o treinador.
Procurado pelo SPORTV.COM, Herdy confirmou a doação, mas não quis falar muito sobre a atitude, a qual não queria transformar numa forma de autopromoção. Para ele, a intenção era apenas ajudar um amigo em necessidade.
- Devo muito ao Tinha, acho ele uma pessoa fenomenal, sem igual. O importante é mostrar para as pessoas este projeto dele, que se dedica completamente aos seus alunos - garantiu o policial e atleta.
saiba mais
Técnico de boxe há 15 anos, Ricardo Tinha criou a ONG Comunidade no Esporte em 2000, no bairro do Flamengo, para atender às crianças do Morro Azul, ensinando boxe, vôlei, futebol, entre outros. Com o fim da academia onde trabalhava, Tinha levou o projeto para o Cantagalo, comunidade entre Ipanema e Copacabana, na Zona Sul da cidade, e para o Morro São João, comunidade do Engenho Novo, na Zona Norte.
- As crianças diziam que o projeto as ajudou a melhorar as notas na escola e que gostavam de ficar aqui mesmo depois das aulas. As mães até preferiam que elas estivessem aqui do que ficarem pelas ruas e vielas - contou Tinha.
O treinador nunca teve ajuda financeira e bancava o projeto com o dinheiro de suas aulas de boxe em academias. Neste mês, porém, as dificuldades aumentaram. No Cantagalo, o CIEP Presidente João Goulart, que sediava as aulas da ONG, passa por reformas, e Tinha precisou levar a garotada para um espaço cedido por uma academia em Copacabana. No Engenho Novo, o contrato de aluguel de quatro anos da sala do projeto terminou. Tinha procurou uma sala ao lado, mas o dono quer que o técnico pague a reforma do local.
Sem muitas opções, o treinador agora conta com a ajuda de amigos como Herdy para manter o projeto. Uma aluna prometeu ajudá-lo a alugar uma nova sala, e o projeto recebe doações através do site www.comesp.org.br.
- A maior vontade que eu tenho é criar uma sede pro projeto aqui no Engenho Novo. O que eu devo fazer é guardar esse dinheiro na conta da ONG, pagar o aluguel com as minhas aulas particulares, e angariar fundos até poder arrumar um galpão para fazer a sede - explicou Ricardo Tinha.
LA MUSA: argentina Jazmín López
encanta na vela em Guadalajara
Bela argentina fica na quinta posição na classe RS:X, vencida por brasileira
O Brasil ganhou o ouro na RS:X feminina, com Patrícia Freitas, mas a Argentina também brilhou nessa classe da vela nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Jazmín López Becker ficou na quinta posição geral, mas quem se importa?
MORTINHO: sem vitórias, futebol
masculino não passa da primeira fase
Seleção perde para a Costa Rica e tem melancólica despedida do Pan.
O que falar da participação do futebol do Brasil neste Pan? Absolutamente nada!
Três
jogos, dois empates e uma derrota. Dois gols marcados e quatro
sofridos. Esta foi a fraca campanha do Brasil no torneio de futebol
masculino no Pan de Guadalajara. Terceira colocada no Grupo B, a Seleção
deu foi eliminada precocemente e deu adeus à competição neste domingo
após perder por 3 a 1 para a Costa Rica.
21/10/2011 21h50
Vaiada pelos mexicanos, Seleção sub-20 fica no
empate com Cuba, após empatar em 1x1, com a
Argentina na estréia
Após resultado de 0 a 0 em Guadalajara, Brasil precisará vencer na última
rodada e, assim, não depender de outros resultados para chegar à semi
Certamente não era dessa maneira que a Seleção Brasileira planejava sua caminhada. Será no sufoco que o time sub-20 buscará a classificação para a semifinal do torneio de futebol dos Jogos Pan-Americanos. Numa partida em que desperdiçou claras chances de gol, principalmente no primeiro tempo, a equipe ficou no 0 a 0 com a fraca Cuba, nesta sexta-feira, no Estádio Omnilife, em Guadalajara, completando o segundo jogo sem vitórias. Com dois pontos e na terceira colocação de seu grupo, precisará vencer na última rodada para não depender de outros resultados para garantir a vaga.
O Brasil volta a campo neste domingo para enfrentar a Costa Rica, às 23h de Brasília (20h locais), pela última rodada da fase de classificação do Grupo B, que tem a Argentina como líder. Mais cedo, nesta sexta-feira, a equipe venceu por 3 a 0 a Costa Rica e passou a somar quatro pontos. Os costarriquenhos estão em segundo, com três, e Cuba tem um.
Com uma atuação de baixo nível técnico, a Seleção sub-20 conseguiu o que parecia ser impossível no México: receber vaias de uma torcida que é só carinho com o Brasil, numa relação construída na campanha da Copa do Mundo de 1970. Ao contrário, a equipe deixou o campo vaiada e ouvindo gritos de "olé".
Mais uma vez a torcida mexicana chegou mais cedo ao estádio e, antes de acompanhar sua seleção contra Trinidad e Tobago, apoiou a Seleção Brasilera. No entanto, o time de Ney Franco iniciou a partida mostrando nervosismo. Apesar de inferiores tecnicamente, os cubanos se aproveitaram dos muitos erros de passe dos brasileiros e levaram perigo mas pecaram nos chutes.
Os mexicanos já começavam a mostrar impaciência, e até mesmo a apoiar Cuba, quando o Brasil finalmente acordou no jogo e fez valer sua superioridade. Mas o número de claras chances foi o mesmo de gols perdidos de forma incrível. A mais clara delas foi aos 39 minutos, quando Felipe Amorim avançou pela direita e cruzou rasteiro para Henrique. Dentro da pequena área, o atacante tentou dominar, mas foi desarmado no momento da conclusão. Isso depois de Misael, Felipe Anderson e Felipe Amorim terem desperdiçado boas oportunidades.
O Brasil foi para o vestiário no intervalo vaiado pela torcida mexicana. Enquanto isso, os cubanos comemoravam no campo o resultado parcial. Sem Cidinho, que não jogou por causa de dores no joelho, Ney Franco tentou mudar o time na segunda etapa colocando o atacante Leandro, do Grêmio, no lugar do meia Lucas Patinho, do Fluminense.
Em seguida, foi a vez de Rafael, do Bahia, entrar no lugar do zagueiro Frauches, do Flamengo. Mas mesmo com quatro atacantes em campo, o Brasil não conseguia criar chances claras de gol, pois insistia muito nas jogadas individuais pelo meio, facilitando a marcação de Cuba.
Diante da inoperância brasileira, a torcida mexicana passou a, gradativamente, migrar para o lado de Cuba. A disposição de seus jogadores era aplaudida, enquanto o público vaiava a falta de objetividade da Seleção. Para completar, aos 45 minutos o árbitro expulsou Leandro, do Brasil, e o cubano Carlos Francisco.
Mas ao fim do jogo a festa foi de Cuba, que deixou o campo comemorando como se fosse um título e foi ovacionada pelos mexicanos.
O Brasil jogou com a seguinte formação: César, Madson, Luccas Claro, Frauches (Rafael) e Henrique Miranda; Lucas Zen, Misael, Felipe Anderson e Lucas Patinho (Leandro); Felipe Amorim (Sebá) e Henrique.
LA MUSA: Aos 18 anos, Monica Puig faz
bonito e avança à final do tênis
Porto-riquenha passa por americana e vai decidir o ouro nesta sexta-feira
Como se não bastasse a beleza, a jovem porto-riquenha Monica Puig ainda fez bonito na quadra de Guadalajara. Aos 18 anos, ela bateu a americana Christina McHale por 2 sets a 0 e avançou para a final no torneio individual feminino.
Após maratona na sexta, Rogerinho
perde final do tênis e fica com a prata
Brasileiro não resiste ao colombiano Robert Farah, número 230 do mundo
A maratona de cinco horas em duas partidas na sexta-feira foi cruel. Neste sábado, o tênis brasileiro voltou à quadra em Guadalajara para a final dos Jogos Pan-Americanos, e as pernas já reclamavam. Rogério Dutra Silva, o Rogerinho, encarou o colombiano Robert Farah e até parecia animado no início do confronto. Mas não aguentou o ritmo do número 230 do mundo, tombou em dois sets e ficou com a medalha de prata. Com parciais de 6/4 e 6/3, Farah garantiu o nono ouro da Colômbia no Pan do México.
Número 116 do ranking mundial, Rogerinho tinha vencido na véspera a semifinal contra o equatoriano Cesar Campozano em três horas. Não satisfeito, ainda voltou à quadra para disputar o bronze nas duplas mistas. Já passava das 2h da manhã, no horário de Brasília, quando ele e Ana Clara Duarte bateram a parceria venezuelana. Menos de 24 horas depois, já estava de volta para a decisão deste sábado.
- Faltou um pouquinho de intensidade, de energia. Quando eu estava na frente, no momento favorável do jogo, acabei deixando escapar essa chance. Ele cresceu e jogou melhor também os pontos decisivos. Mas foi uma semana boa, uma semana legal. Meu primeiro Pan-Americano, duas medalhas. Foi bem interessante – afirmou Rogerinho, dono de uma prata e um bronze em Guadalajara.
O técnico do Brasil, João Zwetsch, elogiou o jogador e afirmou que, se não fosse a maratona da véspera, o resultado poderia ser bem diferente.
- Queria dar os parabéns ao Rogério, que é sempre um grande guerreiro. Não diria que ele estava sem energia, porque ele é um cara que costuma dar 100%, 200% dentro da quadra. Mas ontem foi um dia muito cansativo, ele foi dormir as 3h da manhã. Não é nenhuma justificativa, mas tenho certeza de que, se o Rogério estivesse um pouquinho melhor, as coisas também seriam um pouco diferentes – afirmou.
Farah teve dificuldades para fechar o último game do segundo set, mas ao longo da partida mostrou tranquilidade para controlar o ritmo.
- A chave para ganhar o título foi estar muito bem mentalmente. Mas o momento mais difícil foi no fim da partida. Estava nervoso, não estava conseguindo sacar direito – admitiu o colombiano.
Rogerinho perde chance no início
Farah abriu o primeiro set confirmando seu saque sem nenhuma dificuldade, mas o brasileiro mostrou poder de reação e venceu três games seguidos, incluindo uma quebra no terceiro. Com 3/1 de vantagem, parecia que as coisas caminhavam a favor de Rogerinho, mas Farah teve paciência para se reencontrar no set. Defendeu seu serviço até o oitavo game, quando devolveu a quebra. Confirmou na sequência e, percebendo que o rival tinha sentido o golpe, avançou para derrubar mais uma vez seu saque. Com uma quebra difícil no décimo game, o colombiano fechou em 6/4.
No segundo set, a torcida em Guadalajara ainda não tinha decidido qual tenista apoiaria. Na dúvida, fazia ola e se divertia com a final. O juiz teve de esperar os torcedores ficarem quietos para autorizar a ação na quadra.
Farah abriu 1/0, mas começou a se irritar no segundo game, quando Rogerinho sacou para empatar em 1/1. O colombiano defendia o seu saque, e o brasileiro respondia, gritando “Vamos!”. A cada game, o saque era defendido sem muitos sustos, num ritmo arriscado para Rogério. No sétimo, Farah se impôs, forçou um erro do rival, que mandou a bola na rede, e conseguiu a quebra.
Bastava a confirmação logo em seguida para derrubar o sonho brasileiro do ouro. Rogerinho não se entregou e ainda conseguiu salvar um match point em jogada de raça, deixando o adversário sentado na quadra. Mas não foi o bastante. Na segunda chance, Farah emplacou um ace, e aí se jogou de propósito no chão, desta vez para comemorar o ouro.
Com juiz enrolado, Rogerinho e Ana
Clara ganham bronze na dupla mista
Mexicano Porfirio Godoy causa muitas confusões na partida, mas dupla
brasileira consegue levar melhor sobre venezuelanos e sobem ao pódio
Eram quarto tenistas dentro de quadra, mas quem roubou a cena na disputa pelo bronze nas duplas mistas dos Jogos Pan-Americanos estava fora dela. Logo ali ao lado, o mexicano Porfírio Godoy foi personagem no confronto entre Rogerinho/Ana Clara Duarte e Roman Recarte/Adriana Perez, da Venezuela. Enrolado, o juiz errou marcações, confundiu placares e irritou as duas duplas. No fim de tudo isso, após 1h48m de partida, os brasileiros conseguiram comemorar muito a vitória no tie-break (7/6(4), 5/7 e 11/9) e o lugar no pódio. Foi a 50ª medalha do Brasil em Guadalajara.
Após garantir uma vaga na final da chave de simples, Rogério Dutra da Silva, o Rogerinho, precisou voltar à quadra em Guadalajara duas horas depois. Ao todo, jogou 4h44m nesta sexta-feira. Mas, quando a bola de Recarte parou na rede, nada disso importou e o tenista saiu correndo na direção das arquibancadas para comemorar. Depois, ainda carregou sua parceira no colo.
Os brasileiros conseguiram uma quebra logo no quinto game, mas os venezuelanos responderam em seguida para deixar tudo igual (3/3). No sétimo game, porém, Rogerinho e Ana Clara ficaram mais uma vez ficar na frente. A vantagem, porém, não durou muito. Recarte e Perez ganharam três games em sequência para virar para 6/5, e a dupla do Brasil confirmou depois seu serviço para levar o primeiro set para o tie-break.
No desempate, Ana Clara Duarte fez uma linda disputa na rede que terminou com Roman Recarte mandando para fora: 7/4.
A arbitragem não se entendia e cometia alguns erros, o que acabou interferindo no saque de Ana Clara no sétimo game do segundo set. Desconcentrada, a brasileira teve seu serviço quebrado e, apesar do apoio da torcida para a dupla verde-amarela, os venezuelanos ficaram na frente (4/3). Os brasileiros esboçaram uma reação e chegaram a devolver a quebra, fazendo 5/5. Mas a dupla da Venezuela voltou a aproveitar as bobeiras para, com um 7/5, empatar a partida.
O tie-break valendo uma medalha já seria nervoso o suficiente sem a “contribuição” de Porfírio Godoy. O árbitro, que já vinha errando, passou a chamar ainda mais atenção. Primeiro, quando os venezuelanos venciam por 7/5 e o Brasil conseguiu um ponto. Ele cantou o ponto corretamente, mas voltou atrás para marcar 8/5. Rogerinho, então, reclamou muito. O juiz se corrigiu e, mudando a marcação mais uma vez, alterou o placar para 7/6.
Não parou por aí. Com o Brasil vencendo por 8/7, Rogério Dutra foi para o saque e perdeu o ponto. Roman Recarte reclamou que era a vez de Ana Clara sacar para o Brasil, mas o árbitro parecia não se entender com o aparelho eletrônico em sua mão. Com os quatro tenistas em volta de sua cadeira, o mexicano tentava achar alguma explicação e pedia auxílio. Quase cinco minutos depois, a tenista brasileira voltou para sacar e a Venezuela conseguiu chegar o match point com 9/8. Vibrando muito, os brasileiros emendaram três pontos seguidos antes para depois partir para a comemoração.
- A gente vem lutando muito por isso. É muito esforço que a gente passa para defender o esporte brasileiro. A gente vem lutando há muitos anos lá fora por esse reconhecimento. Hoje estou chorando de emoção. Nós mostramos mais uma vez que não tem para ninguém aqui na América. Nós comos campeãs - afirmou a goleira Chana, de 32 anos, a mais experiente do grupo, muito emocionada após a partida.
Handebol
Classificação Final
1]-BRASIL - OURO
2]-ARGENTINA - PRATA
3]-MÉXICO/REP. DOMINICANA - BRONZE
Brasil bate a Argentina no handebol,
conquista o tetra e vai a Londres
Em jogo tenso nas provocações e fácil no placar, meninas superam as
hermanas e garantem a medalha de ouro nos Jogos de Guadalajara
Pode ser no futebol, no handebol ou em qualquer outro esporte: Brasil e Argentina é sempre um jogo tenso. Mas seja com a bola nós pés ou nas mãos, o domínio segue verde-amarelo. Formando uma muralha na defesa e contra-atacando com maestria, a seleção feminina de handebol venceu as hermanas por 33 a 15 e conquistou neste domingo, em Guadalajara, o quarto título pan-americano consecutivo. Junto com ele, veio o mais importante: o carimbo no passaporte para os Jogos Olímpicos de Londres em 2012.
- A gente vem lutando muito por isso. É muito esforço que a gente passa para defender o esporte brasileiro. A gente vem lutando há muitos anos lá fora por esse reconhecimento. Hoje estou chorando de emoção. Nós mostramos mais uma vez que não tem para ninguém aqui na América. Nós comos campeãs - afirmou a goleira Chana, de 32 anos, a mais experiente do grupo, muito emocionada após a partida.
Alê festejou o título e já está pensando nos próximos passos.
- Inexplicável a sensação que estamos tendo. O objetivo era esse mesmo, conquistar o ouro e a vaga. Agora é o Mundial no fim do ano e o projeto para 2012 - afirmou a jogadora.
Diplomacia, só antes do jogo
Antes do jogo, imperou a diplomacia. No centro da quadra, brasileiras e argentinas se cumprimentaram. Mas foi só o juíz apitar o início da partida para as duas seleções entraram em ação com sangue nos olhos. Como em qualquer confronto entre Brasil e Argentina, a final do handebol feminino de Guadalajara foi marcada por emoção e disputas que muitas vezes beiraram a agressão.
Em menos de dois minutos de partida, Alexandra Nascimento já deu o seu cartão de visita marcando o primeiro gol para o Brasil. As argentinas não conseguiram acompanhar e muito menos parar a ponta-direita de 30 anos, a não ser forçando tiros de sete metros, que a própria brasileira fazia questão de não desperdiçá-los. Fortes na defesa e velozes no contra-ataque, a seleção verde-amarela fechou sem sustos a primeira parcial em 15 a 5, sendo seis gols de Alê, o grande nome do jogo.
O clima tenso saiu de quadra para dar lugar às mascotes do Pan no intervalo. Enquanto isso, nas arquibancadas, um grupo de dançarinos fantasiados fez uma apresentação ao som de música africana para a plateia que lotou o Ginásio San Rafael. Questionada sobre o motivo de um show com tema africano no México, uma voluntária informou que achava se tratar de uma homenagem ao Brasil. De uma forma ou de outra, a combinação México, África e Brasil deu certo, e a torcida “vestiu” a camisa verde-amarela.
Em menos de dois minutos de partida, Alexandra Nascimento já deu o seu cartão de visita marcando o primeiro gol para o Brasil. As argentinas não conseguiram acompanhar e muito menos parar a ponta-direita de 30 anos, a não ser forçando tiros de sete metros, que a própria brasileira fazia questão de não desperdiçá-los. Fortes na defesa e velozes no contra-ataque, a seleção verde-amarela fechou sem sustos a primeira parcial em 15 a 5, sendo seis gols de Alê, o grande nome do jogo.
O clima tenso saiu de quadra para dar lugar às mascotes do Pan no intervalo. Enquanto isso, nas arquibancadas, um grupo de dançarinos fantasiados fez uma apresentação ao som de música africana para a plateia que lotou o Ginásio San Rafael. Questionada sobre o motivo de um show com tema africano no México, uma voluntária informou que achava se tratar de uma homenagem ao Brasil. De uma forma ou de outra, a combinação México, África e Brasil deu certo, e a torcida “vestiu” a camisa verde-amarela.
Logo nos primeiros cinco minutos do segundo tempo, o jogo voltou a ficar nervoso. Com o Brasil pressionando no ataque, as hermanas começaram a errar a mão na marcação. A brasileira Fabiana Diniz e a argentina Solange Tagliavini chegaram a se estranhar, e o juiz precisou intervir. Nada que atrapalhasse, porém, o caminho do Brasil até a vitória por 33 a 15 somando o quarto título pan-americano consecutivo do país.
Atletismo estreia no Pan, e handebol
feminino mira Londres neste domingo
Dominando competição, seleção brasileira decide ouro com a Argentina. Marcha e maratona abrem atletismo, e vela tem as suas últimas regatas
Com uma grande campanha nos Jogos Pan-Americanos (quatro vitórias, com 168 gols feitos e 55 sofridos), a seleção brasileira de handebol feminino disputa a final neste domingo com parte da cabeça em Guadalajara e outra parte mais distante. Além de conquistar o ouro no Pan, o quarto seguido na modalidade, ganhar da Argentina significa também uma vaga para Londres-2012.
Se o handebol encerra sua caminhada no México, o atletismo apenas começa a sua neste domingo com três provas: a maratona feminina e a marcha de 20 km (masculina e feminina). Clique aqui para ver o calendário completo de provas e confira abaixo os destaques brasileiros no sétimo dia em Guadalajara.
Vela
No último dia de regatas, o Brasil, que já garantiu duas medalhas de ouro, segue com boas chances de medalhas em seis outras categorias.
Atletismo
Cisiane Lopes, Érica Rocha de Sena, Caio Bonfim e Rafael Uchona disputam os 20 km da marcha atlética (feminina e masculina). Na maratona feminina, o Brasil conta com Adriana Aparecida da Silva e Michele Cristina das Chagas.
Cisiane Lopes, Érica Rocha de Sena, Caio Bonfim e Rafael Uchona disputam os 20 km da marcha atlética (feminina e masculina). Na maratona feminina, o Brasil conta com Adriana Aparecida da Silva e Michele Cristina das Chagas.
Basquete
Após duas vitórias arrasadoras e já com a vaga na semifinal, a seleção feminina encerra sua participação na primeira fase decidindo o primeiro lugar do grupo contra a Colômbia.
Após duas vitórias arrasadoras e já com a vaga na semifinal, a seleção feminina encerra sua participação na primeira fase decidindo o primeiro lugar do grupo contra a Colômbia.
Futebol
Com dois empates em dois jogos, a Seleção Brasileira masculina decide a vida nos Jogos Pan-Americanos diante da Costa Rica, às 23h (de Brasília). O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real.
Com dois empates em dois jogos, a Seleção Brasileira masculina decide a vida nos Jogos Pan-Americanos diante da Costa Rica, às 23h (de Brasília). O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real.
Patinação
Marcel Sturmer começa a busca pelo tricampeonato pan-americano, enquanto Talitha Haas, aos 16 anos, estreia na competição.
Marcel Sturmer começa a busca pelo tricampeonato pan-americano, enquanto Talitha Haas, aos 16 anos, estreia na competição.
Meninas do Brasil atropelam donas da
casa e estão na final do handebol
Seleção sobra em quadra, faz 43 a 12 e agora vai atrás do tetracampeonato
O Brasil está na final do handebol feminino. Sem dar bola para a torcida, que compareceu em bom número e apoiou as mexicanas durante os 60 minutos de jogo, as brasileiras mostraram sua superioridade desde o início do confronto e fizeram 43 a 12. No próximo domingo, às 23h (horário de Brasília), elas voltam à quadra em busca da quarta medalha de ouro consecutiva em Jogos Pan-Americanos. A adversária na decisão sai da partida entre Argentina e República Dominicana, que se enfrentam ainda nesta sexta-feira.
Na partida desta tarde, no ginásio San Rafael, a Seleção Brasileira entrou a todo vapor, procurando decidir a semifinal o quanto antes. Logo nos seis primeiros minutos, a equipe abriu 7 a 0, com três gols de Daniela Piedade. A ponteira, por sinal, foi a artilheira do jogo ao lado de Fernanda, com seis tentos.
Jogando em velocidade e com forte marcação, as meninas do Brasil se aproveitaram da fragilidade do México para apostar nos contra-ataques. E foi com essa tática que fizeram 20 a 5 na etapa inicial.
Com o resultado obtido no primeiro tempo, a Seleção voltou relaxada na segunda metade e cometeu alguns erros bobos. A defesa deu uma afrouxada, os ataques não eram construídos com a mesma consistência e o número de erros aumentou. Mesmo assim, elas souberam administrar o placar e aumentaram a vantagem ao final do jogo para 31 gols.
Sem grandes adversárias no continente americano, o Brasil tem usado o Pan de Guadalajara como preparação para o Mundial, que acontece entre os dias 3 e 16 de dezembro, em São Paulo.
- Não está vendo pela nossa cor? – brincou a pivô Dani, apoiada pela central Mayara. - A tarde, as meninas aproveitaram para visitar a Vila e comprar alguns presentes para amigos e familiares na loja de produtos oficiais. E, claro, para passar mais tempo com os outros atletas. - A Dani parece política, fala "oi" para todo mundo, conhece todo mundo – disse a armadora Duda. - A pivô, então, devolveu. - Eu sou de outros carnavais – disse, rindo. - Já classificadas, as meninas voltam à quadra nesta quarta-feira. Às 16h (horário de Brasília), encaram a República Dominicana na última rodada do grupo B, antes da fase final.
CLASSIFICAÇÃO FINAL
1]-PORTO RICO - OURO
2]-MÉXICO - PRATA
3]-BRASIL - BRONZE
4]-COLÔMBIA - 4o. LUGAR
22/10/2011 14h56
Jogando em velocidade e com forte marcação, as meninas do Brasil se aproveitaram da fragilidade do México para apostar nos contra-ataques. E foi com essa tática que fizeram 20 a 5 na etapa inicial.
Com o resultado obtido no primeiro tempo, a Seleção voltou relaxada na segunda metade e cometeu alguns erros bobos. A defesa deu uma afrouxada, os ataques não eram construídos com a mesma consistência e o número de erros aumentou. Mesmo assim, elas souberam administrar o placar e aumentaram a vantagem ao final do jogo para 31 gols.
Sem grandes adversárias no continente americano, o Brasil tem usado o Pan de Guadalajara como preparação para o Mundial, que acontece entre os dias 3 e 16 de dezembro, em São Paulo.
Meninas do handebol aproveitam folga
com piscina, compras e 'social' na Vila
Com ótima campanha no Pan até aqui, Dani, Duda e Mayara curtem descanso
Liderança do grupo B, duas boas vitórias e melhor saldo de gols dos Jogos Pan-Americanos. Após arrasarem o Uruguai na noite de segunda-feira, as meninas do handebol brasileiro tiraram merecida folga nesta terça. Hospedadas em um hotel fora da Vila, as jogadoras aproveitaram o dia de sol em Guadalajara para descansar à beira da piscina.
- Não está vendo pela nossa cor? – brincou a pivô Dani, apoiada pela central Mayara. - A tarde, as meninas aproveitaram para visitar a Vila e comprar alguns presentes para amigos e familiares na loja de produtos oficiais. E, claro, para passar mais tempo com os outros atletas. - A Dani parece política, fala "oi" para todo mundo, conhece todo mundo – disse a armadora Duda. - A pivô, então, devolveu. - Eu sou de outros carnavais – disse, rindo. - Já classificadas, as meninas voltam à quadra nesta quarta-feira. Às 16h (horário de Brasília), encaram a República Dominicana na última rodada do grupo B, antes da fase final.
BASQUETE
Brasil repete vexame, cai diante de
dominicanos e é eliminado na 1ª fase
Com 20 pontos de vantagem no terceiro quarto, equipe de Rubén Magnano
volta a sofrer apagão e leva nova virada; briga agora é pela quinta posição
O roteiro foi o mesmo da noite anterior. De diferente, apenas o adversário e o momento do apagão. Após ter uma vantagem de 20 pontos contra a República Dominicana, o Brasil perdeu o controle do jogo no último quarto e repetiu o vexame da partida contra os Estados Unidos. Com a derrota por 85 x 77, a seleção de Rubén Magnano se despediu da briga por uma medalha nos Jogos Pan-Americanos nesta sexta e terá que se contentar com a disputa pelo quinto lugar. Enquanto isso, dominicanos, que fizeram a festa dentro de quadra após a partida, vão para a semifinal.
- Sempre falo que uma partida perdida é um aprendizado. Mas, menos de 24 horas depois (da derrota para os Estados Unidos), parece que não aprendemos nada. Quanto tempo mais vamos precisar para aprender? - disse Rubén Magnano após a partida.
O grande nome do jogo foi Jack Martinez. Com 22 pontos, o dominicano infernizou a marcação brasileira e deixou a quadra exaltado pela torcida mexicana. Para ele, a vitória em Guadalajara teve gosto de revache por conta da derrota na semifinal da Copa América de Mar del Plata, que valeu a vaga olímpica para o Brasil.
- É uma revache, claro. Nos últimos anos, perdemos muitos jogos para eles. Em Mar del Plata, vencemos um jogo, mas perdemos o que realmente valia algo. Ficamos muito felizes por vencer aqui. Eu me sinto muito bem em eliminar o Brasil.
Durante a partida, o Brasil se cansou de cometer erros. Assim como na derrota para os Estados Unidos, no entanto, conseguiu abrir uma boa vantagem no placar. De nada adiantou. Os dominicanos passaram a marcar sob pressão e conseguiu a virada. Marcelinho Machado, com 17 pontos, foi o cestinha da equipe brasileira.
O jogo
Após a derrota contra os Estados Unidos, a seleção tinha pedido cuidado com um dominicano em especial: Jack Martinez. E foi justamente ele quem fez a diferença no primeiro quarto. O ala, destaque da equipe na campanha da Copa América, brilhava com belos passes, rebotes nos garrafões e oito pontos no primeiro quarto. Do outro lado, o Brasil teimava nos arremessos de três, quase todos com a mira desregulada. No fim, vantagem rival de 20 a 19.
A mira brasileira melhorou no segundo quarto. Nos dois primeiros lances, a seleção já havia tomado a dianteira no placar. Após belo passe de Marcelinho, Cristiano Felício conseguiu bela infiltrada e uma enterrada sensacional, chegando a seis pontos de vantagem: 30 a 24.
Mais uma vez, a seleção deixou os dominicanos encostarem e a diferença caiu para um ponto. A sorte, porém, é que Jack Martinez passou a errar tanto quanto os brasileiros. Uma bandeja de Nezinho, em contra-ataque rápido após bola recuperada na defesa, deixou o Brasil cinco pontos à frente, com 38 a 33. As duas seleções perdiam ataques em sequência, mas o time de Magnano terminou o primeiro tempo à frente: 40 a 33.
O segundo tempo começou com uma cesta de três de Marcelinho. Com 11 pontos à frente no placar, a seleção chegou a ensaiar um novo apagão, assim como no terceiro quarto da partida contra os Estados Unidos. Benite, de três, e Marcelinho, com quatro cestas em sequência, e Murilo, em novo arremesso de três, deixaram o Brasil com vantagem de 15 pontos no placar. Depois, chegou a abrir 66 a 46. Porém, os 20 pontos viraram 13 ao fim do terceiro quarto.
E toda esta vantagem foi embora nos últimos dez minutos. A virada veio faltando três minutos, quando o desespero bateu à porta dos brasileiros. Marcelinho Machado tentou um arremesso de três e a bola não deu nem aro. No contra-ataque, Victor Luz fez uma bandeja, sofreu a falta e colocou a República Dominicana na frente: 75 a 72.
A partir daí, foi um festival de erros de um lado e acertos do outro. A torcida exaltava Martinez, cestinha do jogo com 22 pontos. Magnano ainda pediu tempo e tentou dar novo ânimo aos atletas, mas a equipe não conseguiu se recuperar do novo golpe. No fim, com 29 a 8 no último quarto, os dominicanos iniciaram uma festa, com dança e gritos no centro da quadra, enquanto os brasileiros se despediam cabisbaixos.
E toda esta vantagem foi embora nos últimos dez minutos. A virada veio faltando três minutos, quando o desespero bateu à porta dos brasileiros. Marcelinho Machado tentou um arremesso de três e a bola não deu nem aro. No contra-ataque, Victor Luz fez uma bandeja, sofreu a falta e colocou a República Dominicana na frente: 75 a 72.
A partir daí, foi um festival de erros de um lado e acertos do outro. A torcida exaltava Martinez, cestinha do jogo com 22 pontos. Magnano ainda pediu tempo e tentou dar novo ânimo aos atletas, mas a equipe não conseguiu se recuperar do novo golpe. No fim, com 29 a 8 no último quarto, os dominicanos iniciaram uma festa, com dança e gritos no centro da quadra, enquanto os brasileiros se despediam cabisbaixos.
Brasil abre 17, mas passa vexame e
perde para time remendado dos EUA
Seleção de Magnano sofre apagão no segundo tempo e cai diante de jogadores da Liga de Desenvolvimento; agora é preciso bater os dominicanos
Por uma boa parte do tempo, o desconhecido não se mostrou tão poderoso assim. Com quilos e quilos de história nas quadras pesando sobre os ombros, os jovens da seleção dos EUA nos Jogos Pan-Americanos, todos não aproveitados na NBA, foram engolidos pela equipe de Rubén Magnano até a metade do terceiro quarto. Com 17 pontos de vantagem, o Brasil, então, apagou. Ainda que tenha iniciado a última etapa à frente, cometeu erros em sequência e caiu para os americanos por 88 a 77.
Com o resultado, os EUA, com duas vitórias, garantiram a classificação para a próxima fase pelo grupo B. Assim como na Copa América, quando uma vitória garantiu a vaga nos Jogos Olímpicos de Londres, o Brasil vai precisar passar pela República Dominicana para avançar.
O jogo
Foi Murilo quem deu início à contagem, com uma bandeja no primeiro lance. A marcação forte dos EUA, porém, dificultou a criação do ataque brasileiro, que ficou duas jogadas sem acertar uma cesta. Os americanos, todos da D League, formada por jogadores que não foram aproveitados pelo draft da NBA, abriram 5 a 2, mas uma cesta de três feita por Nezinho deixou tudo igual. Na sequência, o armador errou um passe infantil, levando Magnano à loucura. O técnico argentino, então, mandou Benite para o jogo.
O Brasil seguia errando passes bobos e jogadas no garrafão. Giovannoni, em uma delas, desperdiçou uma bandeja fácil e permitiu o contra-ataque americano, com o ligeiro Jerome Dyson. O jogador do Brasília, porém, respondeu na sequência, com uma cesta de três. Murilo marcou mais dois pontos, e o Brasil abriu 12 a 7. Os EUA voltaram a encostar, e Magnano voltou a colocar reservas como Bruno Irigoyen e Guilherme Hubner em quadra.
No fim do quarto, os EUA aumentaram a pressão com Moses Ehambe, um dos melhores do desconhecido time americano. Os EUA chegaram à virada em dois lances livres de Blake Ahearn. O Brasil ainda tentou um último lance, mas o arremesso de Giovannoni bateu na tabela, no aro e não entrou: 19 a 18 no zerar do cronômetro.
Na primeira jogada do segundo quarto, Benite, com uma cesta de três, recolocou o Brasil à frente do placar. Em um contra-ataque rápido, Nezinho, em nova cesta de três deixou o Brasil com 24 a 22.
O Brasil seguiu melhor no jogo e abriu sete pontos de diferença com Lucas Alves e Davi Oliveira e apenas Marcelinho do time titular. Uma falta antidesportiva de Brian Butch colocou Nezinho duas vezes na linha de lance livre, aumentando a vantagem para nove pontos. O Brasil voltou a errar dois ataques em sequência, enquanto os EUA acertaram um arremesso de dois pontos e uma outra cesta de três, com Jerome Dyson. A diferença caiu para quatro pontos, mas uma cesta de Benite, no último segundo, fechou o primeiro tempo com 38 a 32 para o time de Magnano.
Uma cesta de três de Marcelinho ampliou a vantagem brasileira logo no início do quarto. Pouco depois, Murilo conseguiu dois pontos e ainda sofreu a falta, muito comemorada pelo time. Na sequência, um lance inusitado: sem ninguém que limpasse a quadra, Nezinho pegou um pano com o juiz e ele mesmo enxugou.
O Brasil seguiu melhor. Murilo em bela enterrada após passe de Marcelinho, e Nezinho, em arremesso dentro do garrafão, abriram 48 a 34 para os brasileiros, muito aplaudidos pela torcida. A seleção chegou a empolgar a torcida e abrir 17 pontos. Em bela infiltrada, Benite fez a bandeja e ainda sofreu a falta, convertendo o lance livre na sequência.
Brasil dorme em quadra, e rival vira
Os EUA iniciaram a reação no fim do terceiro quarto. Diminuíram a vantagem brasileira para oito pontos, muito por um apagão ofensivo da seleção. A coisa piorou quando Justin Dentmon voou em contra-ataque, fez a bandeja e ainda sofreu a falta, convertendo o lance livre na sequência. Ainda assim, o Brasil foi para o intervalo com 61 a 56 no placar.
Os americanos viraram o marcador logo no início do último quarto. Uma cesta de três, acompanhada por um arremesso e um lance extra convertidos por Marcus Lewis levaram os EUA a 62 a 61. A seleção seguiu errando, e, sem marcar pontos, os rivais abriram cinco de diferença, a sete minutos do fim.
À beira da quadra, Rubén Magnano se esgoelava a cada erro brasileiro. Não adiantou. A seleção tentou arremessar de todos os jeitos, e a bola insistiu em não cair. A 1m04s para o fim, Marcelinho cometeu falta em Lance Thomas e os dois se desentendem, criando um princípio de confusão em quadra. Ânimos serenados, o jogo foi reiniciado e, mesmo sob vaias da torcida, os americanos se mantiveram à frente e definiram a vitória: 88 a 77.
BASQUETE FEMINIDO
1]-PORTO RICO - OURO
2]-MÉXICO - PRATA
3]-BRASIL - BRONZE
4]-COLÔMBIA - 4o. LUGAR
Brasil vence a Colômbia e garante o
bronze como prêmio de consolação
Sem esforço, seleção vence disputa pelo terceiro lugar no Pan em jogo
ruim; ouro é das portorriquenhas, que calaram o ginásio e bateram o México
Impossível dizer que serviu para amenizar o desastre do dia anterior. Ainda com a ressaca da derrota para Porto Rico na semifinal, o Brasil, ao menos, fez o seu papel. Diante da fraca Colômbia, a seleção não encontrou sequer um segundo de dificuldade para chegar à vitória por 87 a 48 e assegurar o pódio nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. O gosto da medalha, porém, veio um tanto amargo: ao contrário do ouro esperado, o bronze, que chegou como prêmio de consolação. No fim, um sorriso sem graça no rosto das jogadoras na hora da comemoração.
A medalha de ouro ficou justamente com o algoz do Brasil na semi. Porto Rico voltou a surpreender, silenciou o ginásio e bateu o México por 85 a 67. A seleção portorriquenha, que só tinha vencido duas partidas na história dos Pans, cumpriu uma campanha heroica em Guadalajara.
O jogo do bronze foi um festival de erros dos dois lados. À espera da final entre mexicanas e portorriquenhas, a torcida da casa assistiu a uma partida morna, sem qualquer emoção. Mesmo mal, o Brasil contou com a falta de qualidade das colombianas para ficar com o bronze. Iziane, com 20 pontos, foi a cestinha, com Érika, com 14, de coadjuvante. Leidy Sanchez, com 12, foi a cestinha do outro lado.
- A decepção da derrota de ontem vai me acompanhar por muitos dias. Esse terceiro lugar não vai descer para mim. É fim de temporada, meu corpo já estava cansado, mas meu desempenho até que foi bom – afirmou Iziane após a partida desta terça.
O jogo
A tranquilidade que faltou diante de Porto Rico, a seleção mostrou em excesso no primeiro quarto. Sem pressão, as jogadoras logo abriram 7 a 0 de vantagem contra as colombianas, que pouco conseguiam criar. Se Iziane carregava demais a bola, também acertava a mão nos arremessos. Com dez pontos da ala e uma cesta de Tássia no último lance, a equipe terminou o primeiro quarto com 24 a 11 no placar.
A seleção voltou a desligar o motor no início do segundo quarto. Se não apresentavam sinais de qualidade de jogo, as colombianas ao menos mostrava muito mais vontade de subir ao pódio. À base dos erros brasileiros, as rivais diminuíram a vantagem para cinco pontos: 25 a 20 a favor da equipe de Ênio Vecchi.
Uma cesta de três de Palmira devolveu a tranquilidade e oito pontos de diferença no placar. Os erros, porém, eram gritantes. Dos dois lados. Passes e arremessos errados em nada empolgavam a torcida mexicana, que, em bom número, chegou mais cedo ao ginásio antes da final. A ingenuidade colombiana era maior do que a vontade, e Tássia voltou a colocar o Brasil 13 pontos à frente com uma cesta de três: 33 a 20.
Nos cochilos das brasileiras, as colombianas encostavam, muito pela mão um pouco mais certeira de Leidy Sanchez. Mas o jogo seguia tranquilo, e Ênio Marques se deu ao luxo de segurar Damiris, Iziane e Érika no banco de reservas. Foi sem elas que o Brasil fechou o primeiro tempo com 41 a 30.
Na volta à quadra, as jogadoras seguiram o mesmo roteiro. Os dois lados atuavam mal e erravam muito, mas o Brasil continuava soberano. Aos poucos, a Colômbia se entregou, e, sem fazer força o Brasil já tinha 29 pontos de diferença no placar: 69 a 41.
O último quarto foi dos mais sofríveis. De um lado, as colombianas pareciam enxergar a cesta em outro lugar e erravam praticamente todos os arremessos. Do outro, as brasileiras amoleceram com a facilidade do jogo e começaram a errar passes cada vez mais fáceis. Os únicos aplausos da torcida vieram com a chegada da seleção mexicana à arquibancada.
O jogo, então, virou coadjuvante. Em quadra, brasileiras e colombianas seguiam com seus erros, e a partida se encaminhou para o fim. Com o bronze garantido, as brasileiras apenas esperaram o cronômetro zerar: 87 a 48.
No basquete, Brasil bate Jamaica por 82
de diferença, mas perde Clarissa
A exemplo do que já tinha acontecido na Copa América, jogadora torce o
tornozelo e deixa a quadra carregada; equipe enfrenta a Colômbia no domingo
As meninas de verde-amarelo mal conseguiam trocar dois passes. Corriam desordenadas, se enrolavam com a bola, arremessavam verdadeiros tijolos em direção à cesta. Para alívio da torcida brasileira, quem vestia as cores tradicionais neste sábado era a Jamaica. Se a seleção feminina de basquete sofreu mais do que devia na estreia contra as canadenses, quando venceu por 78 a 53, a segunda rodada foi um passeio. A equipe comandada por Ênio Vecchi apertou a defesa, aproveitou a fragilidade das rivais e aplicou uma surra implacável de 116 a 34. Garantiu a vaga antecipada para as semifinais, mas voltou a levar um susto: a exemplo do que tinha acontecido na Copa América, a pivô Clarissa torceu o tornozelo direito e deixou a quadra carregada, chorando.
O Brasil volta à quadra no domingo, novamente às 13h30m (de Brasília), para enfrentar a Colômbia. Se confirmar a primeira colocação do grupo B, enfrenta o segundo do A na semifinal às 16h de segunda-feira. A final é na terça, às 23h. - Clarissa pisou no pé da companheira Izabela e foi ao chão chorando no quarto período. Saiu carregada para o banco e deixou a quadra de maca. Foi o mesmo azar que ela deu na estreia da Copa América, no mês passado, quando machucou o mesmo pé na estreia contra o Paraguai.
Iziane celebra volta à seleção brasileira e
lembra: 'Não estava sem fazer nada'
Após estreia em Guadalajara, ala afirma que time do Brasil mudou para
melhor e explica ausência na Copa América da Colômbia, no mês passado
Iziane foi a principal personagem da vitória do Brasil por 78 a 53 sobre o Canadá, nesta sexta-feira, na estreia da equipe feminina de basquete nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Não por sua atuação em quadra, mas porque a competição representou sua volta à seleção depois de pedir dispensa e não disputar a Copa América de Neiva. A ala tentou deixar a polêmica de lado e não mostrou-se incomodada com quem a acusou de ter abandonado o Brasil para defender o Atlanta Dream nas finais da WNBA.
- Muitas vezes as pessoas têm só uma parte da informação e não entendem. Eu não estava em casa sem fazer nada. Estava disputando a final da WNBA pelo clube da qual sou contratada. Não fico chateada com o que dizem, porque as pessoas não sabem de tudo - argumentou, sem querer entrar no mérito da companheira de equipe Erika, que disputou a competição na Colômbia.
Mesmo assim, Iziane mostrou-se satisfeita por retornar à seleção, afirmando que encontrou um ambiente mais propício para trabalhar e dar seguimento à sua trajetória vestindo a camisa do Brasil.
- Estou muito feliz com essa volta. O time está com mais cara de Brasil, com um treinador que não tira as características do nosso basquete e coloca mais agressividade em quadra - observou.
Após ouro no Rio, Marreco garante o
bronze no wakeboard em Guadalajara
Paulista faz bonito neste sábado e sobe no pódio no Pan do México
O brasileiro Marcelo Marques Giardi, o Marreco, garantiu neste sábado a medalha de bronze na disputa do wakeboard, do esqui aquático dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México. O paulista, que conquistou a medalha de ouro desta prova durante o Pan do Rio, em 2007, somou 65,90 e garantiu o terceiro lugar na competição deste ano.
O americano Andrew Scott Adkison, que somou 80 pontos, ganhou a medalha de ouro. A prata foi para o canadense Aaron Christopher, que obteve 72,67 pontos. Nesta competição, onde o atleta usa uma prancha, a avaliação é feita a partir da execução e dificuldade das manobras, pela altura dos saltos e pela variedade de movimentos. - O Brasil ainda pode conquistar mais duas medalhas no esqui aquático em Guadalajara. Neste domingo, Juliana Negrão e Felipe Neves disputam as finais slalom de suas respectativas categorias.
Reinaldo Colucci é ouro no Pan e põe
'um pé e meio' nos Jogos de Londres
Triatleta vence prova em Puerto Vallarta e garante vaga olímpica para o Brasil
Quando caiu para sétimo lugar durante a prova de ciclismo, Reinaldo Colucci viu as chances de medalha em Puerto Vallarta diminuirem. Mas ainda havia fôlego para mais. Durante a corrida, o paulista assumiu a dianteira, deixou os rivais para trás e conquistou o ouro na prova masculina de triatlo dos Jogos Pan-Amerincanos, com 1h48m02s. De quebra, assegurou uma vaga para o Brasil nas Olimpíadas de Londres, no ano que vem. O americano Manuel Huerta (1h48m09s) levou a medalha de prata, enquanto o canadense Brent Mchamon ficou com o bronze (1h48m23s).
Outros dois brasileiros na prova, Diogo Martins fechou em quinto, enquanto Bruno Matheus foi o 14º. Com a primeira colocação, Colucci garantiu uma vaga para o Brasil na modalidade para as Olimpíadas de 2012.
- A vaga é do Brasil, é um critério direto. Eu só perco a minha vaga se outro triatleta brasileiro ficar no top 5 de uma das etapas do Circuito Mundial. Então, eu já posso comemorar. A vaga é 90% certa. Estou com "um pé e meio em Londres" - declarou Reinaldo.
Durante a corrida, Colucci ignorou o calor e apertou o ritmo. Com a proximidade da vitória, ele se concentrou em defender a liderança.
- Acho que foi a emoção. Eu não estou inteiro. Quando você ganha, o cansaço vai sumindo.
- Acho que foi a emoção. Eu não estou inteiro. Quando você ganha, o cansaço vai sumindo.
Com a medalha de ouro no peito, o triatleta paulista só quer saber de comemorar. Antes de voltar para casa, porém, Colucci avisa que vai ficar na torcida pelos atletas brasileiros.
- Eu fico aqui no México até quinta-feira e agora vou comemorar com a minha esposa. Quero prestigiar alguns eventos, como o atletismo, que eu gosto muito. Eu quero curtir agora - encerrou.
Bronze no hipismo CCE coloca os
cavaleiros do Brasil em Londres-2012
Americanos e canadenses garantem primeira e segunda colocações
A equipe brasileira do Concurso Completo de Equitação (CCE) ficou em terceiro lugar neste domingo, na competição disputada no Clube Hípica, em Zapopan, no México. O bronze nos Jogos Pan-Americanos conquistado por Marcelo Tosi, Jesper Martendal, Marcio Jorge, Serguei Fofanoff e Ruy Fonseca valeu a classificação para as Olimpíadas de Londres, em 2012. Os americanos faturaram a medalha de ouro, e canadenses levaram a prata.
Dois cavaleiros da atual equipe também já conquistaram medalhas em Pan-Americanos anteriores. Em Winnipeg/1999, Marcelo Tosi e Serguei Fofanoff ganharam prata, também na categoria por equipes. Fofanoff também já provou o gostinho de ouro, sendo campeão da mesma modalidade, nos jogos de Mar del Plata/1995. No Rio, em 2007, o CCE também ganhou o bronze, porém com outros representantes: André Paro, Carlos Paro, Fabrício Salgado, Renan Guerreiro.
Brasil sofre apagão, perde a final do
handebol e fica distante de Londres
Seleção esbarra no goleiro argentino, passa nove minutos sem marcar
na volta do intervalo e fica com a medalha de prata nos Jogos de Guadalajara
Há quatro anos, foi um tumulto. Na tensa decisão do Pan do Rio, com direito a pancadaria no ginásio, o Brasil arrancou o título, e os argentinos prometeram vingança. Dito e feito. Na noite desta segunda-feira, em Guadalajara, os hermanos tiveram no goleiro Matias Schulz um herói. Foi ele que ergueu um paredão no segundo tempo e garantiu uma vitória dramática dos hermanos por 26 a 23 na final. A derrota brasileira rende uma prata amarga e adia o sonho da vaga nos Jogos de Londres-2012. Enquanto a Argentina carimba seu passaporte, resta ao Brasil a última chance da classificação no Pré-Olímpico mundial do ano que vem, missão bem mais difícil que vencer os Jogos Pan-Americanos.
Schulz foi o símbolo da vitória argentina nesta segunda. O Brasil chegou a abrir 12 a 8, mas sofreu um apagão na volta do intervalo e ficou nove minutos sem conseguir furar o bloqueio do goleiro, que vibrava muito a cada defesa e incendiava seu time a caminho do ouro.
O Brasil começou bem, mas os argentinos logo equilibraram o placar. Com um gol de Diego Simonet, os hermanos cortaram o placar para 5 a 4. Logo depois, no tiro de sete metros, veio o empate com a pontaria certeira de Fernández. Nervosos, os brasileiros viram o rival fazer o gol da virada e pareciam desencontrados em quadra. Levou pouco tempo, no entanto, para a equipe verde-amarela acalmar os ânimos. Quando Tupã foi excluído por dois minutos, o Brasil vencia por 11 a 7. Nos 12 a 10, Gil desequilibrou um adversário na hora da finalização, e a seleção voltou a ficar com um a menos. A Argentina aproveitou e virou para 13 a 12.
O Brasil ainda arrancou o empate no finzinho, mas os hermanos tiveram uma última chance antes do intervalo e aproveitaram. Fernández, já com o cronômetro zerado, cobrou um tiro direto e furou a barreira verde-amarela para fazer 15 a 14. Na saída para o vestiário, festa dos torcedores argentinos, que agitavam suas bandeiras na arquibancada.
O lance de efeito foi um duro golpe para o Brasil, que mergulhou num apagão ao voltar para o segundo tempo. A seleção ficou nove minutos sem marcar, e o placar, que era de 12 a 8 a favor, pulou para 19 a 14 contra. Aos 9m12s, saiu o gol de Henrique, finalmente furando o paredão do goleiro Schulz.
Quando o ouro já escorria pelos dedos, a equipe verde-amarela se reencontrou em quadra. Na marca de 21 minutos, a diferença no placar voltou para três gols. Tupã cortou para dois, mas Jackson foi excluído por dois minutos e aumentou o drama brasileiro. Borges ainda perdeu um tiro de sete metros a seis minutos do fim. Dali em diante, foi um jogo de gato e rato. Mas os hermanos tiveram calma suficiente para segurar a vantagem e comemorar o título. Quatro anos depois, está sacramentada a vingança.
Por Orady Vieira
Curitiba/Pr
Nenhum comentário:
Postar um comentário