30/11/2011
I N F O R M A:
CONTAGEM REGRESSIVA
PARA COPA DO MUNDO
BRASIL///2014
FALTAM '924 = D I A S'
BlogSports = Um Jeito Diferente de Focalizar e Falar de
S P O R T S
13/11/2011 - 15h29
FOTOS: as imagens das Olimpíadas
Universitárias 2011
Confira os melhores ângulos das oito modalidades esportivas
que agitaram Campinas (SP) de 4 a 13 de novembro
1 de 14 fotos
slideshowParapan tem festa de abertura com
homenagem e folclore mexicano
Puxados por André Brasil, atletas brasileiros prestigiam evento e exibem maior delegação da competição, superada em aplausos apenas pelos donos da casa
No céu negro da noite de Guadalajara, a lua brilhou solitária. Neste sábado, todas as estrelas desfilaram pela pista do Estádio de Atletismo. Diante dos milhares de mexicanos que lotaram as arquibancadas, mais de mil atletas exibiram as cores de seus países na abertura dos Jogos Parapan-Americanos. Em uma bela festa marcada por homenagens e embalada por muita música, a maior competição paradesportiva do continente foi oficialmente iniciada.
Assim que as luzes do estádio se apagaram, foi respeitado um minuto de silêncio seguido de salvas militares. Na última sexta-feira, um acidente aéreo ao sul da Cidade do México fez sete vítimas fatais, dentre elas o Ministro do Interior do país, Francisco Blake Mora. As bandeiras do estádio ficaram a meio mastro.
Após a execução do Hino Nacional local, as delegações entraram em cena. O nadador André Brasil, porta-bandeira, abriu passagem para os 221 compatriotas que o seguiram. O mar de casacos amarelos mostrava a maior equipe nacional de toda a competição.
Após a execução do Hino Nacional local, as delegações entraram em cena. O nadador André Brasil, porta-bandeira, abriu passagem para os 221 compatriotas que o seguiram. O mar de casacos amarelos mostrava a maior equipe nacional de toda a competição.
O público participou ativamente da celebração, e se superou nos aplausos a cada novidade que via. O Haiti, com apenas dois esportistas, foi fortemente saudado. O time peruano, que foi puxado por um casal de esportistas dançarinos com vestimentas típicas, também fez sucesso. Mas nada comparado ao desfile dos anfitriões. Quando os mexicanos foram anunciados pelo sistema de som, os gritos de apoio foram ensurdecedores. Com sombreros na cabeça, os donos da casa fizeram justiça ao espetáculo e iluminaram ainda mais a noite, que teve ainda apresentações de cantores locais e grupos de dança folclórica, com mariachis e charros (espécie de vaqueiros).
Governantes e autoridades fizeram seus discursos – legendados em inglês em dois telões e traduzidos simultaneamente na linguagem de sinais para deficientes auditivos - e enalteceram a importância do evento como impulsor da transformação da cidade e do estado de Jalisco. Mais ainda, colocaram o esporte como uma das principais ferramentas de inclusão social e disseminação de ideias como o respeito e a igualdade.
Nenhum dos presentes tinha a menor dúvida disto.
Andrew Parsons: custo benefício das instalações
Governantes e autoridades fizeram seus discursos – legendados em inglês em dois telões e traduzidos simultaneamente na linguagem de sinais para deficientes auditivos - e enalteceram a importância do evento como impulsor da transformação da cidade e do estado de Jalisco. Mais ainda, colocaram o esporte como uma das principais ferramentas de inclusão social e disseminação de ideias como o respeito e a igualdade.
Nenhum dos presentes tinha a menor dúvida disto.
Com festa, fogos e rock, Guadalajara se
despede e passa bola para Toronto
Jane Karla leva a bandeira brasileira no encerramento; vídeo trava nos telões
As delegações não estavam completas, mas as aquibancadas do Estádio de Atletismo voltaram a lotar neste domingo para receber os atletas que disputaram os Jogos Parapan-Americanos de 2011. Após oito dias de competições, Guadalajara saudou os atletas com música, fogos de artifício e vídeos emocionantes – um deles, porém, travou. Após declarar o evento oficialmente fencerrado, o o governador de Jalisco, Emilio González Márquez passou a bola para Toronto, no Canadá, sede da disputa em 2015.
Coube a Jane Karla, medalhista de ouro do tênis de mesa, carregar a bandeira do Brasi. Muito emocionada, a goiana cumpriu o dever e abriu caminho para a animada delegação verde e amarela. Com todos os esportistas já acomodados, a velocista Terezinha Guilhermina, agora representante do Comitê Paraolímpico das Américas, subiu ao palco central para participar da premiação da maratona masculina na categoria T54. O vencedor da prova foi o mexicano Aaron Gordian Martinez e, para alegria dos presentes, o Hino Nacional do país foi executado pela segunda vez na noite.
Vários vídeos emocionantes mostrando os bastidores das competições e da organização foram exibidos nos telões. O clipe com o resumo de todos os dias de competição, porém, travou parcialmente em diversos momentos e ficou longe de ter o efeito esperado.
A falha foi rapidamente esquecida pelos presentes com uma bela apresentação de um coral de crianças. Quando as vozes infantis acabaram que cantar “Cielito lindo”, a chama Parapan-Americana se apagou, e os suspiros foram seguidos de aplausos calorosos. Ao som do rock romântico da banda Moderato, Guadalajara se despediu, já com saudades.
Confira o quadro de medalhas
do Parapan de Guadalajara-2011Com 81 ouros, o Brasil é bicampeão dos jogos
Confira o quadro de medalhas
do Parapan de Guadalajara-2011Com 81 ouros, o Brasil é bicampeão dos jogos
'Rainha das Américas' retorna do
Parapan com ouro no peito
Goiana Jane Karla Rodrigues faturou o título em Guadalajara e conquistou pela terceira vez seguida o troféu de melhor atleta do continente
Jane Karla Rodrigues já pode matar a saudade dos filhos Lucas, 12, e Letícia, 9. Foram três semanas longe de casa, mas a ausência foi recompensada com mais uma brilhante conquista na vida vencedora. O simples fato de se tratar de um esporte paraolímpico já se refere a um caso de superação, mas a história de Jane vai muito além. A atleta goiana retornou do México após ajudar o Brasil e ser o líder no quadro de medalhas dos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara.
Aos 36 anos, a jogadora conquistou a medalha de ouro no tênis de mesa, na classe 8. Jane Karla, que já tinha conquistado duas medalhas de ouro no Parapan do Rio, em 2007, teve poliomielite aos três anos de idade. A doença prejudicou os movimentos dos membros inferiores e superiores de Jane, mas nem por isso o sonho de ser atleta foi deixado de lado.
- Eu me lembro que na escola eu tinha vontade de praticar esporte, porém, não podia. Notava as outras crianças brincando, mas nunca desisti. Com muito esforço, principalmente de minha mãe, eu consegui recuperar os movimentos. Então um dia eu fui convidada pela Associação dos Deficientes Físicos do Estado de Goiás (ADFEGO) para praticar esportes. Joguei basquete, vôlei para sentados, e me apaixonei pelo tênis de mesa logo na primeira raquetada – lembra Jane Karla.
A superação não seria possível sem o esforço da mãe, Maria Helena, que inclusive decidiu não ter mais filhos para se dedicar apenas à recuperação da futura campeã.
- Minha mãe fez de tudo. Até mesmo aprendeu a fazer fisioterapia, porque não tinha condições de me levar para o tratamento. Mas ela comprava pequenos sacos de areia para que eu pudesse fazer força e melhorar os movimentos. Também me fazia massagens para estimular meus músculos. Lembro perfeitamente de tudo – conta a campeã parapan-americana.
Luta contra o câncer
Ao completar sete anos de carreira no meio do ano passado e de já ter sido reconhecida por ter superado várias batalhas na vida, Jane Karla recebeu a notícia de que teria que lutar contra seu adversário mais difícil: o câncer de mama. Ao sentir um pequeno incômodo no seio, a goiana decidiu fazer os exames de prevenção contra o câncer, pois a mãe, Dona Maria Helena, já lutava contra a doença.
- Eu não me sentia bem e decidi procurar vários médicos. O primeiro, inclusive, chegou a dizer que o problema era a falta de hormônio. Imagine se eu tivesse tomado hormônio? Meu quadro seria bem mais grave hoje em dia. Mas não desisti de fazer vários exames, até que descobri que estava com câncer de mama.
Jane Karla descobriu a doença em tempo hábil para começar e finalizar com sucesso o tratamento. A atleta, que já estava focada nas Paraolimpíadas de Londres (2012), passou por duas cirurgias para a retirada do tumor e, em seguida, iniciou as sessões de quimioterapia e radioterapia. Entretanto, nem mesmo o tratamento impediu o prosseguimento da carreira vitoriosa.
- Foi uma loucura. Eu quis jogar entre duas sessões de quimioterapia porque era um torneio importante e eu me preparava para o Mundial. Graças Deus deu tudo certo – diz Jane.
Curada do câncer de mama, a atleta faz um alerta a todas as mulheres.
- Muitas mulheres se assustam com a doença e têm medo de fazer o exame de prevenção com medo de que algum problema grave seja constatado. Esse é o grande risco. Muitas mulheres perdem a vida por causa disso. Mas se a prevenção for feita, é possível fazer o tratamento com eficácia – alerta.
Liberada pelos médicos em abril, a mesatenista voltou aos treinamentos e passou por uma rotina intensa de trabalho. A conquista da medalha de ouro em Guadalajara foi reconhecida pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro, que convidou Jane para ser a porta-bandeira do Brasil na cerimônia de encerramento do Parapan.
Jane Karla ganhou também o troféu de Melhor Atleta das Américas, dado pela Confederação Internacional de Tênis de Mesa. A conquista rendeu à jogadora o título de ‘Rainha das Américas’, dado carinhosamente pelos membros da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa. Nesta quarta-feira, Jane e todos os medalhistas brasileiros nos Jogos Paranpan-Americanos serão recepcionados pela presidente Dilma Rouseff, em Brasília.
Londres 2012
- Nós sempre temos objetivos e sonhos e temos que acreditar neles. Meu sonho é conquistar uma medalha olímpica no ano que vem - afirma Jane Karla.
Em no máximo dez dias, o ‘descanso’ da atleta será interrompido por mais uma dura jornada de treinamentos. A mesatenista goiana vai começar a preparação para os Jogos Paraolímpicos de Londres, no ano que vem. Sem patrocínio fixo, a jogadora e o treinador precisam de apoio para disputar as competições mais importantes de preparação para os jogos.
A vaga em Londres foi garantida com o título pan-americano. O treinador, Joachim Gögel, de 38 anos, certamente já traça os planos para a próxima temporada. Sintonia a dupla tem de sobra. Gögel é alemão e se mudou para o Brasil por causa de uma pessoa especial: a esposa Jane Karla.
Os dois se conheceram na Alemanha, quando o técnico deu aulas para a seleção brasileira antes das Paraolimpíadas de Pequim, em 2008. Quando Jane retornou ao Brasil, manteve contato com Joachim Gögel, mesmo contra todas as adversidades.
- Nós conversávamos pela internet, mas eu tinha que usar o tradutor, já que não entendia nem alemão e nem inglês. Ele se esforçou muito para aprender o português. Então nós começamos a namorar e nos casamos há 2 anos – conta Jane Karla.
A experiência do ‘técnico-marido’, que trabalha no tênis de mesa há 21 anos, é fundamental para o sucesso de Jane. Mas, quando a atleta elogiava seu treinador, o diálogo foi imediatamente interrompido.
- A programação pode até ser boa, mas se a atleta não for, não adianta nada (risos) – disse Joachim Gögel.
Criterioso, o treinador anota todos os passos da aluna e alterna a programação entre treinos técnicos e físicos. Em Pequim (2008), Jane Karla ficou na quinta colocação. A principal ameaça no momento atende pelo nome de Thu Kamkasomphu, uma francesa que não perde há três anos. Mas Joachim Gögel está confiante em um bom resultado nas Paraolimpíadas de Londres.
- Ela (Jane Karla) já conseguiu vencer uma etapa do Circuito Mundial de Tênis de Mesa, em setembro, na República Tcheca, o que mostra que está em alto nível. Vamos trabalhar forte para conquistar um grande resultado no ano que vem – afirma Joachim Gögel.
Com quatro ouros, goiano crê em
melhora no esporte paraolímpico
Vanilton Filho voltou do Parapan de Guadalajara com quatro medalhas douradas, e uma de bronze, e reforça: 'Talentos nós temos, basta apoio'
Vanilton Filho foi para o Parapan-Americano de Guadalajara, no México, da mesma forma como iniciou na natação: sem grandes pretensões. Com apenas 18 anos, os olhos estavam todos voltados para nadadores como Clodoaldo Silva, Daniel Dias, e André Brasil. Entretanto, o goiano não se intimidou e, com quatro ouros e um bronze, colocou seu nome como grande promessa da natação paraolímpica brasileira.
O nadador nasceu sem a parte superior do fêmur direito, e compete na classe S9. A preparação para o Pan foi feita em uma academia particular que, segundo ele, lhe deu toda a estrutura para competir em alto nível no México. As cinco medalhas renderam não só o orgulho e a alegria pelos resultados obtidos, mas também a esperança de uma nova realidade na modalidade.
- O esporte paraolímpico está começando a crescer, é claro que não tem o espaço que o esporte olímpico tem, mas agora está começando a desenvolver. Já estamos atrás de apoio, vamos tentar uma ajuda do governo. A nossa meta é as olimpíadas, 2016 está aí, e temos tudo para fazer bonito, mas tem que ter um apoio maior – afirmou o jovem goiano.
A procura por melhores condições de treinamento pode levar Vanilton Filho para Uberlândia-MG. Isso porque os resultados em Guadalajara lhe renderam um convite do Praia Clube, para se juntar à equipe mineira a partir de 2012. O goiano não esconde o desejo de ficar em Goiânia, ao lado da família, e continuar treinando com o treinador Isaías Júnior, mas ainda não decidiu seu futuro. O certo é que Vanilton quer continuar a ser um exemplo para o esporte paraolímpico, e propiciar ainda mais o surgimento de novos atletas.
- Com um ou dois atletas dando o resultado o governo pode mudar o tratamento dado ao esporte, então tomara que isso dê um empurrão pra poder conseguir o apoio correto que a gente tem que ter pra que não forme só um atleta, ou dois. Tem que ser dez, 20, 30 atletas, porque talento a gente tem, e temos muitos – reforçou o campeão.
Além das expectativas
A trilha de Vanilton Filho rumo ao prestígio no Parapan-Americano de Guadalajara começou com o bronze nos 100m borboleta. Até aí estava tudo dentro do planejamento. Mas em seguida vieram quatro ouros, todos no estilo livre, nos 50m, 100m e 400m, e revezamento 4x100m, ao lado de Daniel Dias, André Brasil e de Phelipe Andrews. O goiano não esconde que o ótimo desempenho foi surpreendente.
- Eu esperava ter um bom desempenho, mas jamais como foi. Foi acima das expectativas, esperava ter alguns bronzes. Mas a gente não deixar de sonhar nunca. À medida em que foi passando os resultados, eu fui gostando da competição, e consegui os resultados. Eu já estava bem apto para brigar pelas medalha de ouro – admitiu.
Vanilton disputará no início de dezembro o campeonato brasileiro, onde espera conseguir o índice para as Paraolimpíadas de Londres, em 2012. O goiano está confiante em conseguir a classificação.
- Isso é um sonho, mas nada é impossível. Eu conversei com o meu técnico, nós traçamos nossas metas, ele falou que tenho condições, agora é focar nos treinos - avaliou.
saiba mais
Convivência com ídolos
Em seu primeiro Parapan, Vanilton teve a oportunidade de conviver com grandes nomes da natação paraolímpica brasileira. Em Guadalajara, o destaque foi Daniel Dias, que conquistou incríveis 11 medalhas de ouro. No ranking de maiores medalhistas das piscinas, André Brasil veio em seguida. Mas, segundo o goiano, quem mais o impressionou foi Clodoaldo Silva, que voltou do México com duas medalhas de ouro, e quatro de prata.
- É sempre muito bom trocar experiências com essas pessoas. O Clodoaldo é uma pessoa incomparável, ele está do seu lado sempre pra apoiar, eu o admiro demais, como pessoa, como atleta, todos são ótimos nadadores. O pessoal dá muita força pra gente que está começando agora, eles sabem do potencial, e tentaram passar a experiência que têm – revelou o nadador.
Delegação brasileira fará aclimatação
para os Jogos de 2012 em Manchester
Até cozinheiros serão 'importados' para que os atletas se sintam em casa
Com a missão cumprida em Guadalajara, o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) volta o foco totalmente para as Paraolimpíadas de 2012. E para subir da 9ª colocação em Pequim para o almejado 7º lugar no quadro geral em Londres, o CPB está investindo pesado na preparação verde e amarela e levará a delegação inteira, dez dias antes da abertura da Vila paraolímpica, para Manchester. Apenas a vela, por questões logísticas, e o hipismo, que treinará na França, não utilizarão a estrutura da cidade.
No México, o Brasil conquistou vagas diretas para as Paraolimpíadas de 2012 em quatro modalidades: basquete feminino, goalball (masculino e feminino), tênis de mesa (10 atletas) e vôlei sentado masculino. Em outras, os competidores somaram pontos para o ranking de suas respectivas federações internacionais. Ao todo, incluindo os esportes que não fazem parte do programa do Parapan, o país já tem 104 vagas garantidas em Londres, sem contar com a natação e o atletismo, que devem ser os carros-chefes.
- Esperamos estar com 19 das 20 modalidades em Londres (rugby em cadeira de rodas não possui mais chance disputar a competição), e todos os coordenadores já visitaram instalações usadas nos Jogos da Commonwealth de 2002 para um ajuste fino. Está tudo novinho ainda. Conhecemos o modelo do COB e o Crystal Palace (local que será utilizado para treinamento brasileiro nas Olimpíadas), e ficou evidente para nós que o ganho que teríamos ali seria pouco em comparação a outras iniciativas utilizando os mesmos recursos. Em Manchester o Brasil terá uma ótima estrutura à disposição.
Para deixar a delegação se sentindo em casa, até cozinheiros brasileiros serão levados para a Inglaterra. No total, a operação deverá custar cerca de 12 milhões de reais, incluindo os gastos com o período de preparação, o aluguel das instalações e a competição em si. A Lei Agnelo/Piva será responsável pelo fornecimento da maior parte deste montante, mas o CPB aguarda ainda a aprovação de outros projetos e de apoio da iniciativa privada.
Além das medalhas, brasileiros levam
sombreros e lembranças na bagagem
Atletas do tiro com arco levam 'um pedaço' da prova para casa
Junto com as 197 medalhas conquistadas nos Jogos Parapan-Americanos, os atletas brasileiros levarão na bagagem de volta várias lembranças das duas semanas que passaram em Guadalajara. Além das fotos e de broches e uniformes trocados com colegas e adversários de outras delegações, alguns aproveitaram para levar recordações típicas mexicanas ou até mesmo “um pedaço” das provas que disputaram.
Alguns esportistas usaram o pouco tempo livre que tiveram na cidade para conhecer mercados populares. Vários atletas compraram sombreros (chapéus típicos mexicanos), e alguns deles já os usaram na cerimônia de encerramento deste domingo.
- Romildo (nadador) chegou todo feliz com o chapéu, botou na cabeça e ficou ridículo. O que podemos fazer? Como costumamos brincar, bom gosto é igual perna: tem gente na delegação que não tem – disse Daniel Dias.
A tequila, bebida originária do estado de Jalisco, onde fica Guadalajara, também será levada como presente para o Brasil. Alguns esportistas compraram mini garrafas para dar para familiares e amigos.
No tiro com arco, que pela primeira vez integrou o programa do Parapan, os brasileiros preferiram levar “um pedaço” da prova como recordação. Luciano Rezende e Diogo Rodrigues pegaram as placas com o nome e a bandeira do país que indica para os torcedores quem é cada competidor e recolheram assinaturas e mensagens de técnicos e arqueiros adversários.
- É algo que mostra esse momento, que vai sempre nos fazer lembrar do que aconteceu aqui – disse Luciano.
20/11/2011
Confira o quadro de medalhas
do Parapan de Guadalajara-2011
Disputas vão até o dia 20 de novembro
Brasil fecha Parapan na liderança do
quadro e vai com moral para Londres
País quase alcança número de ouros do Parapan do Rio, em 2007, aumenta aproveitamento e só não conquista medalha no tiro com arco
O recorde não veio, mas a quantidade foi substituída pela qualidade. Segundo a avaliação do presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), Andrews Parsons, e do chefe de missão Edilson Tubiba, as conquistas verde e amarelas nos Jogos Parapan-Americanos de 2011 foram a prova da evolução do esporte paraolímpico rumo a um resultado expressivo nas Paraolimpíadas de Londres. Apesar do número absoluto de medalhas e ouros ter sido inferior ao do Parapan do Rio, a dupla apresentou dados percentuais para mostrar que o aproveitamento foi superior. O fato é que, em Guadalajara, o Brasil encerrou, pela primeira vez longe de casa, uma competição multidesportiva em primeiro lugar.
Ao todo, foram conquistadas 197 medalhas (81 ouros, 61 pratas e 55 bronzes) em Guadalajara. Proporcionalmente, o número de vezes em que o Brasil saiu vitorioso foi maior do que no Rio de Janeiro. Em 2007, os 83 ouros faziam parte de um total de 228 medalhas. Os Estados Unidos e o México foram o segundo e terceiro colocados, respectivamente.
- Pela primeira vez saimos por cima em uma competição de altissimo nível fora de casa, deixando EUA e México bem para trás. Das 13 modalidades do programa, nós só não medalhamos no tirco com arco, que estreou aqui, e fomos ouro em nove esportes, sendo primeiro colocado geral em seis. O Parapan era o principal evento do ano e peça chave na preparação para Londres. Dos quatro objetivos estabelecidos no início da nossa gestão (1º lugar no Parapan de Guadalajara, 7º nas Paraolimpíadas de Londres, 1º no Parapan de Toronto e 5º nas Paraolimpíadas do Rio), já atingimos o primeiro com sobras. Foi um trabalho muito bem feito, e cumprimos nossa missão – disse Parsons.
Com os bons resultados obtidos por jovens valores em diversos esportes, Tubiba fez questão de ressaltar o planejamento a longo prazo do Comitê, com foco na renovação das delegações. Atletas como Vanilton Filho, Talisson Glock e Caio de Oliveira, da natação, Thierb Siqueira e Marivana Olveira, do atletismo, e Natalia Mayara, do tênis em cadeira de rodas, foram alguns dos citados como exemplo da nova geração.
- Investimos seis meses no início da gestão no planejamento. Pesquisamos o mundo inteiro, fizemos reuniões, vimos onde tinhamos condições de buscar medalhas mais rápido e investimos em jovens. Até pouco tempo usávamos um criterio subjetivo para chamar os jovens. Hoje todos conseguiram vaga através de um critério técnico, e eles provaram o merecimento ao conquistarem medalhas. No Rio, com delegação total maior, tínhamos 33 atletas com idade inferior a 21 anos. Aqui temos 45. Em 2016, eles vão chegar com 25, 26 anos. Temos uma equipe muito jovem e já com um bom resultado técnico.
Os carros-chefes
A natação foi o esporte que mais arrebatou medalhas: foram 85, sendo 33 de ouro. Daniel Dias se consagrou como principal nome das piscinas e subiu 11 vezes no topo do pódio, quatro delas em revezamentos. André Brasil conquistou seis ouros, e três jovens rapazes mostraram que podem dar continuidade ao legado dos ídolos. Vanilton Filho, Talisson Glock e Caio de Oliveira, caçulas da delegação, venceram pelo menos uma prova em suas respectivas classes. No feminino, Joana Neves, a Joaninha, ganhou quatro medalhas de ouro e se colocou como um dos principais nomes da modalidade ao lado de Edênia Garcia.
A natação foi o esporte que mais arrebatou medalhas: foram 85, sendo 33 de ouro. Daniel Dias se consagrou como principal nome das piscinas e subiu 11 vezes no topo do pódio, quatro delas em revezamentos. André Brasil conquistou seis ouros, e três jovens rapazes mostraram que podem dar continuidade ao legado dos ídolos. Vanilton Filho, Talisson Glock e Caio de Oliveira, caçulas da delegação, venceram pelo menos uma prova em suas respectivas classes. No feminino, Joana Neves, a Joaninha, ganhou quatro medalhas de ouro e se colocou como um dos principais nomes da modalidade ao lado de Edênia Garcia.
O atletismo conquistou dois ouros a mais do que no Rio de Janeiro (27 a 25) com direito a recordes mundiais de Daniel Silva nos 400m da classe T11 e de Yohansson Ferreira, nos 200m da T45. Terezinha Guilhermina e Lucas Prado foram os cegos mais rápidos nos 100m, e Rosinha Santos voltou à seleção em grande estilo, com o bronze no lançamento de peso e o ouro no lançamento de disco. Thierb Siqueira e Marivana Oliveira foram destaque entre os novos valores.
No tênis de mesa, a seleção encheu a sacola. Foram 12 medalhas de ouro - sendo três femininas e três por equipes-, seis de prata e seis de bronze. Jane Karla, vencedora na classe 7-9, ainda foi escolhida para ser a porta-bandeira do Brasil na cerimônia de encerramento.
As decepções
Enquanto as meninas do basquete em cadeira de rodas superaram o México, levaram o bronze e a vaga para os Jogos de Londres, o time masculino foi derrotado por Argentina, Estados Unidos e México. Com apenas a quinta colocação geral, não poderá disputar as Paraolimpíadas.
As decepções
Enquanto as meninas do basquete em cadeira de rodas superaram o México, levaram o bronze e a vaga para os Jogos de Londres, o time masculino foi derrotado por Argentina, Estados Unidos e México. Com apenas a quinta colocação geral, não poderá disputar as Paraolimpíadas.
O tênis em cadeira de rodas, que no Rio levou dois ouros no masculino – duplas e com Mauricio Pomme no individual – e uma prata com a dupla feminina, conquistou apenas a medalha de bronze com Pomme e Carlos Alberto dos Santos, mais conhecido como Jordan, nas duplas.
Superação
Jady Martins começou a pedalar no início de 2011 e, com alguns meses de treino, conseguiu ser convocada para o primeiro Parapan da carreira. Em Guadalajara, no ciclismo de estrada misto, a paranaense teve um pneu furado, mas voltou para a disputa. Quando terminou a prova não tinha ideia do próprio feito. Com o resultado confirmado pelos organizadores, viu que tinha levado a medalha de prata.
Jady Martins começou a pedalar no início de 2011 e, com alguns meses de treino, conseguiu ser convocada para o primeiro Parapan da carreira. Em Guadalajara, no ciclismo de estrada misto, a paranaense teve um pneu furado, mas voltou para a disputa. Quando terminou a prova não tinha ideia do próprio feito. Com o resultado confirmado pelos organizadores, viu que tinha levado a medalha de prata.
No vôlei sentado, o Brasil estreou com derrota para os Estados Unidos no tiebreak. Na decisão, a equipe brasileira deu a volta por cima e se vingou dos algozes da primeira fase com estilo. A vitória por 3 sets a 1, de virada, teve passeio verde e amarelo nas duas últimas parciais.
Vanilton Filho conquista seu quarto ouro
no Parapan de Guadalajara
Nadador goiano subiu mais alto no pódio na disputa dos 100 metros livre da classe S9 e encerra seu primeiro Parapan com cinco medalhas
Quatro medalhas de ouro em sua estreia em Jogos Parapan-Americanos. Foi esse o feito do goiano Vanilton Filho, de 18 anos, que venceu ontem a prova dos 100 metros livre da classe S9 e chegou à sua quarta medalha dourada em Guadalajara, no México. E é apenas a estreia do nadador no evento. Neste sábado, com o tempo de 1min00s03, Vanilton deixou para trás o mexicano Arturo Larraga, 2º colocado com 1min01s41. O brasileiro Matheus Silva foi bronze na prova, com o tempo de 1min03s81.
Vanilton Filho, que entre os colegas é chamado de Cielo Goiano , em referência ao nadador campeão olímpico e mundial, encerra o Parapan em sua estreia no evento com coleção de cinco medalhas. Além do ouro nos 100 metros livre da classe S9, ele venceu as provas de 50 metros, 400 metros e revezamento 4x100 metros, todas na modalidade livre. O goiano ainda foi bronze nos 100 metros borboleta. Ele, que tem o movimento das pernas comprometido, já é considerado uma revelação do esporte paraolímpico brasileiro.
A partir de agora, o nadador deverá se dedicar ao aprimoramento dos 100 metros livre, já que tem chance de integrar a equipe do revezamento 4x100 nas Paraolimpíadas de Londres, no ano que vem.
Josilene
No halterofilismo, faltou pouco para a goiana Josilene Alves Ferreira, de 42 anos, conquistar a medalha de bronze no Foro de Halterofilia. Na categoria 67,5 kg a 82,5 kg, a brasileira levantou o peso de 105 kg e ficou na quarta posição. A vencedora foi a mexicana Perla Barcenas, de 30 anos, que suspendeu a marca de 140 kg. As outras brasileiras da prova, Márcia Menezes e Edilandia Araújo ficaram em 5º e 6º, respectivamente.
Da troca de pelúcias ao convite para
sair: os bastidores das premiações
Moças que levam as bandejas com as medalhas até o pódio na natação
elegem os brasileiros como os mais simpáticos e André Brasil como muso
Das 14h às 19h, seis moças de vestido, cabelo feito e salto alto se revezam para levar as medalhas da natação até o pódio em Guadalajara. Nos poucos minutos que passam com os atletas entre uma prova e outra, as mexicanas ouvem desde pedidos para troca de broches e bichinhos de pelúcia a convites mais ousados para sair. Desde os Jogos Pan-Americanos no complexo aquático, as estudantes e modelos acumularam histórias para contar.
Todas as entrevistadas elegeram os brasileiros, figurinhas carimbadas no pódio, como os mais simpáticos. De Daniel Dias já ouviram perguntas sobre o cansaço e as dores nos pés pelo salto alto. O paulista, que já ganhou sete ouros no torneio, é um dos pede para trocar os bichinhos de pelúcia que recebe junto com as medalhas. Ele e outros que acumulam vitórias tentam evitar levar mascotes repetidos para casa.
Alguns dos pedidos e das perguntas, porém, não são tão inocentes. Todas, sem exceção, já ouviram elogios e gracinhas e receberam convites para encontros mais informais após o fim das competições.
- Vários nos chamam para sair, e às vezes ficamos um pouco envergonhadas, até mesmo constrangidas. Mas nunca ouvi nada ofensivo. Recebo tudo como um elogios. Um colombiano disse que me convidaria para a festa dos atletas. Estou esperando a confirmação. Se estiver valendo, vou com certeza – disse Karina Ibañez.
As moças dizem que o momento feliz pela conquista torna os competidores mais simpáticos – e mais bonitos também. Na lista dos musos, um brasileiro está bem cotado. André Brasil, que já faturou quatro ouros, é dos colírios mais citados.
- Ele é um moreno muito bonito. Um dos mais bonitos da competição – afirmou uma das meninas que preferiu não se identificar.
Até sábado, último dia de disputa na natação, as moças ainda vão carregar as bandejas com as medalhas em 22 cerimônias de premiação. E ouvir outros tantos pedidos, discretos ou não.
Sem novos mascotes, organização dá
'jeitinho' com broche e minimiza gafe
Bichos de pelúcia entregues aos atletas tinham símbolo do Pan na camisa
A falta de novos mascotes fez a organização dos Jogos Parapan-Americanos improvisar para minimizar uma gafe na premiação do ciclismo, primeira de toda a competição em Guadalajara. As camisas dos bichinhos de pelúcia que os atletas recebem junto com as medalhas tinham o símbolo do Pan. Para resolver a situação, foi dado um “jeitinho” de última hora: um broche com a logomarca do evento esportivo em andamento foi usado para esconder a estampa.
Neste sábado, na cerimônia de abertura do Parapan, produtos oficiais com a marca do Pan ainda eram maioria nas tendas e postos de venda. Havia variedade apenas para a escolha de camisas, enquanto bichos de pelúcia, canecas e bolsas tinham modelos apenas com a marca da competição convencional.
Medalhistas em Guadalajara dão boa
sorte e dicas para atletas do Parapan
Veja em vídeo os recados que brasileiros da natação e do vôlei enviaram
Nos Jogos Pan-Americanos, o Brasil esteve representado no pódio em 141 oportunidades. Após retornarem de Guadalajara, alguns medalhistas da delegação verde e amarela desejaram boa sorte e mandaram dicas para os compatriotas que disputarão, a partir desta sexta-feira, dia 12 de novembro, o Parapan (confira no vídeo ao lado).
Cesar Cielo, que voltou do México com quatro medalhas de ouro na mala (50m livre, 100m livre e revezamentos 4x100m livre e 4x100medley), quer que os amigos Clodoaldo Silva, André Brasil e Daniel Dias repitam o exemplo e puxem a fila das vitórias.
- A piscina é muito rápida, está muito para nadar. Deu para ver aí com a gente. Não esquentem com a altitude (Guadalajara fica cerca de 1.500m acima do nível do mar). Tenho certeza que vocês vão representar o Brasil muito bem – disse o campeão olímpico.
Direto do Japão, onde disputa a Copa do Mundo feminina, a líbero Fabi também mandou um recado. Apesar de o país ser representado no vôlei sentado apenas pela equipe masculina, a defensora quer ver o esporte brilhando mais uma vez. No Pan, o Brasil levou todos os ouros, tanto na quadra quanto nas areias de Porto Vallarta.
- Quero desejar boa sorte e que vocês continuem não só superando recordes, mas sendo também grandes exemplos para o povo brasileiro.
Aproximadamente 1.500 atletas de 26 países disputarão provas em 13 modalidades esportivas no Parapan. O Brasil será representado por 239 atletas na competição.
Com ajuda de André Brasil, Daniel Dias
fecha a tampa com 11 ouros
Paulista encerra a competição com 100% de aproveitamento, e natação brasileira, líder no quadro de medalhas, se despede com 85 pódios
O último dia da natação em Guadalajara foi um sábado dourado para o Brasil. Em especial para Daniel Dias. O paulista fechou sua participação nos Jogos Parapan-Americanos com 11 ouros em 11 provas. No fim da festa, comemoração ao lado dos amigos: vitória no revezamento 4 x 100m medley, junto com André Brasil, Matheus Silva e Phelipe Rodrigues: 4m23s99, novo recorde americano. Agora, ele só corre um risco: pagar excesso de bagagem.
O Brasil foi o líder da natação em Guadalajara. Das 85 medalhas, 33 foram de ouro, 23 de prata e 29 de bronze. No quadro de medalhas de geral, liderança com 78 ouros, 60 pratas e 55 bronzes. O Parapan termina neste domingo.
O Brasil foi o líder da natação em Guadalajara. Das 85 medalhas, 33 foram de ouro, 23 de prata e 29 de bronze. No quadro de medalhas de geral, liderança com 78 ouros, 60 pratas e 55 bronzes. O Parapan termina neste domingo.
Pouco antes do revezamento, Daniel tinha chegado à décima medalha de ouro em Guadalajara com direito a recorde de campeonato nos 200m livre da S5 (2m35s04). Logo atrás, Clodoaldo Silva, o “tubarão paraolímpico”, garantiu a prata da prova (3m03s49). No feminino, Joana Silva repetiu a façanha de Daniel: ouro e melhor marca das Américas, com 3m18s50.
André Brasil também venceu com recorde. Levou ouro nos 100m livre da S10. Phelipe Rodrigues ficou com a prata. Nos 100m livre S9 masculino, vitória de Vanilton Filho; Matheus Silva, bronze. No feminino, Camille Cruz terminou em segundo.
Nos 100m costas S6, ouro para Talisson Glock, com recorde pan-americano, e prata para Jeferson Amaro. Na S7 da prova, Ronaldo Santos ficou em terceiro.
Carlos Farrenberg também garantiu ouro e recorde do campeonato, nos 100m livre S13. João de Castro Almeida abocanhou o bronze. Na S12, bronze para Regiane Nunes. Genezi Andrade foi bronze nos 150m combinado SM3.
André Brasil também venceu com recorde. Levou ouro nos 100m livre da S10. Phelipe Rodrigues ficou com a prata. Nos 100m livre S9 masculino, vitória de Vanilton Filho; Matheus Silva, bronze. No feminino, Camille Cruz terminou em segundo.
Nos 100m costas S6, ouro para Talisson Glock, com recorde pan-americano, e prata para Jeferson Amaro. Na S7 da prova, Ronaldo Santos ficou em terceiro.
Carlos Farrenberg também garantiu ouro e recorde do campeonato, nos 100m livre S13. João de Castro Almeida abocanhou o bronze. Na S12, bronze para Regiane Nunes. Genezi Andrade foi bronze nos 150m combinado SM3.
Todos os ouros de Daniel Dias em Parapans:
Rio de Janeiro - 2007
50m livre
100m livre
200m livre
50m borboleta
50m costas
50m peito
revezamento 4x 50m medley
revezamento 4x100m medley
Guadalajara – 2011
100m peito
200m medley
50m livre
50m borboleta
revezamento 4x100m livre
revezamento 4x50m medley
revezamento 4 x 100m livre
100m livre
50m costas
200m livre
revezamento 4x100m medley
50m livre
100m livre
200m livre
50m borboleta
50m costas
50m peito
revezamento 4x 50m medley
revezamento 4x100m medley
Guadalajara – 2011
100m peito
200m medley
50m livre
50m borboleta
revezamento 4x100m livre
revezamento 4x50m medley
revezamento 4 x 100m livre
100m livre
50m costas
200m livre
revezamento 4x100m medley
André Brasil chega ao quinto ouro com
recorde parapan-americano
Dono da melhor marca do mundo, nadador brasileiro vence os 100m livre da
classe S10 em Guadalajara. Phelipe Rodrigues fica com a medalha de prata
André Brasil se despediu das provas individuais dos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara em grande estilo: com ouro e recorde de campeonato. Dono da melhor marca do mundo nos 100m livre da classe S10 (50s87), ele nadou a prova em 51s60 para bater o recorde do Parapan, que pertencia a ele mesmo – 52s35, no Rio-2007. Phelipe Rodrigues, com 53s05, fez dobradinha no pódio.
Depois, André Brasil conquistou mais um ouro: no revezamento 4x100m medley. As outras medalhas dele foram nos 100m peito, 50m e 400m livre e 4 x 100m livre.
Depois, André Brasil conquistou mais um ouro: no revezamento 4x100m medley. As outras medalhas dele foram nos 100m peito, 50m e 400m livre e 4 x 100m livre.
Daniel Dias vence duas vezes e bate
recorde de ouros do Parapan do Rio
Nadador vence os 100m livre e os 50m costas S5 e chega a nove
ouros em Guadalajara, um a mais do que quatro anos antes.
Com dois ouros e dois recordes parapan-americanos, Daniel Dias bateu mais uma marca importante em sua carreira na noite desta sexta-feira. O brasileiro venceu os 100m livre e os 50m costas S5 e subiu pela nona vez ao lugar mais alto do pódio no Parapan de Guadalajara, uma a mais do que havia feito quatro anos antes, no Rio de Janeiro.
Daniel Dias venceu mais duas provas no Parapan de Guadalajara (Foto: Cleber Mendes / Fotocom)
A rotina de ouros de Daniel Dias começou rápido nesta sexta-feira.. Na água logo na primeira final do dia, o nadador brasileiro ganhou com direito a recorde parapan-americano nos 100m livre S5, com o tempo de 1m10s14. Clodoaldo Silva completou a dobradinha na prova, chegando em segundo (1m20s59).
Nos 50m costas S5, nova dobradinha brasileira. Daniel foi mais uma vez o mais rápido e quebrou mais um recorde parapan-americano, com o tempo de 35s63. Francisco Avelino ficou com a prata (45s93), e Clodoaldo Silva terminou na quarta posição.
Na versão feminina dos 100m livre S5, Joana Silva repetiu o compatriota. Vitória, quase 10s de vantagem para a segunda e recorde parapan-americano: 1m29s57. Edenia Garcia terminou apenas na sétima posição (1m58s92), mas teve desempenho melhor nos 50m costas S5, com o ouro e o recorde parapan-americano (52s48).
Nélio Almeida conquistou o quinto ouro do país nesta sexta-feira, vencendo os 50m borboleta S7 (36s83). Caio Oliveira ganhou uma prata (100m livre S8) e um bronze (100m borboleta S8). Nos 100m costas S9, a brasileira Camille Cruz (1m21s88) também ficou na segunda colocação.
Confira o quadro de medalhas
do Parapan de Guadalajara-2011
Disputas vão até o dia 20 de novembro
Musa da natação usa vaidade para
superar trauma e elevar a autoestima
Letícia Lucas exibe unhas pintadas e cabelos bem cuidados nas piscinas de Guadalajara. Namorado da mineira a acompanha no Parapan-Americano
Luzes no cabelo, esmalte vermelho nas unhas e sorriso escancarado. Musa da delegação brasileira no Parapan, Letícia Lucas faz das piscinas de Guadalajara uma passarela para sua simpatia. Se com o maiô e a touca e mineira abdica em parte da vaidade dentro d’água, fora dela usa o cuidado com a imagem para aumentar a auto-estima e mostrar que a beleza mora dentro de cada um.
Letícia sofreu um grave acidente de carro quando tinha 10 anos. Na ocasião, a menina perdeu a família e, sem movimento nas pernas, precisou usar a cadeira de rodas para se locomover. Apesar da tragédia, ela levantou a cabeça e fez tudo o que qualquer uma das amigas fez. Estudou, namorou e levou a vida em frente.
- Desde antes do acidente sempre fui muito vaidosa, ao ponto de ir ao salão cortar o cabelereiro sem falar para minha mãe para cortar do jeito que eu queria. Depois do acidente, isso me ajudou muito. Pelo fato de estar na cadeira de rodas, as pessoas olham com muita pena, principalmente para uma criança. Acho que a minha vaidade me ajudou a me sentir bem comigo mesma, estando na cadeira ou não. Isso me deixou em parte imune aos olhares de pena.
A mineira começou a nadar por recomendação médica após sofrer uma trombose. Apenas três meses depois de dar as primeiras braçadas, a conquistou uma medalha a nível nacional e decidiu investir. A paixão pelo esporte foi tão intensa que ela decidiu fazer uma tatuagem com motivos d’água nas costas, em cima da cicatriz de uma cirurgia. E foi no estúdio onde fez os primeiros desenhos que conheceu seu atual namorado.
Letícia e Alonso Alonso se conheceram há dez anos. Em 2010, se reencontraram e começaram a namorar. Desde então, o tatuador acompanha de perto o desempenho da amada e, em Guadalajara, viu de perto a conquista de uma prata e um bronze. Sem qualquer receio de falar sobre relacionamentos, a nadadora afirma que a deficiência nunca a atrapalhou na hora da conquista.
- Eu acredito que as pessoas não se diferenciam por ter uma deficiência ou não. Há pessoas interessantes ou desinteressantes independentemente disso. A deficiência não conta na escolha de um namorado. Acredito que o Alonso não me veja com deficiência. A gente se gosta e pronto, independentemente de qualquer coisa.
Brasil vence mais quatro e chega a 17
ouros na natação em Guadalajara
Daniel Dias bate recordes e chega a cinco vitórias na competição, André Brasil a quatro, e Vanilton Filho a três. País conquista mais três pratas e sete bronzes
O Brasil subiu mais três vezes ao lugar mais alto do pódio na natação nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, nesta quarta-feira. Com as vitórias de André Brasil (400m livre masculino S10), Daniel Dias (100m peito masculino SB4 e 200m medley SM6) e Vanilton Filho (400m livre masculino S9) o país chegou a 17 ouros na modalidade.
As medalhas de ouro de Daniel Dias vieram acompanhadas de recordes parapan-americanos. Nos 100m peito SB4, ele melhorou a própria marca, obtida no Rio de Janeiro há quatro anos, com o tempo de 1m37s31. O brasileiro Francisco Avelino (1m03s44) chegou na terceira posição.
A segunda vitória de Daniel saiu nos 200m medley SM6, penúltima prova do dia. O brasileiro liderou com tranquilidade e venceu com o tempo de 2m51s00. Adriano de Lima foi o terceiro colocado, com 3m28s82.
O primeiro ouro brasileiro desta quarta-feira veio com André Brasil, com direito a dobradinha. Dominando a final dos 400m livre masculino S10 do início ao fim, André fez o tempo de 4m16s56 e conquistou seu quarto ouro, com seu compatriota Phelipe Rodrigues ficando em segundo (4m30s04).
Vanilton Filho teve que sofrer para ganhar seu terceiro ouro. O nadador, que também tem um bronze no Parapan, ficou em terceiro até a metade da final dos 400m livre masculino S9, mas assumiu a ponta nos últimos 150m para vencer a prova com o tempo de 4m45s14.
Nos 50m peito masculino SB3, Moises Batista (1m03s29) garantiu a prata ficando apenas 0s07 na frente do terceiro colocado, o mexicano Omar Salazar (1m03s36).
Os nadadores brasileiros conseguiram ainda outros três bronzes. Primeiro, com Ronaldo Santos, que ficou em terceiro na primeira final disputada nesta quarta-feira, fazendo o tempo de 34s22 nos 50m livre masculino S7. Nos 50m peito masculino SB2, Genezi Andrade (1m20s02) também chegou na terceira posição. Gutemberg Ferraz ficou com o bronze nos 100m costas masculino S14.
Entre as mulheres, o Brasil conquistou uma prata e dois bronzes. Leticia Ferreira foi a terceira nos 100m peito SB4, com o tempo de 2m32s68. Nos 400m livre S9, Camille Cruz ficou com a segunda posição (5m32s78), e Susana Ribeiro ficou no terceiro lugar (5m35s96).
André Brasil brilha nos 100m peito e
puxa dobradinha com Matheus Silva
No segundo dia da natação nos Jogos Parapan-Americanos de
Guadalajara, país aumenta sua coleção de medalhas nas piscinas
É só o começo. Uma das maiores estrelas da natação paraolímpica verde-amarela, André Brasil caiu na piscina nesta segunda-feira em Guadalajara e não precisou de muito tempo para embolsar seu primeiro ouro nos Jogos Parapan-Americanos. Na categoria SB9, ele sobrou com o tempo de 1m17s21 e, além de garantir o lugar mais alto do pódio, ainda pulverizou o recorde da competição, que era do argentino Ignacio Valera (1m24s48). De quebra, ainda puxou uma dobradinha com o também brasileiro Matheus Silva, que ficou com a prata e o tempo de 1m18s30. O bronze ficou com o canadense Thomas Swinkels, que fez 1m22s92.
Após três ouros no domingo, a coleção se ampliou nesta segunda-feira. O primeiro veio com Carlos Alberto Lopes Maciel, o Beto. Ele venceu os 100m peito na categoria SB8, ao completar a prova em 1m21s43. Deixou para trás o mexicano Luis Andrade Guillen, que ficou com a prata, e o argentino Facundo Lazo, que levou o bronze. O também brasileiro William Santana chegou em quinto lugar.
Nos 50m peito, mais vitórias. Na categoria S3, Genezi Andrade chegou em primeiro lugar com o tempo de 1m02s68. O também brasileiro Gabriel Feiten ficou em quarto lugar. Na categoria S13, Carlos Farrenberg brilhou e garantiu o ouro com 25s19 - o bronze também foi verde-amarelo, com os 27s32 de João de Castro Almeida. Falando em bronze, o país também conquistou um na S4, com Ronystony Cordeiro, que nadou em 48s42.
A contagem brasileira de medalhas no segundo dia da natação começou mais cedo, nos 100m peito, na categoria SB5. Ali a briga pelo ouro durou apenas 50m. Na segunda metade da prova, o mexicano Pedro Rangel disparou na frente e fez a festa do torcida. A disputa passou a ser pela prata e ela foi parar no peito do brasileiro Adriano de Lima. Com o tempo de 1m45s63, ele garantiu o primeiro pódio verde-amarelo de segunda-feira. Mas Adriano acabou vendo seu recorde parapan-americano ser batido por Pedro Rangel (1m36s23). O representante da casa melhorou em oito segundos a antiga marca (1m44s75), estabelecida em 2003.
Logo em seguida foi a vez de Nelio Almeida repetir a dose na mesma prova, na categoria SB6. Ele foi superado apenas pelo colombiano Nelson Crispin: 1m32s59 contra 1m40s03 do brasileiro. O mexicano Enrique Perez completou o pódio (1m49s99).
Na natação, Brasil conquista duas
pratas na prova dos 100m peito
Adriano de Lima e Nelio Almeida subiram ao pódio nas categorias SB5 e SB6
A briga pela medalha de ouro durou apenas 50m. Na segunda metade da prova dos 100m peito SB5, o mexicano Pedro Rangel disparou na frente e fez a festa do torcida. A disputa passou a ser pela prata e ela foi parar no peito do brasileiro Adriano de Lima. Com o tempo de 1m45s63, ele abriu a contagem de medalhas para o Brasil nesta segunda-feira, segundo dia de disputas da natação no Parapan de Guadalajara.
Mas Adriano acabou vendo seu recorde parapan-americano ser batido por Pedro Rangel (1m36s23). O representante da casa melhorou em oito segundos a antiga marca (1m44s75), estabelecida em 2003.
Logo em seguida foi a vez de Nelio Almeida repetir a dose na mesma prova só que na categoria SB6. Ele foi superado apenas pelo colombiano Nelson Crispin: 1m32s59 contra 1m40s03 do brasileiro. O mexicano Enrique Perez completou o pódio (1m49s99).
Brasil conquista três medalhas de ouro
no primeiro dia da natação
Ronaldo Santos, Caio Oliveira e o revezamento 4x50m livre sobem ao degrau mais alto do pódio; Adriano Lima, Renato Silva e Vanilton Filho levam bronze
Ronaldo Santos caiu na piscina com o favoritismo de quem tem no currículo duas pratas no Parapan do Rio e dois bronze no Mundial de piscina curta de 2009. Neste domingo, em Guadalajara, passou sufoco no finalzinho da prova dos 400m livre categoria S7, mas não deixou que o mexicano Enrique Perez lhe roubasse a medalha de ouro, a primeira da natação no Paparan do México. O nadador brasileiro deixou para trás o representante da casa por uma diferença de 53 centésimos: 5m26s45 contra 5m26s98. O Hino Nacional ainda seria ouvido mais duas vezes.
Nos 100m costas S8, Caio Oliveira não só venceu como quebrou o recorde parapan-americano de 1m18s18 que estava em poder do compatriota Gledson Soares desde Santo Domingo-2003: 1m14s52. Na disputa do 4x50m livre, a equipe formada por Ronystony Cordeiro, Adriano de Lima, Clodoaldo Silva e Daniel Dias superou mexicanos e argentinos: 2m34s01.
Antes de Ronaldo, Caio e do revezamento, Adriano Lima, dono de sete ouros e uma prata na edição do Rio há quatro anos, já havia aberto a contagem do país na natação com o bronze nos 400m livre na categoria S6: 5m51s71. O ouro ficou com o cubano Lorenzo Perez (5m40s47) e a prata com o colombiano Daniel Londono (5m40s85).
Logo depois foi a vez de Renato Silva comemorar a sua medalha. Assim como seu companheiro de seleção, ele também ficou com o terceiro lugar do pódio. Completou a prova dos 200m medley SM12, com 2m42s47, chegando atrás apenas do colombiano Daniel Correa, que estabeleceu novo recorde da competição (2m26s95) e do argentino Ignacio Gonzalez (2m34s11).
Nos 100m borboleta S9, Vanilton Filho ficou com o bronze (1m09s46). A distância foi vencida pelo argentino Marco Pulleiro (1m05s99), seguido do mexicano Arturo Larraga (1m08s05).
O Tubarão Paraolímpico: Clodoaldo da
Silva vira estrela de documentário
Dupla de produtores irá acompanhar o nadador potiguar em todas as
competições até as Paraolimpíadas de Londres, quando ele se aposentará
O Tubarão Paraolímpico. É com este nome que Clodoaldo Francisco da Silva, maior referência do esporte paraolímpico brasileiro, chegará à telona. Neste domingo ocorreu o primeiro dia de gravações do documentário que contará a história do atleta e o acompanhará de perto em seu último ano de carreira nas piscinas. Da infância pobre no nordeste à chuva de ouros em Atenas-2004 e à decepção em Pequim-2008, o vídeo de André Baseggio e Gustavo Carvalho pretende retratar todas as facetas que fizeram do nadador um ícone nacional. Veja, acima, um teaser exclusivo do filme.
O projeto dos dois tem a chancela e o apoio do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), assim como da Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos (Andef). A ideia é contar a trajetória de vida de Clodoaldo, mostrando como as medalhas que ele conquistou ao longo da última década abriram portas para que outros talentos surgissem.
- O Clodoaldo é o grande astro paraolímpico no Brasil. Existe antes e depois dele. Ele é reconhecido na rua, e acho que isso ainda não acontece com nenhum outro atleta paraolímpico. Ele é um marco, foi garoto-propaganda e quebrou o preconceito de que um deficiente não poderia ser usado para vender produtos. Acabando a carreira dele, como vai ficar? Já temos um novo astro? E não é só resultado que interessa, mas também a postura em relação ao esporte e à inclusão dos deficientes como um todo – disse André, diretor da produtora responsável pela realização.
Como ainda estão em busca de patrocínios, os idealizadores do filme têm planos de distribuição modestos por enquanto. Mas, mesmo que não alcance o grande público em salas de cinemas, a dupla pretende enviar o material a festivais e divulgá-lo em escolas, para que crianças e jovens tenham contato com um exemplo de superação tão expressivo.
- A história dele é importante para tocar outras pessoas com deficiência que hoje estão em casa achando que a vida acabou. Tanto que vários atletas, como o Daniel Dias, o viram na televisão e decidiram se dedicar ao esporte. Viram que há ainda muita coisa para ser feita. As histórias, as vitórias, o exemplo que ele dá, são fundamentais para as crianças. Ele participa de campanhas sobre acessibilidade, respeito e igualdade. É importante contarmos essa história nas escolas para que as crianças cresçam e formem a personalidade sem preconceitos – disse Gustavo, que é filho da fundadora da Andef e do primeiro presidente do CPB, João Batista de Carvalho e Silva.
Como ainda estão em busca de patrocínios, os idealizadores do filme têm planos de distribuição modestos por enquanto. Mas, mesmo que não alcance o grande público em salas de cinemas, a dupla pretende enviar o material a festivais e divulgá-lo em escolas, para que crianças e jovens tenham contato com um exemplo de superação tão expressivo.
- A história dele é importante para tocar outras pessoas com deficiência que hoje estão em casa achando que a vida acabou. Tanto que vários atletas, como o Daniel Dias, o viram na televisão e decidiram se dedicar ao esporte. Viram que há ainda muita coisa para ser feita. As histórias, as vitórias, o exemplo que ele dá, são fundamentais para as crianças. Ele participa de campanhas sobre acessibilidade, respeito e igualdade. É importante contarmos essa história nas escolas para que as crianças cresçam e formem a personalidade sem preconceitos – disse Gustavo, que é filho da fundadora da Andef e do primeiro presidente do CPB, João Batista de Carvalho e Silva.
Enquanto aumenta a coleção de medalhas nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, Clodoaldo colabora com as gravações. O potiguar atende a todas as solicitações dos produtores, que também acompanham a família do nadador em Niterói – a esposa dele está grávida, e a filhinha do casal pode nascer a qualquer momento-, pois vê no vídeo uma oportunidade de difundir ainda mais sua filosofia de vida.
- Eu fui o primeiro atleta a ganhar mais medalhas de ouro em uma Paraolimpíada, fui o primeiro ídolo paraolímpico, o primeiro a me preocupar sobre como seria minha carreira depois de aposentado. O atleta tem que pensar também no futuro. Fizemos um plano de carreira, e nele tinha previsto o lançamento de um livro para antes de Londres-2012 e o documentário para logo depois. O esporte traz muitas possibilidades, e acho que esta é uma forma de poder levar esta mensagem para outras pessoas.
Em Guadalajara, Clodoaldo já levou um ouro no revezamento 4x50m livre. Na classe S5, o potiguar lutará também pelo pódio em outras cinco provas: 50m, 100m e 200m livre, 50m borboleta e 50m costas.
A T L E T I S M O
18/11/2011 19h20
Daniel Silva estabelece nova marca do mundo nos 400m T11 no dia
- Eu fui o primeiro atleta a ganhar mais medalhas de ouro em uma Paraolimpíada, fui o primeiro ídolo paraolímpico, o primeiro a me preocupar sobre como seria minha carreira depois de aposentado. O atleta tem que pensar também no futuro. Fizemos um plano de carreira, e nele tinha previsto o lançamento de um livro para antes de Londres-2012 e o documentário para logo depois. O esporte traz muitas possibilidades, e acho que esta é uma forma de poder levar esta mensagem para outras pessoas.
Em Guadalajara, Clodoaldo já levou um ouro no revezamento 4x50m livre. Na classe S5, o potiguar lutará também pelo pódio em outras cinco provas: 50m, 100m e 200m livre, 50m borboleta e 50m costas.
Na pista, na piscina e na raquete, Brasil
ultrapassa os EUA no Parapan
País conquista nove ouros no tênis de mesa e brilha na natação e no atletismo
Para quem precisava de uma dose extra de medalhas para ultrapassar os americanos no quadro, as raquetes e as bolinhas deram um belo empurrão no Brasil nesta terça-feira. Os atletas do país brilharam no tênis de mesa e conquistaram nove ouros ao longo do dia nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara. Os triunfos se somaram aos passeios na natação e no atletismo. Resultado: o país assumiu o primeiro lugar no quadro, com 32 ouros no total, deixando os Estados Unidos para trás, com 18.
A lista de campeões no tênis de mesa nesta terça é extensa: Guilherme Riggio, Ezequiel Babes, Claudiomiro Segatto, Iliane Faust, Jane Rodrigues, Joyce de Oliveira, Carlo di Franco, Carlos Carbinatti e Iranildo Conceição. Além disso, o país ainda conquistou quatro pratas e quatro bronzes.
Na natação, o Brasil conquistou seis ouros nesta terça e agora já soma 13 após três dias de disputa no México. No atletismo, a terça-feira viu três ouros no feminino e quatro no masculino. Já são nove no total. Quem completa a conta é o ciclismo, com Soelito Gohr, que ganhou a primeira medalha dourada do país no Parapan.
18/11/2011 19h20
No atletismo, Brasil bate recorde
mundial e ganha mais 16 medalhas
Daniel Silva estabelece nova marca do mundo nos 400m T11 no dia
em que o país subiu seis vezes ao lugar mais alto do pódio em Guadalajara
Daniel Silva sobrou na pista. Deixou para trás o cubano Arian Iznaga (52s21) e o companheiro de seleção Carlos Silva (55s31), levou o ouro no Parapan de Guadalajara e ainda colocou no bolso o recorde mundial dos 400m categoria T11: 49s82. A antiga marca (50s03) estava em poder do angolano Jose Armando Sayovo desde 2004. A sexta-feira foi perfeita para ele e para outros 14 brasileiros que também garantiram mais 16 pódios para o país: seis ouros, oito pratas e dois bronzes.
Odair Santos foi o primeiro do dia a comemorar a medalha dourada. Com 32s de vantagem sobre o mexicano Luis Zapien, ele venceu 5.000m categoria T11, estabelecendo novo recorde parapan-americano (16m06s26). Depois foi a vez de Terezinha Guilhermina. Com 24s96, ela estabeleceu o novo recorde pan-americano nos 200m T11, fazendo dobradinha com Jerusa Santos (26s15). Nos 1.500m T37, Francisco Silva (4m51s47) foi o melhor, assim como Paulo Souza no lançamento de disco (35,74m) e Claudiney dos Santos (37,22m) no lançamento de dardo.
O Brasil também garantiu pratas com Ana Tercia Soares nos 200m T12 (26s58), Alan Oliveira na mesma distância só que na categoria T44 (22s82), Lucas Ferrari na T37 (25s93), Ariosvaldo Silva na T53 (51s81), Andre Andrade na T13 (22s94) e nos 400m T13 (52s94), e Thierb Siqueira nos 800m T12 (1m59s86). Nos 400m T46, Yohansson Nascimento (49s71) ficou com o bronze.
Bem no fim do dia, Brasil conquista
mais dois ouros no atletismo
Lucas Prado e Thierb Siqueira sobem ao lugar mais alto do pódio nas duas últimas provas desta quarta-feira. País ganha ainda duas pratas e um bronze
Demorou para sair uma medalha brasileira no atletismo nesta quarta-feira, no Parapan-Americano de Guadalajara. Mas, quando a noite chegou no Estádio Telmex, os pódios também começaram a aparecer para o Brasil, que terminou o dia com dois ouros (Lucas Prado e Thierb Siqueira), duas pratas e um bronze.
A primeira medalha para o Brasil tinha vindo faltando apenas cinco provas para o fim, com Sheila Finer. A brasileira foi a segunda colocada na final dos 100m feminino T46, perdendo apenas para a cubana Yunidis Castillo, campeã olímpica.
Repetindo o que haviam feito nos 100m, os atletas brasileiros conquistaram a dobradinha nos 200m masculino T11, na penúltima prova do dia. Com mais um recorde parapan-americano (22s85), Lucas Prado ganhou o ouro, e Daniel Silva ficou com a prata (23s02).
Na última prova prevista para esta quarta, Thierb Siqueira disparou no fim para ganhar nos 200m masculino T12 com o tempo de 23s18, conquistando seu segundo ouro em Guadalajara.
O último resultado a ser divulgado oficialmente foi o da longa disputa do lançamento de disco masculino F57/58, com mais uma medalha para o Brasil, desta vez de bronze. Claudiney Batista dos Santos conseguiu o terceiro lugar com a marca de 37,53m.
Com 4 ouros no masculino, Brasil faz a
festa no segundo dia de atletismo
Ariosvaldo, Yohansson, Lucas e Thierb brilham na terça-feira no Parapan
A festa
nas pistas continua. O Brasil teve nesta terça-feira mais um dia de
conquistas no atletismo do Parapan de Guadalajara. Só entre os homens,
foram quatro medalhas de ouro no segundo dia de disputas. Ariosvaldo
Silva, Yohansson Nascimento, Lucas Prado e Thierb Siqueira tiveram
motivos de sobra para comemorar no México.
Ariosvaldo
Silva, o Parré, levou o primeiro ouro masculino da terça. Com o tempo
de 15s08, veio também o novo recorde parapan-americano nos 100m da
classe T53. O pódio teve também o venezuelano Jesus Aguilar, que
percorreu a distância em 15s52, e o americano Zach Abbott, que cravou
15s99 no cronômetro.
A
contagem dourada aumentou pouco depois, na T46. Yohansson Nascimento
voou com 11s08 e garantiu o ouro para o Brasil, seguido por Raciel
González, de Cuba (11s20), e Brandon Pelletier, dos Estados Unidos
(11s42).
O
Brasil também não decepcionou na T11. Lucas Prado arrancou o ouro com
11s15 - recorde parapan-americano - e puxou uma dobradinha com Daniel
Silva, que ficou com a prata (11s49). O bronze ficou com o cubano Arian
Iznaga, com 11s68.
O
quarto ouro masculino do dia veio com Thierb Siqueira, nos 400m T12.
Ele fechou a prova em 50s79, batendo o mexicano Jorge Benjamin Sauceda
(52s05) e o venezuelano Vargas Argenis (53s38).
Na
classe T13 dos 100m, o Brasil ficou com a prata. André Andrade cruzou a
linha de chegada em 11s14, atrás do cubano Luis Felipe Gutiérrez, que
fez o tempo de 10s87. O canadense Braedon Samuel Dolfo, com 11s34. Quem
também levou uma prata foi Lucas Ferrari, na categoria T37. Ele correu
em 12s65, atrás do venezuelano Omar Monterola (11s74). O bronze ficou
com Benjamin Sánchez, do México, com 12s71.
Na
última prova do dia, os 5.000m T12, Alex Menconca ficou com a prata,
com o tempo de 16m17s80. O ouro foi para o colombiano Elkin Serna
Moreno, com 15m45s94, e o bronze ficou com Daniel Ávila, do México, que
fez 16m41s96.
Brasil estreia na pista de atletismo com
samba, medalhas e recordes
Edson Pinheiro bate recorde parapan-americano e leva ouro. Paulo
Pereira, Alan Fonteles, Joana Silva e Viviane Soares também sobem ao pódio
A pista do Estádio de Atletismo de Guadalajara virou uma passarela para o Brasil. Nos 100m da classe T38, Edson Pinheiro cravou novo recorde parapan-americano com 11s47 e garantiu o primeiro ouro do país nas provas de velocidade. Paulo Pereira, com 12s31, levou o bronze e arrancou palmas do público presente. Na comemoração pelo terceiro lugar, o goiano mostrou que os passos rápidos nas competições também têm ritmo para sambar com estilo.
Na final dos 400m, o show se repetiu. Desta vez, Paulo e Edson levaram prata e bronze, com as marcas de 55s52 e 55s59. O venezuelano Omar Monterola (53s74) foi o mais veloz e ganhou o ouro.
Na classe T44, Alan Fonteles fez o terceiro melhor tempo (11s50), conquistou o bronze, mas ficou insatisfeito. O rapaz de apenas 19 anos cruzou a linha de chegada atrás dos americanos Jarryd Wallace (11s31) e Blake Leeper (11s35).
As meninas do Brasil também deixaram suas marcas. Na classe T13 (baixa visão), Joana Silva (1m03s37) e Viviane Soares (1m06s14) faturaram a prata e o bronze. As duas foram superadas folga pela cubana Omara Durand, com 56s88.
Domínio nas eliminatórias em outras classes
Nos 100m rasos da classe T11, o Brasil foi soberano e se classificou para as finais em primeiro em todas as baterias que disputou. Entre as mulheres, Gerusa Santos (13s10m), Jhulia Santos (13s16) e Terezinha Guilhermina (12s29), com direito a recorde parapan-americano, chegaram na frente. Apesar da boa marca, a mineira não saiu muito feliz da prova. Com uma venda com estampa de pimenta nos olhos, a recordista mundial mostrou insatisfação com os organizadores.
- Pimenta nos olhos dos outros é refresco. Esta é a forma que eu tenho de protestar em relação à ordem das finais desta terça-feira. Vou ter que correr a final dos 100m logo depois de disputar as eliminatórias dos 400m – disse Terezinha, que almeja bater o recorde mundial na prova mais rápida do atletismo correndo abaixo da casa dos 12 segundos.
No masculino, Daniel Silva (11s56), Lucas Prado (11s45) e Felipe Gomes (11s40) também foram os mais velozes de suas séries e garantiram vaga na disputa por medalhas.
- Pimenta nos olhos dos outros é refresco. Esta é a forma que eu tenho de protestar em relação à ordem das finais desta terça-feira. Vou ter que correr a final dos 100m logo depois de disputar as eliminatórias dos 400m – disse Terezinha, que almeja bater o recorde mundial na prova mais rápida do atletismo correndo abaixo da casa dos 12 segundos.
No masculino, Daniel Silva (11s56), Lucas Prado (11s45) e Felipe Gomes (11s40) também foram os mais velozes de suas séries e garantiram vaga na disputa por medalhas.
Na classe T53, Ariosvaldo Fernandes Silva passou em primeiro à final dos 100m com recorde parapan-americano de 15s17. Ana Tércia, da T12, venceu a bateria com 13s26. Nos 400m da Thierb Siqueira se classificou para a decisão do ouro com o melhor tempo: 51s73.
'Emprestado', guia de Terezinha pode ter
maratona de até 11 provas na pista
Guilherme Santana substitui colega e corre também com Felipe Gomes
Enquanto as câmeras e microfones perseguem Terezinha Guilhermina, Lucas Prado e outras estrelas do atletismo paraolímpico, Guilherme Santana recupera o fôlego para encarar uma verdadeira maratona de provas. Guia da velocista mineira, ele também está acompanhando Felipe Gomes durante os Jogos Parapan-Americanos e pode correr até 11 vezes em Guadalajara.
Fábio, guia de Felipe, sofreu uma lesão e não pode participar da competição. Guilherme se prontificou a ajudar, treinou duas vezes com o velocista e, na primeira semifinal juntos, os dois bateram o recorde parapan-americano dos 100m da classe T11. Como a parceria fez sucesso, os dois ainda avaliam se correrão todas as provas desta terça-feira ou se um terceiro guia irá entrar no circuito para aliviar a agenda.
- O guia dele se machucou. Foi uma pena, mas logo me coloquei à disposição. Fizemos dois treinos, uma saída de bloco, e achamos que estava bom. Nesta terça tem uma prova seguida dele e da Terezinha. Ela é prioridade, já que estamos há mais tempo juntos, mas acho que vai dar para conciliar. Enquanto eu tiver pique vou estar correndo – disse Guilherme.
O paranaense começou a correr na faculdade de Educação Física. Se destacou nos Jogos Universitários do estado natal e recebeu um convite para levar o esporte a sério. Foi quando soube que Terezinha Guilhermina precisava de um novo guia para o mundial. Há um ano e dois meses, a parceria colhe pencas de frutos e recordes.
Apesar do sucesso, Guilherme só leva uma medalha para casa quando é presenteado pela velocista, já que os guias normalmente não recebem o objeto de desejo dos competidores. Aos 28 anos, ele garante não se importar.
- Minha honra é poder contribuir para a fclicidide deles. Estou aqui como coadjuvante, e juntos aqui, somos um. Eu já fico feliz com a alegria deles pela vitória. A Terezinha já me deu algumas medalhas, mas não faço questão. Ela também tem que guardar de recordação. Acima de tudo está a vitória, e não um símbolo material.
Com Daniel Dias na torcida, Brasil bate a
Argentina e é bi no futebol de 5
Ricardinho marca um golaço no segunto tempo da prorrogação
Na tribuna de honra, a inspiração. Ganhador de 11 medalhas de ouro nas piscinas de Guadalajara, Daniel Dias foi torcer pelo Brasil na final do futebol de 5. Em um jogo sofrido, com direito a pênalti perdido e bolas na trave, a seleção bateu a Argentina com um golaço de Ricardinho a um minuto do fim da prorrogação. Com o triunfo, emocionou a torcida e sagrou-se bicampeã dos Jogos Parapan-Americanos.
No primeiro tempo, Ricardinho, pela ponta esquerda, e Jeffinho, pela direita, infernizaram a defesa argentina. Na hora da finalização, porém, a dupla ou mandava com pouca força ou tinha o chute desviado pelos hermanos. O técnico Ramon de Souza colocou em campo Marcos Rogerio, que teve uma boa chance, mas não conseguiu mudar o placar. A segunda etapa seguiu favorável ao Brasil, mas a Argentina chegou com perigo em duas oportunidades. A quatro minutos do fim, Fábio fez uma defesa à queima roupa e, no lance seguinte, Jeffinho mandou na rede pelo lado de fora.
A partida foi para a prorrogação e ficou emocionante. Enquanto o argentino Angel Deldo levava perigoso de um lado, Ricardinho costurava do outro. Machucado, o camisa 10 brasileiro deixou o campo. No lance seguinte, o substituto Marcos Rogério foi derrubado na área, mas a cobrança de pênalti bateu na trave. Os hermanos ainda tiveram outra boa chegada junto à linha de fundo. Ricardinho voltou ao jogo, carimbou o travessão e, a um minuto do fim, fez uma pintura. Deixando os marcadores perdidos, o craque verde e amarelo brincou com a bola nos pés, marcou o gol do título e levou a torcia mexicana ao delírio.
No vôlei sentado, Brasil vira sobre os
EUA, é bi e se garante em Londres
Seleção vence o time americano e carimba o passaporte para as Paraolimpíadas
O México ficou fora da disputa por medalhas no vôlei sentado, mas as arquibancadas do Complexo Pan-Americano ficaram cheias como se o time da casa estivesse brigando pelo ouro. Em quadra, Brasil e Estados Unidos fizeram um bom jogo e, para a alegria da maioria esmagadora presente, foi a equipe verde e amarela que se sagrou campeã. De virada e com direito a passeio no nos dois últimos sets (20/25, 25/18, 25/12 e 25/15), os comandados de Fernando Guimarães superaram os americanos, garantiram o bi no Parapan e carimbaram o passaporte para os Jogos de Londres-2012.
O Canadá completará o pódio em Guadalajara. O país ficou com a medalha de bronze após bater a Colômbia por 3 sets a 0, com parciais de 25/13, 25/12 e 25/16.
No primeiro set, o Brasil sofreu com o bloqueio americano e chegou atrás no placar nos dois tempos técnicos. O técnico Fernando Guimarães parou a partida duas vezes, mas a reação não veio, e os Estados Unidos fecharam a parcial em 25/20. Na segunda etapa, a seleção se impôs no princípio e abriu 7 a 2 com relativa facilidade. Após receberam uma bronca do treinador William Hamiter na pausa técnica, os rivais encostaram no placar. Foi a vez do time verde e amarelo tomar uma chamada do banco e se reencontrar. Após 21 minutos, veio o empate no jogo: 25/18.
O início do terceiro set deu a impressão de que o jogo voltaria a ser duro. Mas dois erros seguidos do ataque americano deram o sinal de que um passeio brasileiro iria começar. Wescley mostrou eficiência junto à rede, deixou os rivais tontos e ajudou a seleção a sacramentar a virada com propriedade: 25/12. Na que seria a última parcial, o time canarinho largou com folga no placar. Depois da primeira parada técnica, os EUA esboçaram uma reação, mas não mantiveram o ritmo e viram os brasileiros arrancarem novamente. Em um saque para fora dos americanos, o Brasil venceu o set (25/15), o Parapan e carimbou o passaporte para Londres-2012.
No primeiro set, o Brasil sofreu com o bloqueio americano e chegou atrás no placar nos dois tempos técnicos. O técnico Fernando Guimarães parou a partida duas vezes, mas a reação não veio, e os Estados Unidos fecharam a parcial em 25/20. Na segunda etapa, a seleção se impôs no princípio e abriu 7 a 2 com relativa facilidade. Após receberam uma bronca do treinador William Hamiter na pausa técnica, os rivais encostaram no placar. Foi a vez do time verde e amarelo tomar uma chamada do banco e se reencontrar. Após 21 minutos, veio o empate no jogo: 25/18.
O início do terceiro set deu a impressão de que o jogo voltaria a ser duro. Mas dois erros seguidos do ataque americano deram o sinal de que um passeio brasileiro iria começar. Wescley mostrou eficiência junto à rede, deixou os rivais tontos e ajudou a seleção a sacramentar a virada com propriedade: 25/12. Na que seria a última parcial, o time canarinho largou com folga no placar. Depois da primeira parada técnica, os EUA esboçaram uma reação, mas não mantiveram o ritmo e viram os brasileiros arrancarem novamente. Em um saque para fora dos americanos, o Brasil venceu o set (25/15), o Parapan e carimbou o passaporte para Londres-2012.
Terezinha Guilhermina puxa a fila, e
Brasil domina pódio dos 100m na T11
Shirlene Coelho e Jefiner Santos também são ouro; Rosinha ganha o bronze
Nas eliminatórias, a vantagem sobre as adversárias indicou mais uma vez o favoritismo. Na hora decisiva, Terezinha Guilhermina ficou longe da marca sonhada, mas mesmo assim garantiu o ouro. A mineira percorreu os 100m da classe T11 em 12s41 e puxou a fila de um pódio completamente verde e amarelo. Geruza Geber e Jhulia Santos superaram a mexicana Tania Jimenez e ficaram com a prata e o bronze, respectivamente.
A primeira a garantir uma medalha de ouro no segundo dia do atletismo foi Jenifer Santos, na corrida de 200m, categoria T38. Ela cruzou a linha de chegada com o tempo de 31s01, deixando para trás a canadense Virginia McLachlan (35s41), e a mexicana Fátima del Rocio (37s46).
- Estou muito feliz, porque em 2007 eu bati na trave e estava com muita expectativa sobre como seria esta prova. Acho que corri muito bem. Que bom que tudo deu certo - disse pernambucana, que na quinta-feira vai tentar o bicampeonato nos 100m.
Ouro e prata nos lançamentos
No lançamento de dardo, não houve concorrência. Shirlene Coelho ignorou as adversárias e, com mais de três metros de vantagem sobre a segunda colocada, garantiu a medalha de ouro da prova na classe F37/38. A goiana, que na véspera também foi campeã no lançamento de disco, alcançou a marca de 33,99m. Quem chegou mais perto disso foi a venezuelana Yomaira Cohen, com 30,89m.
No lançamento de peso da classe F57/58, Roseane Santos, a Rosinha, foi quem brilhou. A pernambucana ultrapassou a barreira dos nove metros em duas de suas cinco tentativas válidas. A melhor marca da atleta, que disputa o quarto Parapan da carreira, foi 9,18m, o suficiente para garantir o bronze. A mexicana Catalina Rosales Montiel, com 9,74m, levou o ouro.
Soelito quer dar exemplo e concilia o
paradesporto com o esporte olímpico
Ciclista catarinense compete e coleciona medalhas nas duas modalidades
O ouro de Soelito Gohr,
primeiro do Brasil no Parapan de Guadalajara, vai entrar para uma
coleção de respeito. Em casa, o catarinense guarda os símbolos das
conquistas que soma tanto no paradesporto como também em competições
convencionais. O ciclista, que perdeu parte dos movimentos do braço
esquerdo ao sofrer um acidente voltando de um treino, divide o tempo
para conciliar ao máximo o calendário de provas das duas modalidades
Soelito
era atleta profissional e retornava de um treinamento quando foi
atropelado por um carro no caminho para casa, em 1995. No acidente, dois
nervos se romperam, e o braço esquerdo ficou com limitação de
movimento. Após um ano e meio parado, o catarinense voltou a competir em
provas convencionais até, em 1997, ser “descoberto” pelo coordenador da
modalidade paraolímpica, Romolo Lazzaretti.
-
Isto serve de exemplo para pessoas que ficam em casa achando que a vida
acabou. Existe um horizonte pela frente. Às vezes, o que deu errado há
algum tempo pode dar certo em um futuro próximo. Melhor praticar esporte
do que ficar em casa pensando no que aconteceu, que a vida acabou. Fui
ao Pan convencional em Santo Domingo (na República Dominicana, em 2003),
fui quinto e vi que, dali para a frente, não haveria barreiras para
mim. E o futuro é promissor.
Ainda
competitivo comparado a atletas com nenhuma deficiência, Soelito tem
uma agenda intensa de provas nas duas modalidades. O ciclista conta que,
além da programação apertada, precisa lidar com o ciúmes dos
companheiros de clube.
-
Enquanto puder conciliar as duas modalidades, vou tentar manter. O
calendário é muito extenso, viro o ano treinando. Tento sempre vaga nos
dois, mas nem sempre posso ir a uma competição. Rola um pouco de ciume
dos atletas olímpicos, uma brincadeira sadia. Eles brincam que eu estou
enrolando, mas estão se acostumando com isso e valorizando também as
conquistas que o Brasil está tendo no paradesporto.
Judô arremata ouro, prata e duas vagas
em Londres no último dia
Karla Ferreira é a melhor até 48kg; Magno Marques, segundo até 66kg. Michele Ferreira vence, não leva medalha, mas confirma lugar nas Olimpíadas
Campeão dos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, o Brasil conquistou neste sábado um ouro, uma prata e, em vez de uma, duas vagas para o judô nas Olimpíadas de Londres-2012. Karla Ferreira garantiu a da categoria até 48kg ao ficar com o ouro. Michele Ferreira levou a melhor em duas lutas contra a mesma adversária, mas, como só havia duas participantes na disputa até 52kg, não ganhou medalha. Teve confirmado, porém, um lugar para sua categoria em Londres. Magno Marques, até 66kg, terminou em segundo.
Karla garantiu o ouro ao derrotar a cubana Maria González por ippon. Um pouco antes, Magno tinha sido derrotado também por um cubano: Victor Sanchez. Michele enfrentou e venceu a americana Cynthia Simon duas vezes.
O judô brasileiro deixa Guadalajara com sete medalhas: dois ouros, quatro pratas e um bronze. Giovana Pilla, na sexta-feira, garantiu a outra vaga olímpica para o Brasil ao subir no lugar mais alto do pódio. Tetracampeão paraolímpico, Antônio Tenório foi prata, assim como Magno, Willians Silva e Daniele Bernardes. O único bronze foi conquistado por Harlley Pereira.
Judocas brasileiros levam prata e
bronze nos Jogos Parapan-2011
Encerrado segundo dia de judô com medalha nas categorias 63kg e 81kg
A judoca Daniele Bernardes, da categoria até 63kg, conquistou a medalha de prata nesse segundo dia de judô dos Jogos Parapan-Americanos. A atleta venceu a venezuelana Naomi Soazo por ippon na última luta, mas não levou o ouro porque a cubana Dalidaivis Rodriguez pontuou mais na competição.
Já na categoria 81kg masculina, Harlley Pereira levou o bronze, mas sem ir à final. Seu adversário, o americano D. Crockett, perdeu de Fusen-Gachi, o W.O. do judô , por não ter comparecido ao dojô na última luta.
Shirlene leva o ouro no arremesso de
peso, e Marivana fecha a dobradinha
Nos dois degraus mais altos do pódio, brasileiras abrem a contagem de medalhas no atletismo dos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara
Depois de embolsar três ouros no domingo, na abertura da natação, o Brasil abriu sua contagem no atletismo nesta segunda-feira nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara. E com direito a dobradinha. Shirlene Coelho garantiu o ouro no arremesso de peso, na categoria F35-37, e Marivana Oliveira conquistou a prata. O bronze ficou com a argentina Perla Amanda Muñoz.
Shirlene se manteve à frente das concorrentes desde o início da disputa, mas brilhou mesmo no terceiro dos quatro lançamentos, quando atingiu a distância de 9,92m. Marivana também foi melhor no terceiro arremesso, com a marca de 8,04m. Muñoz completou o pódio com 7,34m, marca obtida logo no primeiro lançamento.
No levantamento de peso, brasileiro
conquista a prata ao levantar 192kg
Rodrigo Marques garantiu a medalha com o apoio da torcida mexicana
Aplaudido a todo momento pela torcida mexicana, Rodrigo Marques levantou 192kg e conquistou a medalha de prata no levantamento de peso nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara. O campeão da prova foi o dono da casa, o mexicano Jose Castillo, que superou o brasileiro ao levantar 220kg.
Carioca ataca de rapper para quebrar a
rotina de treinos do halterofilismo
Alexandre Gouveia, bronze no Parapan, também trabalha como ascensorista
Durante as competições, o silêncio envolve a concentração de Alexandre Gouveia. Mas, quando as provas de levantamento de peso terminam, o carioca solta o verbo e transforma os pensamentos em rimas de rap. Com algumas composições no currículo, o halterofilista usa a música para extravasar os sentimentos e quebrar, com estilo, a rotina diária de trabalho e treinamentos.
Através de um convênio com a Associação de Deficientes de Niterói (Andef), Alexandre trabalha como ascensorista no prédio da Secretaria de Segurança Pública. Após a jornada matinal de seis horas, o carioca treina para aguentar cada vez mais anilhas no supino. Entre uma sessão e outra na academia, aumenta o repertório de versos.
- A música me ajuda a pensar mais, a passar o tempo focando aquilo que quero buscar para a minha vida. Mais perto das competições gosto de ficar mais sozinho, quietinho, me concentrando. Depois que passa a prova é que vem a alegria e produzo mais. Meu estilo é como o do MC Marcinho, algo mais romântico. Gosto também de escrever sobre a vitória – disse o halterofilista, citando uma letra que escreveu em 1999, chamada de “O verdadeiro campeão”.
Em Guadalajara, o carioca conquistou o bronze, sua primeira medalha em um Parapan. No Rio, Alexandre ficou em segundo na sua categoria (até 55kg), mas a junção de três pesos o deixou apenas na sexta posição.
- Tive a oportunidade no Rio, mas não tive medalha porque unificaram as categorias. Vim para cá querendo um bom resultado, seja lá qual fosse. Este bronze me deixou super feliz.
Além de Alexandre, Bruno Carra também ganhou medalha para o levantamento de peso brasileiro. O paulista faturou a medalha de prata, atrás apenas o cubano Cesar Rubio.
Seleção masculina de goalball leva o
ouro e garante vaga em Londres-2012
No feminino, Brasil perde para os EUA e fica com a medalha de prata
Foram polêmicas e reclamações durante toda a partida. Mas mesmo perdendo dois pênaltis e se queixando de outros tantos não marcados, a seleção brasileira masculina de goalball superou os Estados Unidos, sagrou-se campeã dos Jogos Parapan-Americanos e, de quebra, carimbou o passaporte para as Paraolimpíadas de Londres-2012. Com 5 a 3 no placar, o time verde e amarelo encerrou a campanha em Guadalajara de forma invicta e no topo do pódio. O time feminino não teve a mesma sorte, perdeu para as americanas e levou a medalha de prata.
- O americano pegou vários pênaltis, mas não teve problema para nós. Estamos preparados para esse tipo de situação. Estou muito feliz com essa conquista. É muito bom - disse Romário, autor de dois gols na decisão.
Jogo marcado por polêmicas
O Brasil abriu o placar com menos de um minuto de jogo, em pênalti marcado por Romário. Dois minutos depois, Alexsander ampliou. Os americanos solicitaram tempo técnico e, após a pausa, empataram a partida com dois gols relâmpagos. O treinador brasileiro, Alessandro Tosim, parou o jogo para que os atletas recuperassem o rumo. A bronca deu certo, e Alexsander marcou mais dois.
O Brasil abriu o placar com menos de um minuto de jogo, em pênalti marcado por Romário. Dois minutos depois, Alexsander ampliou. Os americanos solicitaram tempo técnico e, após a pausa, empataram a partida com dois gols relâmpagos. O treinador brasileiro, Alessandro Tosim, parou o jogo para que os atletas recuperassem o rumo. A bronca deu certo, e Alexsander marcou mais dois.
Os EUA diminuiram a diferença para apenas um gol, e a comissão técnica verde e amarela foi à loucura no banco de reservas pedindo um pênalti atrás do outro. Quando os árbitros resolveram marcar a infração, Romário e depois Alexsander pararam nas defesas Tyler Merren. A 18 segundos do fim, porém, Romário conseguiu ultrapassar a barreira e confirmou a vitória por 5 a 3.
Seleção feminina fica com a prata
No feminino, o barulho do guizo dentro do gol veio seguido do lamento brasileiro. Em um jogo marcado por boas defesas, o Brasil cometeu dois vacilos e viu os Estados Unidos conquistarem o ouro no goalball feminino no Parapan de Guadalajara. Com dois gols de Asya Miller, um deles de pênalti no primeiro tempo, a equipe americana sagrou-se campeã invicta. O Brasil, que já estava garantido nas Paraolimpíadas de Londres, ficou com a prata, e o Canadá, que venceu o México por 10 a 0, levou o bronze.
No feminino, o barulho do guizo dentro do gol veio seguido do lamento brasileiro. Em um jogo marcado por boas defesas, o Brasil cometeu dois vacilos e viu os Estados Unidos conquistarem o ouro no goalball feminino no Parapan de Guadalajara. Com dois gols de Asya Miller, um deles de pênalti no primeiro tempo, a equipe americana sagrou-se campeã invicta. O Brasil, que já estava garantido nas Paraolimpíadas de Londres, ficou com a prata, e o Canadá, que venceu o México por 10 a 0, levou o bronze.
A partida começou bastante equilibrada, com os dois times defendendo todos os arremesos. Com pouco mais de seis minutos de jogo, o Brasil cometeu uma penalidade. No goalball, a bola precisar quicar pelo menos uma vez no campo de defesa e outra na parte neutra. Quando isto não acontece, a infração é marcada, e apenas uma jogadora pode ficar no gol para fazer a defesa. Asya Miller converteu e abriu o placar para os EUA. A comissão técnica verde e amarela protestou muito, alegando que a bola quicou fora do campo antes de entrar na baliza. As reclamações, porém, não surtiram efeito.
No segundo tempo, a partida seguiu dura. As jogadoras só conseguiram respirar nas duas pausas que a árbitra fez para conferir se a americana Jeniffer Armbruster estava corretamente vendada. A cerca de cinco minutos do fim, Miller arremessou e, após bater em uma das defensoras brasileiras, a bola quicou com efeito e morreu na rede. Claudia Gonçalves deu lugar a Gleyse Portioli, mas o resultado se manteve inalterado (2 a 0), e as americanas levaram o ouro.
Sem marra, Romário do goalball é
craque com a bola nas mãos
Batizado em homenagem ao ex-atacante, Romário Marques é um dos
destaques da seleção brasileira masculina campeã do Parapan do México
Em 1989, um flamenguista doente se rendeu ao talento de um baixinho que até o momento, tinha feito sucesso defendendo o maior rival. Quando o filho nasceu, o batizou de Romário Marques. A bola não seduziu o menino mas, longe dos gramados, ele também encontrou no esporte uma forma de defender o país. Aos 22 anos, o paraibano com nome de craque tornou-se o artilheiro verde e amarelo no goalball.
Na final deste sábado, Romário marcou dois dos cinco gols que deram ao Brasil a medalha de ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara. Longe de ter a marra do xará famoso, o jovem atleta foge dos microfones assim como do rótulo de estrela.
- O que conseguimos foi esforço nosso, nossa batalha. Não penso muito em prêmios individuais. Nosso time é muito unido e estava dando certo desta forma. Vamos treinar muito para, se Deus quiser, ganhar medalha em Londres também – disse Romário, que tem baixa visão e percebe apenas vultos.
O atleta não se anima com a bola nos pés. Apesar do incentivo da família, nunca gostou muito de futebol e começou no esporte através do judô. Há cerca de cinco anos descobriu o goalball e, em pouco tempo, chegou à seleção.
- Os meninos brincam um pouco com isso de eu não gostar de futebol, mas não ligo. Eu amo o goalball.
Além da medalha de ouro masculina, a seleção feminina de goalball conquistou a prata. Na decisão, o time verde e amarelo perdeu por 2 a 0 para os Estados Unidos. As duas equipes brasileiras estão classificadas para os Jogos Paraolímpicos de Londres, em 2012.
Brasil conquista um ouro e dois bronzes
na bocha em Guadalajara
Fábio Moraes vence canadense na final da categoria BC4
Em quatro categorias, um ouro e dois bronzes para o Brasil. Fábio Moraes levou o país ao topo do pódio na bocha dos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara. Na final da classe BC4, ele derrotou o canadense Marco Dispaltro por 4 a 1.
José Carlos Chagas, na BC1, e Clodoaldo Massardi, na BC3, garantiram as outras medalhas brasileiras. Luisa Lisboa terminou em quarto na BC2.
A bocha paraolímpica é disputada por atletas com paralisia cerebral e outros problemas neurológicos. Eles utilizam cadeiras de rodas.
Categorias da bocha:
BC1 – atletas competem com auxílio de ajudantes, que podem estabilizar ou ajudar a cadeira e entregar a bola
BC2 – atletas não podem receber assistência
BC3 – Para atletas com deficiência muito severas. Usam um dispositivo auxiliar e podem ser ajudados por um assistente.
BC4 – Para atletas com deficiências severas, mas que não podem receber auxílio
José Carlos Chagas, na BC1, e Clodoaldo Massardi, na BC3, garantiram as outras medalhas brasileiras. Luisa Lisboa terminou em quarto na BC2.
A bocha paraolímpica é disputada por atletas com paralisia cerebral e outros problemas neurológicos. Eles utilizam cadeiras de rodas.
Categorias da bocha:
BC1 – atletas competem com auxílio de ajudantes, que podem estabilizar ou ajudar a cadeira e entregar a bola
BC2 – atletas não podem receber assistência
BC3 – Para atletas com deficiência muito severas. Usam um dispositivo auxiliar e podem ser ajudados por um assistente.
BC4 – Para atletas com deficiências severas, mas que não podem receber auxílio
Por Orady Vieira
Curitiba/Pr
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